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Evangelho do dia

Terça-Feira da 8° do Tempo Comum

8ª SEMANA COMUM*

(verde – ofício do dia da 4ª semana do saltério)

O Senhor se tornou o meu apoio, libertou-me da angústia e me salvou porque me ama (Sl 17,19s).

Deus olha com carinho para a sinceridade de nossas ofertas, as quais ele recompensará de modo generoso. Esta liturgia nos inspire a agradar ao Senhor mediante a prática da justiça.

Primeira Leitura: Eclesiástico 35,1-15

Leitura do livro do Eclesiástico – 1Aquele que guarda a lei faz muitas oferendas; 2aquele que cumpre os preceitos oferece um sacrifício salutar.[3] 4Aquele que mostra agradecimento oferece flor de farinha, e o que pratica a beneficência oferece um sacrifício de louvor. 5O que agrada ao Senhor é afastar-se do mal, e o que o aplaca é deixar a injustiça. 6Não te apresentes na presença de Deus de mãos vazias, 7porque tudo isso se faz em virtude do preceito. 8O sacrifício do justo enriquece o altar, o seu perfume sobe ao Altíssimo. 9A oblação do justo é aceitável e sua memória não cairá no esquecimento. 10Honra ao Senhor com coração generoso e não regateies as primícias que apresentares. 11Faze todas as tuas oferendas com semblante sereno e com alegria consagra o teu dízimo. 12Dá a Deus segundo a doação que ele te fez e com generosidade, conforme as tuas posses; 13porque ele é um Deus retribuidor e te recompensará sete vezes mais. 14Não tentes corrompê-lo com presentes: ele não os aceita; 15nem confies em sacrifício injusto, porque o Senhor é um juiz que não faz discriminação de pessoas. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 49(50)

A todos os que procedem retamente / eu mostrarei a salvação que vem de Deus.

1. “Reuni à minha frente os meus eleitos, / que selaram a Aliança em sacrifícios!” / Testemunha o próprio céu seu julgamento, / porque Deus mesmo é juiz e vai julgar. – R.

2. “Escuta, ó meu povo, eu vou falar; † ouve, Israel, eu testemunho contra ti: / eu, o Senhor, somente eu, sou o teu Deus! / Eu não venho censurar teus sacrifícios, / pois sempre estão perante mim teus holocaustos. – R.

3. Imola a Deus um sacrifício de louvor / e cumpre os votos que fizeste ao Altíssimo. / Quem me oferece um sacrifício de louvor, / este, sim, é que me honra de verdade. / A todo homem que procede retamente / eu mostrarei a salvação que vem de Deus.” – R.

Evangelho: Marcos 10,28-31

Aleluia, aleluia, aleluia.

Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, / pois revelaste os mistérios do teu Reino aos pequeninos, / escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 28começou Pedro a dizer a Jesus: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos”. 29Respondeu Jesus: “Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, 30receberá cem vezes mais agora, durante esta vida – casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições -, e, no mundo futuro, a vida eterna. 31Muitos que agora são os primeiros serão os últimos. E muitos que agora são os últimos serão os primeiros”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Jesus acabara de comentar com seus apóstolos como é difícil um rico entrar no Reino de Deus. Eles não alimentam ilusões, sabem que o Mestre vive pobremente, não possui bens materiais, não paga salário. Pedro, representando os demais, quer saber qual será a situação dos que deixam tudo com vista a assumir as exigências do Reino. Jesus conta a própria experiência de vida: deixou sua família de sangue, mas tem uma família bem mais ampla, unida pelos laços da fé. Não tem sua própria casa; porém, como missionário do Reino, está sempre em casa, não lhe faltam alimento nem roupa. Na nova sociedade, sem desigualdade nem opressão, haverá afeto e abundância para todos. Neste mundo, os seguidores de Jesus terão sua recompensa multiplicada por cem, acompanhada de perseguições. E, no futuro, herdarão a vida eterna.

Oração
Ó Jesus, nosso Mestre e Senhor, em nome do grupo, Pedro quer saber qual será a recompensa para os que deixam tudo e te seguem. Esclareces que terão vida digna e abundante, mas não lhes faltarão também perseguições e riscos, realidade que acompanha os que se dispõem a te seguir. Amém.(Dia a dia com o Evangelho 2021 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Via: Paulus.

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Maria, Mãe da Igreja | Segunda-feira

MARIA, MÃE DA IGREJA

(branco, pref. próprio – ofício da memória)

Os discípulos unidos perseveravam em oração com Maria, a Mãe de Jesus (At 1,14).

A respeito desta memória, eis as motivações do cardeal Sarah: “Considerando a importância do mistério da maternidade espiritual de Maria, que, na espera do Espírito em Pentecostes, nunca mais parou de ocupar-se e de zelar maternalmente pela Igreja peregrina no tempo, o papa Francisco estabeleceu que, na segunda-feira depois de Pentecostes, a memória de Maria, Mãe da Igreja, seja obrigatória para toda a Igreja de rito romano”. Celebremos como Igreja, sentindo entre nós a presença amorosa e materna de Maria.

Primeira Leitura: Gênesis 3,9-15.20

Leitura do livro do Gênesis – Depois que Adão comera do fruto da árvore, 9o Senhor Deus o chamou, dizendo: “Onde estás?” 10E ele respondeu: “Ouvi tua voz no jardim e fiquei com medo porque estava nu; e me escondi”. 11Disse-lhe o Senhor Deus: “E quem te disse que estavas nu? Então comeste da árvore de cujo fruto te proibi comer?” 12Adão disse: “A mulher que tu me deste por companheira, foi ela que me deu do fruto da árvore, e eu comi”. 13Disse o Senhor Deus à mulher: “Por que fizeste isso?” E a mulher respondeu: “A serpente enganou-me, e eu comi”. 14Então o Senhor Deus disse à serpente: “Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais domésticos e todos os animais selvagens! Rastejarás sobre o ventre e comerás pó todos os dias da tua vida! 15Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. 20E Adão chamou à sua mulher “Eva”, porque ela é a mãe de todos os viventes. – Palavra do Senhor.

Leitura opcional: Atos 1,12-14.

Salmo Responsorial: 86(87)

Dizem coisas gloriosas da cidade do Senhor.

1. O Senhor ama a cidade / que fundou no monte santo; / ama as portas de Sião / mais que as casas de Jacó. – R.

2. Dizem coisas gloriosas / da cidade do Senhor. / De Sião, porém, se diz: † “Nasceu nela todo homem; / Deus é sua segurança”. – R.

3. Deus anota no seu livro, † onde inscreve os povos todos: / “Foi ali que estes nasceram”. / E por isso todos juntos / a cantar se alegrarão; / e, dançando, exclamarão: / “Estão em ti as nossas fontes!” – R.

Evangelho: João 19,25-34

Aleluia, aleluia, aleluia.

Sois feliz, Virgem Maria, / e mereceis todo louvor, / pois de vós se levantou / o Sol brilhante da justiça! – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 25perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, este é o teu filho”. 27Depois disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. 28Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a Escritura se cumprisse até o fim, disse: “Tenho sede”. 29Havia ali uma jarra de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. 30Ele tomou o vinagre e disse: “Tudo está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. 31Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. 32Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro que foram crucificados com Jesus. 33Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. – Palavra da salvação.Reflexão:

Mediante Decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, publicado em 11/02/2018, o papa Francisco instituiu a memória da Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, a ser celebrada na segunda-feira depois de Pentecostes. Ao promover essa memória obrigatória, o papa Francisco visa favorecer o crescimento materno da Igreja nos pastores, nos religiosos e nos fiéis, bem como a genuína piedade mariana. Considerando o Evangelho do dia, o Decreto afirma: “A Mãe, que estava junto à cruz, aceitou o testamento do amor do seu Filho e acolheu todos os homens, personificados no discípulo amado […] tornando-se a amorosa Mãe da Igreja, que Cristo gerou na cruz, dando o Espírito. Por sua vez, no discípulo amado, Cristo elegeu todos os discípulos como herdeiros do seu amor para com a Mãe”.

Oração
Senhor Jesus, que morreste na cruz para nos salvar e designaste tua querida Mãe como proteção e guia de tua Igreja, faze que sejamos seus filhos amorosos e fiéis discípulos teus. Amém.

(Dia a dia com o Evangelho 2021 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Via: Paulus

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Solenidade de Pentecostes

O Espírito do Senhor encheu o universo; ele mantém unidas todas as coisas e conhece todas as línguas, aleluia! (Sb 1,7)

Vindos de diferentes realidades e iluminados pelo Espírito de Deus, celebremos a solenidade de Pentecostes. O sopro divino desce sobre nós e nos congrega na mesma fé e numa só família, na alegria e na fraternidade. Renovada pelo Espírito criador, a Igreja se fortalece na missão e põe seus dons a serviço do bem comum.

Primeira Leitura: Atos 2,1-11

Leitura dos Atos dos Apóstolos – 1Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. 2De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam. 3Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. 4Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava. 5Moravam em Jerusalém judeus devotos, de todas as nações do mundo. 6Quando ouviram o barulho, juntou-se a multidão e todos ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua. 7Cheios de espanto e admiração, diziam: “Esses homens que estão falando não são todos galileus? 8Como é que nós os escutamos na nossa própria língua? 9Nós que somos partos, medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, 10da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da Líbia próxima de Cirene, também romanos que aqui residem; 11judeus e prosélitos, cretenses e árabes, todos nós os escutamos anunciar as maravilhas de Deus na nossa própria língua!” – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 103(104)

Enviai o vosso Espírito, Senhor, / e da terra toda a face renovai.

1. Bendize, ó minha alma, ao Senhor! / Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande! / Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras! / Encheu-se a terra com as vossas criaturas! – R.

2. Se tirais o seu respiro, elas perecem / e voltam para o pó de onde vieram. / Enviais o vosso espírito e renascem / e da terra toda a face renovais. – R.

3. Que a glória do Senhor perdure sempre, / e alegre-se o Senhor em suas obras! / Hoje, seja-lhe agradável o meu canto, / pois o Senhor é a minha grande alegria! – R.

Segunda Leitura: 1 Coríntios 12,3-7.12-13

Leitura da primeira carta de São Paulo aos Coríntios – Irmãos, 3ninguém pode dizer: “Jesus é o Senhor”, a não ser no Espírito Santo. 4Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito. 5Há diversidade de ministérios, mas um mesmo é o Senhor. 6Há diferentes atividades, mas um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos. 7A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum. 12Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo. 13De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito. – Palavra do Senhor.

Evangelho: João 20,19-23

Aleluia, aleluia, aleluia.

Vinde, Espírito divino, e enchei com vossos dons os corações dos fiéis; / e acendei neles o amor, como um fogo abrasador! – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – 19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. 20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

O Espírito Santo foi presença constante na vida de Jesus: “O Espírito do Senhor está sobre mim…” (Lc 4,18). O Espírito age na pessoa de Jesus: “Se é pelo Espírito de Deus que eu expulso os demônios, então já chegou para vocês o Reino de Deus”. Pois bem, Jesus infunde sobre os apóstolos o mesmo Espírito que dinamizava sua missão: “Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês… Recebam o Espírito Santo”. Ao soprar sobre eles, Jesus os plenifica com a “força do alto”, tão necessária para que exerçam sua mesma obra libertadora. O apóstolo Paulo estava convencido dessa verdade: “Deus não nos deu um Espírito de covardia, mas de força, amor e sobriedade” (2Tm 1,7). Em todos os tempos, os cristãos precisarão do Espírito de fortaleza que os sustente pelos caminhos do mundo.

Oração
Ó Jesus, divino Mestre, conforme tua promessa, enviaste o Espírito Santo para o perdão dos pecados. Pecados são obras injustas, contrárias ao teu Reino de paz. Ajuda- nos, Senhor, a reconhecer e corrigir nossos pecados, a fim de reatar nossa comunhão contigo, com o Pai e com o Espírito Santo. Amém.

(Dia a dia com o Evangelho 2021 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Fonte: Paulus

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Sábado da 7° Semana da Páscoa

(branco, pref. da Ascensão, – ofício do dia)

Os discípulos unidos perseveravam em oração com algumas mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus, e os irmãos dele, aleluia! (At 1,14)

Às vésperas de Pentecostes, tenhamos o mesmo espírito que animava os discípulos do Ressuscitado, os quais “unidos perseveravam em oração”.

Primeira Leitura: Atos 28,16-20.30-31

Leitura dos Atos dos Apóstolos – 16Quando entramos em Roma, Paulo recebeu permissão para morar em casa particular, com um soldado que o vigiava. 17Três dias depois, Paulo convocou os líderes dos judeus. Quando estavam reunidos, falou-lhes: “Irmãos, eu não fiz nada contra o nosso povo nem contra as tradições de nossos antepassados. No entanto, vim de Jerusalém como prisioneiro e, assim, fui entregue às mãos dos romanos. 18Interrogado por eles no tribunal e não havendo nada em mim que merecesse a morte, eles queriam me soltar. 19Mas os judeus se opuseram, e eu fui obrigado a apelar para César, sem nenhuma intenção de acusar minha nação. 20É por isso que eu pedi para ver-vos e falar-vos, pois estou carregando estas algemas exatamente por causa da esperança de Israel”. 30Paulo morou dois anos numa casa alugada. Ele recebia todos os que o procuravam, 31pregando o Reino de Deus. Com toda a coragem e sem obstáculos, ele ensinava as coisas que se referiam ao Senhor Jesus Cristo. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 10(11)

Ó Senhor, quem tem reto coração / há de ver a vossa face.

1. Deus está no templo santo / e no céu tem o seu trono; / volta os olhos para o mundo, / seu olhar penetra os homens. – R.

2. Examina o justo e o ímpio / e detesta o que ama o mal. / Porque justo é nosso Deus, / o Senhor ama a justiça. / Quem tem reto coração / há de ver a sua face. – R.

Evangelho: João 21,20-25

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu hei de enviar-vos o Espírito da verdade; / ele vos conduzirá a toda a verdade (Jo 16,7.13). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 20Pedro virou-se e viu atrás de si aquele outro discípulo que Jesus amava, o mesmo que se reclinara sobre o peito de Jesus durante a ceia e lhe perguntara: “Senhor, quem é que te vai entregar?” 21Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus: “Senhor, o que vai ser deste?” 22Jesus respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, o que te importa isso? Tu, segue-me!” 23Então, correu entre os discípulos a notícia de que aquele discípulo não morreria. Jesus não disse que ele não morreria, mas apenas: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?” 24Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. 25Jesus fez ainda muitas outras coisas, mas, se fossem escritas todas, penso que não caberiam no mundo os livros que deveriam ser escritos. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Pedro parece preocupado com o que pode acontecer ao discípulo amado. Jesus responde a Pedro que não se preocupe com o futuro do discípulo. Seria um alerta contra a competição dentro da comunidade? O mais importante é que cada um se preocupe em seguir o Mestre com fidelidade. O discípulo amado morreu, Pedro também morreu, nós também morreremos um dia, mas a comunidade permanece. Talvez a preocupação de Pedro revele a decepção da comunidade diante da perda de suas lideranças. A primeira preocupação da comunidade deve consistir não no que vai acontecer no futuro de cada um dos membros, mas no seguimento fiel do Mestre e na dedicação à missão de evangelizar. Os que partem voltarão à casa do Pai; quem fica continue seguindo Jesus, que diz “segue-me”. Assim termina o Evangelho de João com o pedido de seguir o Mestre.

Oração
Ó Jesus, vivo e atuante entre nós, voltas a convidar Pedro para te seguir, sem distrair-se com o futuro do companheiro, o discípulo amado: “Trate de me seguir”. Renova, Senhor, também para nós, o convite para te seguirmos mediante profunda comunhão contigo e incondicional amor aos irmãos. Amém.

(Dia a dia com o Evangelho 2021 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Fonte: Paulus

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Vigília da Solenidade de Pentecostes

O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo seu Espírito que habita em nós, aleluia! (Rm 5,5; 10,11)

Nesta vigília de Pentecostes, somos motivados a acolher o grande dom do Espírito. Ele, que vem em socorro de nossa fraqueza e reúne o que está disperso, acenda em nós o amor e a alegria de sermos a assembleia amada de Deus.

Primeira Leitura: Gênesis 11,1-9

Leitura do livro do Gênesis – 1Toda a terra tinha uma só linguagem e servia-se das mesmas palavras. 2E aconteceu que, partindo do oriente, os homens acharam uma planície na terra de Senaar e aí se estabeleceram. 3E disseram uns aos outros: “Vamos, façamos tijolos e cozamo-los ao fogo”. Usaram tijolos em vez de pedra, e betume em lugar de argamassa. 4E disseram: “Vamos, façamos para nós uma cidade e uma torre cujo cimo atinja o céu. Assim, ficaremos famosos e não seremos dispersos por toda a face da terra”. 5Então o Senhor desceu para ver a cidade e a torre que os homens estavam construindo. 6E o Senhor disse: “Eis que eles são um só povo e falam uma só língua. E isso é apenas o começo de seus empreendimentos. Agora, nada os impedirá de fazer o que se propuseram. 7Desçamos e confundamos a sua língua, de modo que não se entendam uns aos outros”. 8E o Senhor os dispersou daquele lugar por toda a superfície da terra, e eles cessaram de construir a cidade. 9Por isso, foi chamada Babel, porque foi aí que o Senhor confundiu a linguagem de todo o mundo e daí dispersou os homens por toda a terra. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 103(104)

Enviai o vosso Espírito, Senhor, / e da terra toda a face renovai.

1. Bendize, ó minha alma, ao Senhor! / Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande! / De majestade e esplendor vos revestis / e de luz vos envolveis como num manto. – R.

2. Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras, / e que sabedoria em todas elas! / Encheu-se a terra com as vossas criaturas. / Bendize, ó minha alma, ao Senhor! – R.

3. Todos eles, ó Senhor, de vós esperam / que a seu tempo vós lhes deis o alimento; / vós lhes dais o que comer e eles recolhem, / vós abris a vossa mão e eles se fartam. – R.

4. Se tirais o seu respiro, eles perecem / e voltam para o pó de onde vieram; / enviais o vosso espírito e renascem / e da terra toda a face renovais. – R.

Segunda Leitura: Romanos 8,22-27

Leitura da carta de São Paulo aos Romanos – Irmãos, 22sabemos que toda a criação, até o tempo presente, está gemendo como que em dores de parto. 23E não somente ela, mas nós também, que temos os primeiros frutos do Espírito, estamos interiormente gemendo, aguardando a adoção filial e a libertação para o nosso corpo. 24Pois já fomos salvos, mas na esperança. Ora, o objeto da esperança não é aquilo que a gente está vendo; como pode alguém esperar o que já vê? 25Mas, se esperamos o que não vemos, é porque o estamos aguardando mediante a perseverança. 26Também o Espírito vem em socorro da nossa fraqueza. Pois nós não sabemos o que pedir nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor com gemidos inefáveis. 27E aquele que penetra o íntimo dos corações sabe qual é a intenção do Espírito. Pois é sempre segundo Deus que o Espírito intercede em favor dos santos. – Palavra do Senhor.

Evangelho: João 7,37-39

Aleluia, aleluia, aleluia.

Vinde, Espírito divino, e enchei com vossos dons os corações dos fiéis; / e acendei neles o amor, como um fogo abrasador! – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – 37No último dia da festa, o dia mais solene, Jesus, em pé, proclamou em voz alta: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. 38Aquele que crê em mim, conforme diz a Escritura, rios de água viva jorrarão do seu interior”. 39Jesus falava do Espírito, que deviam receber os que tivessem fé nele; pois ainda não tinha sido dado o Espírito, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Pistas para a reflexão

I leitura:
O desejo de chegar ao céu contrasta com a decisão de Deus de descer ao solo humano. Quando o orgulho e a arrogância intentam dispensar Deus do cotidiano da vida, a confusão toma conta da sociedade. O que impede a comunicação e o entendimento entre as pessoas não é a diversidade de línguas e culturas, mas a arrogância, que transforma a diversidade em discriminação e barreiras. II leitura:
Toda obra criada geme e sofre enquanto não houver libertação de tudo aquilo que impede viver em plenitude. A natureza e a humanidade, cada vez mais, gemem e sofrem diante da degradação a que são submetidas pelo capricho de gananciosos. Com a degradação da natureza, é o próprio ser humano quem sofre.


Evangelho:
Jesus se apresenta como a fonte de onde jorra a água que sacia as necessidades mais profundas do ser humano, sedento de dignidade. Em Jesus está presente a vida em plenitude, a qual é oferecida a todos os que a desejarem. Convidando a beber, o Mestre propõe-se aplacar a sede de quem a sente. O satisfeito, o acomodado e o orgulhoso não se aproximam dele, porque se consideram saciados.

(Reflexões retiradas da Liturgia Diária)

Fonte: Paulus

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Sexta-feira da 7° Semana da Páscoa

(branco, pref. da Ascensão, – ofício do dia)

Cristo nos amou e nos lavou dos pecados com seu sangue, e fez de nós um reino e sacerdotes para Deus, seu Pai, aleluia! (Ap 1,5s)

O destino de Pedro e de Paulo vai se delineando à medida da fidelidade deles ao seguimento de Jesus e ao Evangelho, do qual estão a serviço. Sejamos cada vez mais dedicados ao serviço do Senhor.

Primeira Leitura: Atos 25,13-21

Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, 13o rei Agripa e Berenice chegaram a Cesareia e foram cumprimentar Festo. 14Como ficassem alguns dias aí, Festo expôs ao rei o caso de Paulo, dizendo: “Está aqui um homem que Félix deixou como prisioneiro. 15Quando eu estive em Jerusalém, os sumos sacerdotes e os anciãos dos judeus apresentaram acusações contra ele e pediram-me que o condenasse. 16Mas eu lhes respondi que os romanos não costumam entregar um homem antes que o acusado tenha sido confrontado com os acusadores e possa defender-se da acusação. 17Eles vieram para cá e, no dia seguinte, sem demora, sentei-me no tribunal e mandei trazer o homem. 18Seus acusadores compareceram diante dele, mas não trouxeram nenhuma acusação de crimes de que eu pudesse suspeitar. 19Tinham somente certas questões sobre a sua própria religião e a respeito de um certo Jesus que já morreu, mas que Paulo afirma estar vivo. 20Eu não sabia o que fazer para averiguar o assunto. Perguntei então a Paulo se ele preferia ir a Jerusalém, para ser julgado lá. 21Mas Paulo fez uma apelação para que a sua causa fosse reservada ao juízo do augusto imperador. Então ordenei que ficasse preso até que eu pudesse enviá-lo a César”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 102(103)

O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.

1. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, / e todo o meu ser, seu santo nome! / Bendize, ó minha alma, ao Senhor, / não te esqueças de nenhum de seus favores! – R.

2. Quanto os céus por sobre a terra se elevam, / tanto é grande o seu amor aos que o temem; / quanto dista o nascente do poente, / tanto afasta para longe nossos crimes. – R.

3. O Senhor pôs o seu trono lá nos céus, / e abrange o mundo inteiro seu reinado. / Bendizei ao Senhor Deus, seus anjos todos, / valorosos que cumpris as suas ordens. – R.

Evangelho: João 21,15-19

Aleluia, aleluia, aleluia.

O Espírito Santo, o Paráclito, / haverá de lembrar-vos de tudo o que tenho falado (Jo 14,26). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Jesus manifestou-se aos seus discípulos 15e, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse: “Apascenta os meus cordeiros”. 16E disse de novo a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro disse: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas”. 17Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas. 18Em verdade, em verdade te digo, quando eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir”. 19Jesus disse isso significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: “Segue-me”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

A leitura apresenta o diálogo de Jesus com Pedro. A pergunta do Mestre, repetida três vezes, deixa Simão preocupado. Antes de lhe confiar a missão, Jesus quer se certificar de que ele realmente o ama. Depois de ter certeza de que Pedro o ama, Jesus lhe confia a tarefa de cuidar das ovelhas, isto é, dos membros da comunidade. Somente quem muito ama tem plenas condições de conduzir a comunidade e seus membros. O amor a Jesus é indispensável para quem pretende se dedicar à evangelização da comunidade. As declarações de Pedro são como uma reabilitação depois de ter negado o Mestre na noite da paixão. O ministério de Pedro é o primado do serviço e da caridade na comunidade. Jesus deseja que a comunidade cristã prime pelo amor aos irmãos, seja realmente uma comunidade servidora, em saída, que não fi que apenas trancada dentro das quatro paredes dos templos.

Oração
Ó Jesus, caminho único que conduz ao Pai, tua conversa com Pedro, que, pela tripla negação, havia rompido a relação contigo, é um ato de amor que favorece sua cura interior. O que esperas de Pedro é uma atitude de amor incondicional, uma entrega total à tua missão. Amém.

(Dia a dia com o Evangelho 2021 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Fonte: Paulus

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Evangelho do dia

Quinta-feira da 7° Semana da Páscoa

(branco, pref. da Ascensão, – ofício do dia)

Aproximemo-nos confiantes do trono da graça, a fim de conseguirmos misericórdia e encontrarmos auxílio em tempo oportuno, aleluia! (Hb 4,16)

Embora não encontrem nenhum mal em Paulo, os juízes querem condená-lo. Durante a noite, Jesus o visita em sonho e o conforta. Esta liturgia nos ajude a aceitar a vontade do Senhor e reconhecer seu amor sempre presente em nós.

Primeira Leitura: Atos 22,30; 23,6-11

Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, 30querendo saber com certeza por que Paulo estava sendo acusado pelos judeus, o tribuno soltou-o e mandou reunir os chefes dos sacerdotes e todo o conselho dos anciãos. Depois fez trazer Paulo e colocou-o diante deles. 23,6Sabendo que uma parte dos presentes eram saduceus e a outra parte eram fariseus, Paulo exclamou no conselho dos anciãos: “Irmãos, eu sou fariseu e filho de fariseus. Estou sendo julgado por causa da nossa esperança na ressurreição dos mortos”. 7Apenas falou isso, armou-se um conflito entre fariseus e saduceus, e a assembleia se dividiu. 8Com efeito, os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito, enquanto os fariseus sustentam uma coisa e outra. 9Houve, então, uma enorme gritaria. Alguns doutores da Lei, do partido dos fariseus, levantaram-se e começaram a protestar, dizendo: “Não encontramos nenhum mal neste homem. E se um espírito ou anjo tivesse falado com ele?” 10E o conflito crescia cada vez mais. Receando que Paulo fosse despedaçado por eles, o comandante ordenou que os soldados descessem e o tirassem do meio deles, levando-o de novo para o quartel. 11Na noite seguinte, o Senhor aproximou-se de Paulo e lhe disse: “Tem confiança. Assim como tu deste testemunho de mim em Jerusalém, é preciso que sejas também minha testemunha em Roma”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 15(16)

Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

1. Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! / Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor”. / Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, / meu destino está seguro em vossas mãos! – R.

2. Eu bendigo o Senhor, que me aconselha / e até de noite me adverte o coração. / Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, / pois, se o tenho a meu lado, não vacilo. – R.

3. Eis por que meu coração está em festa, † minha alma rejubila de alegria / e até meu corpo no repouso está tranquilo; / pois não haveis de me deixar entregue à morte / nem vosso amigo conhecer a corrupção. – R.

4. Vós me ensinais vosso caminho para a vida; † junto a vós, felicidade sem limites, / delícia eterna e alegria ao vosso lado! – R.

Evangelho: João 17,20-26

Aleluia, aleluia, aleluia.

Para que todos sejam um, diz o Senhor, como tu estás em mim e eu em ti, / para que o mundo possa crer que me enviaste (Jo 17,21). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao céu e rezou, dizendo: 20“Pai santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra; 21para que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste. 22Eu dei-lhes a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: 23eu neles e tu em mim, para que assim eles cheguem à unidade perfeita e o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste como me amaste a mim. 24Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória, glória que tu me deste porque me amaste antes da fundação do universo. 25Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci e estes também conheceram que tu me enviaste. 26Eu lhes fiz conhecer o teu nome e o tornarei conhecido ainda mais, para que o amor com que me amaste esteja neles e eu mesmo esteja neles”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Na terceira e última parte da “oração sacerdotal”, Jesus reza por todos aqueles que aderirem a ele ao longo dos séculos. Nessa oração, o Mestre insiste no tema da unidade dos cristãos, para que a sociedade acredite no Filho vindo do Pai e no fato de que eles são amados pelo Pai. A vivência do amor fraterno e da unidade dos discípulos é grande testemunho numa sociedade dividida, discriminatória e preconceituosa. É muito gratificante e consolador para nós, cristãos do século XXI, saber que Jesus rezou por nós, por nossa fé e por nossa unidade. As palavras e as preces do Mestre ultrapassam fronteiras e séculos e chegam aos recantos inimagináveis. Porém, muitos ainda não as conhecem, por isso ele continua confiando a missão a tantas pessoas de boa vontade. É motivo de grande alegria saber que somos lembrados e amados pelo Pai.

Oração
Ó Mestre, rezaste ao Pai por teus discípulos de outrora e também por nós, para que formemos uma grande família unida ao Pai, a ti e entre nós, pelo Espírito. Em nosso favor também pediste ao Pai: “Eu quero que aqueles que tu me deste estejam comigo onde eu estiver”. Obrigado, Senhor. Amém.

(Dia a dia com o Evangelho 2021 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Fonte: Paulus

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Evangelho do dia

Quarta-Feira da 7° Semana da Páscoa

(branco, pref. da Ascensão, – ofício do dia)

Povos todos, aplaudi e aclamai a Deus com brados de alegria, aleluia! (Sl 46,2)

É missão do evangelizador alertar contra os “lobos ferozes” e as “doutrinas perversas” que ameaçam a caminhada da comunidade. Esta Eucaristia nos anime a sermos cumpridores do Evangelho de Cristo.

Primeira Leitura: Atos 20,28-38

Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, Paulo disse aos anciãos da Igreja de Éfeso: 28“Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho, sobre o qual o Espírito Santo vos colocou como guardas para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o sangue do seu próprio Filho. 29Eu sei, depois que eu for embora, aparecerão entre vós lobos ferozes, que não pouparão o rebanho. 30Além disso, do vosso próprio meio aparecerão homens com doutrinas perversas que arrastarão discípulos atrás de si. 31Por isso, estai sempre atentos: lembrai-vos que durante três anos, dia e noite, com lágrimas, não parei de exortar a cada um em particular. 32Agora, entrego-vos a Deus e à mensagem de sua graça, que tem poder para edificar e dar a herança a todos os que foram santificados. 33Não cobicei prata, ouro ou vestes de ninguém. 34Vós bem sabeis que estas minhas mãos providenciaram o que era necessário para mim e para os que estavam comigo. 35Em tudo vos mostrei que, trabalhando desse modo, se deve ajudar os fracos, recordando as palavras do Senhor Jesus, que disse: ‘Há mais alegria em dar do que em receber’”. 36Tendo dito isso, Paulo ajoelhou-se e rezou com todos eles. 37Todos, depois, prorromperam em grande pranto e, lançando-se ao pescoço de Paulo, o beijavam 38aflitos, sobretudo por lhes haver ele dito que não tornariam a ver-lhe o rosto. E o acompanharam até o navio. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 67(68)

Reinos da terra, cantai ao Senhor.

1. Suscitai, ó Senhor Deus, suscitai vosso poder, / confirmai esse poder que por nós manifestastes / a partir de vosso templo, que está em Jerusalém. / Para vós venham os reis e vos ofertem seus presentes! – R.

2. Reinos da terra, celebrai o nosso Deus, cantai-lhe salmos! † Ele viaja no seu carro sobre os céus dos céus eternos. / Eis que eleva e faz ouvir a sua voz, voz poderosa. – R.

3. Dai glória a Deus e exaltai o seu poder por sobre as nuvens. / Sobre Israel, eis sua glória e sua grande majestade! / Em seu templo ele é admirável e a seu povo dá poder. / Bendito seja o Senhor Deus, agora e sempre. Amém, amém! – R.Evangelho: João 17,11-19

Aleluia, aleluia, aleluia.

Vossa Palavra é a verdade; / santificai-nos na verdade! (Jo 17,17) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos para o céu e rezou, dizendo: 11“Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que eles sejam um assim como nós somos um. 12Quando eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que me deste. Eu guardei-os e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição, para se cumprir a Escritura. 13Agora, eu vou para junto de ti e digo estas coisas, estando ainda no mundo, para que eles tenham em si a minha alegria plenamente realizada. 14Eu lhes dei a tua palavra, mas o mundo os rejeitou, porque não são do mundo, como eu não sou do mundo. 15Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do maligno. 16Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. 17Consagra-os na verdade; a tua palavra é verdade. 18Como tu me enviaste ao mundo, assim também eu os enviei ao mundo. 19Eu me consagro por eles, a fim de que eles também sejam consagrados na verdade”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Depois de rezar ao Pai pela própria glorificação, Jesus reza pelos seus discípulos. Pede para eles unidade, a exemplo da união dele com o Pai. Pede também que sejam preservados das artimanhas do Maligno e que continuem no mundo sem ser do mundo, pois é aí onde devem dar testemunho. Mesmo com a ausência de Jesus, a comunidade é convidada a manter a união com ele e a unidade com todos aqueles que acreditam nele. A volta de Jesus à glória não impede que seus seguidores continuem vivendo a mesma alegria de quando estavam com ele. Apesar da cruz e de serem rejeitados pelo mundo, a alegria deveria ser uma característica fundamental dos cristãos. No meio desse mundo perverso, foram enviados a fim de testemunharem a verdade que vem de Deus. Jesus se santifica, se consagra a Deus, para que eles também se tornem santos e sejam também consagrados ao Pai.

Oração
Ó Jesus, em forma de testamento espiritual, fazes importantes pedidos ao Pai em favor dos teus discípulos: que o Pai conserve dentro deles a tua alegria; que não os retire do mundo, porque eles não são do mundo; e que, pelo Espírito, os consagre para a missão de implantar o Reino de Deus. Amém.

(Dia a dia com o Evangelho 2021 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Fonte: Paulus

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Santo do dia

São João I, papa e mártir

“Muitas e graves, conforme o juízo dos homens, as tuas culpas de homem e de rei: avidez de possuir e de destruir, muita tolerância da ferocidade e cobiça dos teus sequazes, arrogância e impostura…” Assim, pela boca de um anjo, João Papini apostrofa Teodorico no seu Juízo universal; apaixonada é a réplica: “Eu era o chefe de uma destas turmas de famintos nômades e toda a minha autoridade de capitão e de rei não podia transformá-la num momento num rebanho de salmistas e genuflexos… Romanos robustecidos e godos paganizados teriam de fundir-se num povo único e forte, capaz de dar novamente à Itália o primeiro lugar na terra. Não foi somente minha a culpa se aquele generoso sonho ficou só sonho”. A memória de são João I está unida ao drama político-religioso de Teodorico.

Toscano de nascimento, João sucedera ao papa Hormisda a 15 de agosto de 523. Há quem o identifique com o João Diácono, autor de uma Epístola ad Senarium, importante pela história da liturgia batismal, porque é talvez o único documento que ateste a tradição da Igreja romana de erigir e consagrar no sábado santo sete altares e de derramar no cálice uma mistura de leite e mel. João Diácono é reconhecido também como autor do tratado A fé católica, transmitido pelos antigos entre as obras de Severino Boécio.

Quando o filho de Constâncio se tornou papa, há apenas cinco anos, Hormisda e o imperador Justino, tio de Justiniano, tinham feito cessar o cisma entre Roma e Constantinopla, estourado em 484 pelo Henoticon do imperador Zenão, que tentara um impossível compromisso entre católicos e monofisitas. Com a jogada obtivera também interessantes resultados políticos e os godos eram arianos, lá pelo fim de 524, Justino publicou um edito com o qual ordenava o fechamento das igrejas arianas de Constantinopla e a exclusão dos hereges de toda a função civil e militar. Teodorico então obrigou o papa João I a ir a Constantinopla para solicitar do imperador a revogação do decreto: as manifestações de atenção foram excepcionais: 15.000 saíram-lhe ao encontro com círios e cruzes e o papa presidiu as solenes funções do Natal e da Páscoa.

Justino aderiu ao pedido de restituir aos arianos as igrejas confiscadas, mas insistiu na privação dos direitos dos arianos convertidos ao catolicismo que novamente se tornassem arianos. Foi o suficiente para o suspeito Teodorico mandar matar Boécio e Símaco. Lançado na prisão em Ravena, o papa João I ali morreu aos dezoito de maio de 526.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

Fonte: Paulus – Santo do Dia.

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Evangelho do dia

Terça-Feira da 7° Semana da Páscoa

(branco – ofício do dia)

Eu sou o primeiro e o último, aquele que vive. Estive morto e eis que estou vivo para sempre, aleluia! (Ap 1,17s)

Mesmo ciente das tribulações vindouras, o discípulo missionário renova seu propósito de testemunhar “o Evangelho da graça de Deus”. Recordemos nossa missão na comunidade e nos unamos a Jesus em sua oração.

Primeira Leitura: Atos 20,17-27

Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, 17de Mileto, Paulo mandou um recado a Éfeso, convocando os anciãos da Igreja. 18Quando os anciãos chegaram, Paulo disse-lhes: “Vós bem sabeis de que modo me comportei em relação a vós durante todo o tempo, desde o primeiro dia em que cheguei à Ásia. 19Servi ao Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio das provações que sofri por causa das ciladas dos judeus. 20Nunca deixei de anunciar aquilo que pudesse ser de proveito para vós nem de vos ensinar publicamente e também de casa em casa. 21Insisti com judeus e gregos para que se convertessem a Deus e acreditassem em Jesus, nosso Senhor. 22E agora, prisioneiro do Espírito, vou para Jerusalém sem saber o que aí me acontecerá. 23Sei apenas que, de cidade em cidade, o Espírito Santo me adverte, dizendo que me aguardam cadeias e tribulações. 24Mas de modo nenhum considero a minha vida preciosa para mim mesmo, contanto que eu leve a bom termo a minha carreira e realize o serviço que recebi do Senhor Jesus, ou seja, testemunhar o Evangelho da graça de Deus. 25Agora, porém, tenho a certeza de que vós não vereis mais o meu rosto, todos vós entre os quais passei anunciando o Reino. 26Portanto, hoje dou testemunho diante de todos vós: eu não sou responsável se algum de vós se perder, 27pois não deixei de vos anunciar todo o projeto de Deus a vosso respeito”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 67(68)

Reinos da terra, cantai ao Senhor.

1. Derramastes lá do alto uma chuva generosa, / e vossa terra, vossa herança, já cansada, renovastes; / e ali vosso rebanho encontrou sua morada; / com carinho preparastes essa terra para o pobre. – R.

2. Bendito seja Deus, bendito seja cada dia / o Deus da nossa salvação, que carrega os nossos fardos! / Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador; / o Senhor, só o Senhor, nos poderá livrar da morte! – R.

Evangelho: João 17,1-11

Aleluia, aleluia, aleluia.

Rogarei ao meu Pai e ele há de enviar-vos um outro Paráclito, / que há de permanecer eternamente convosco (Jo 14,16). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos ao céu e disse: “Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique a ti 2e, porque lhe deste poder sobre todo homem, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe confiaste. 3Ora, a vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e àquele que tu enviaste, Jesus Cristo. 4Eu te glorifiquei na terra e levei a termo a obra que me deste para fazer. 5E agora, Pai, glorifica-me junto de ti, com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse. 6Manifestei o teu nome aos homens que tu me deste do meio do mundo. Eram teus e tu os confiaste a mim, e eles guardaram a tua palavra. 7Agora eles sabem que tudo quanto me deste vem de ti, 8pois dei-lhes as palavras que tu me deste, e eles as acolheram e reconheceram verdadeiramente que eu saí de ti e acreditaram que tu me enviaste. 9Eu te rogo por eles. Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. 10Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. E eu sou glorificado neles. 11Já não estou no mundo, mas eles permanecem no mundo, enquanto eu vou para junto de ti”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Jesus conclui seu discurso de despedida com a bonita “oração sacerdotal”. Mesmo sendo uma oração, o capítulo dezessete não deixa de ser também uma catequese para a comunidade. Como nos ensinou ao longo de sua vida, Jesus dirige-se a Deus chamando-o com o nome carinhoso de Pai. Inicia a oração pedindo ao Pai para glorificar o Filho e para que este, por sua vez, glorifique o Pai. Há uma glorificação mútua entre o Pai e o Filho. Nessa oração, o Mestre como que presta conta a Deus pela missão que dele recebeu: proporcionar a “vida eterna” a todos aqueles que o Pai lhe confiou. A “vida eterna” consiste em conhecer o Pai e o Filho, assumindo os compromissos que ambos nos propõem. A missão de Jesus foi a de formar um grupo que defenda a vida em meio a uma sociedade que proporciona morte, violência, mentira e discriminação.

Oração
Senhor Jesus, regressas para junto do Pai, feliz por ter cumprido fielmente a missão que te foi confiada. Deixas no mundo homens e mulheres que darão continuidade à tua obra. Somos parte dessa comunidade, pela qual rogas ao Pai: “Eu peço por aqueles que me deste porque são teus”. Amém.

Fonte: Paulus