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Santo do dia

Santa Brígida, religiosa

Brígida, ou Brigite, nasceu em Finstad perto de Úpsala, na Suécia, em 1303 e morreu em Roma em 23 de julho de 1373, e é por isso contemporânea de santa Catarina de Sena. Elas têm em comum não só singulares dons carismáticos, como êxtases e visões, mas também vivo interesse pela paz entre os Estados e pela unidade dos cristãos. As revelações que Brígida teve durante os frequentes êxtases, foram por ela escritas em sueco e depois traduzidas em latim, formando oito grandes volumes. Esta extraordinária figura de mulher casara-se com menos de 18 anos com o nobre Ulf Gudmarsson, do qual teve oito filhos.

Passou algum tempo na corte como dama da rainha Bianca de Namur, mantendo-se fiel à rígida educação cristã que lhe fora dada por tia austera. Com sua operosa caridade para com os necessitados levou à corte uma onda de fervor. Depois o marido, Ulf, após tê-la acompanhado em peregrinação ao célebre santuário de Compostela, na Espanha, foi fechar-se no mosteiro cisterciense de Alvastra, onde já vivia um filho deles, concluíndo aí sua santa vida em 1344. Brígida seguiu então o exemplo do marido e do filho, abraçando o ideal monástico.

A nova orientação dada à sua vida serviu para traduzir em ato a grande ideia desde há muito alimentada: a fundação em Vadstena de ordem religiosa que trouxesse o nome do Santíssimo Salvador e fosse estruturada sobre plano de todo original: o mosteiro duplo, de homens e de mulheres, que teriam um único ponto de encontro na igreja para a oração em comum. Sobre o exemplo da comunidade apostólica (72 discípulos e doze apóstolos mais são Paulo), as várias comunidades da Ordem, postas sob a regra de santo Agostinho se-riam compostas de 85 membros: 60 monjas, 13 monges, 4 diáconos e 8 irmãos leigos.

O projeto da fundadora teve o apoio do rei da Suécia e se concretizou em 78 mosteiros em toda a Europa. A Ordem, aprovada pelo papa Urbano V e dirigida de Roma pela santa fundadora, que em 1349 mudara-se para a praça Farnese, no lugar onde surgiria depois a igreja a ela dedicada, teve sua maior expansão depois da morte de santa Brígida, sob a direção de sua própria filha, santa Catarina. Brígida da Suécia foi canonizada em 1391, 18 anos após a morte.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Santa Maria Madalena

A Igreja latina costumava celebrar juntas na sua liturgia as três mulheres de que fala o Evangelho, e a liturgia grega comemora separadamente: Maria de Betânia, irmã de Lázaro e de Marta; Maria denominada pecadora “a quem muito foi perdoado porque muito amou”; e Maria Madalena ou de Magdala, a possessa curada por Jesus, que o seguiu e o assistiu com as outras mulheres até a crucifixão e teve o privilégio de vê-lo ressuscitado. A identificação das três mulheres foi facilitada pelo nome comum ao menos a duas delas e pela opinião de são Gregório Magno que viu indicada em todas as passagens do Evangelho uma única e mesma pessoa.

Os redatores do novo calendário, reconfirmando a memória de uma só Maria Madalena sem outra indicação, com o adjetivo penitente, entenderam a santa mulher a quem Jesus apareceu após a ressurreição. No capítulo VII de Lucas, após haver descrito a unção da pecadora que aparece de repente na sala do banquete e derrama nos pés de Jesus perfumados unguentos que depois enxuga com os próprios cabelos, prossegue assim o Evangelho: “Depois disso ele andava por cidades e aldeias… Os doze o acompanhavam, assim como algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças, Maria, chamada Madalena, da qual haviam saído sete demônios, Joana… e várias outras, que os serviam com seus bens”.

A desconhecida pecadora, que pela contrição perfeita mereceu o perdão dos pecados, não é a Madalena, bem conhecida, que segue constantemente o Mestre da Galileia à Judeia, até aos pés da cruz, cujo ardente amor Jesus recompensa no dia da ressurreição. Ela está inconfundivelmente “junto à cruz de Jesus”, depois em vigília amorosa “sentada em frente do sepulcro”, enfim, na madrugada do novo dia é a primeira a ir de novo ao sepulcro, onde vê e reconhece o Cristo ressuscitado. À Madalena, em lágrimas por ter encontrado o sepulcro vazio e retirada a pesada pedra, Jesus se dirige chamando-a simplesmente pelo nome: “Maria!” e a ela confia a notícia do grande mistério: “Vai dizer aos meus irmãos: eu subo a meu Pai e vosso Pai, a meu Deus e vosso Deus”. É esta a Madalena que a Igreja hoje comemora e que, segundo antiga tradição grega, teria ido viver em Éfeso, onde teria morrido. Nesta cidade moravam também João, o apóstolo predileto, e Maria, Mãe de Jesus.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Sábado da 15ª semana do Tempo Comum

SANTA MARIA MADALENA

DISCÍPULA DE JESUS

(branco, glória, pref. dos santos – ofício da festa)

O Senhor disse a Maria Madalena: Vai a meus irmãos e anuncia-lhes: Subo a meu Pai e vosso Pai, a meu Deus e vosso Deus (Jo 20,17).

Maria, natural de Magdala, cidade situada na Galileia, é a fiel discípula que, com disponibilidade, se pôs a serviço de Jesus, após ter sido curada por ele. Estava presente ao lado da bem-aventurada Virgem Maria junto à cruz. Por seu ardente amor, foi recompensada com a aparição do Senhor ressuscitado. O testemunho desta santa seja sustento para nossa missão de seguir fielmente o Divino Mestre.

Primeira Leitura: Cântico 3,1-4

Leitura do livro do Cântico dos Cânticos – Eis o que diz a noiva: 1“Em meu leito, durante a noite, busquei o amor de minha vida: procurei-o e não o encontrei. 2Vou levantar-me e percorrer a cidade, procurando, pelas ruas e praças, o amor de minha vida: procurei-o e não o encontrei. 3Encontraram-me os guardas que faziam a ronda pela cidade. ‘Vistes porventura o amor de minha vida?’ 4E logo que passei por eles, encontrei o amor de minha vida”. – Palavra do Senhor.

Leitura opcional: 1 Coríntios 5,14-17.

Salmo Responsorial: 62(63)

A minha alma tem sede de vós, Senhor!

1. Sois vós, ó Senhor, o meu Deus! / Desde a aurora, ansioso vos busco! / A minha alma tem sede de vós, † minha carne também vos deseja, / como terra sedenta e sem água! – R.

2. Venho, assim, contemplar-vos no templo / para ver vossa glória e poder. / Vosso amor vale mais do que a vida, / e por isso meus lábios vos louvam. – R.

3. Quero, pois, vos louvar pela vida / e elevar para vós minhas mãos! / A minha alma será saciada, / como em grande banquete de festa; / cantará a alegria em meus lábios / ao cantar para vós meu louvor! – R.

4. Para mim fostes sempre um socorro; / de vossas asas à sombra eu exulto! / Minha alma se agarra em vós; / com poder vossa mão me sustenta. – R.

Evangelho: João 20,1-2.11-18

Aleluia, aleluia, aleluia.

Responde-nos, ó Maria, / no teu caminho o que havia? / Vi Cristo ressuscitado, / o túmulo abandonado! – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – 1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. 2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. 11Maria estava do lado de fora do túmulo, chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para dentro do túmulo. 12Viu, então, dois anjos vestidos de branco, sentados onde tinha sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. 13Os anjos perguntaram: “Mulher, por que choras?” Ela respondeu: “Levaram o meu Senhor e não sei onde o colocaram”. 14Tendo dito isso, Maria voltou-se para trás e viu Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus. 15Jesus perguntou-lhe: “Mulher, por que choras? A quem procuras?” Pensando que era o jardineiro, Maria disse: “Senhor, se foste tu que o levaste, dize-me onde o colocaste, e eu o irei buscar”. 16Então Jesus disse: “Maria!” Ela voltou-se e exclamou em hebraico: “Rabunni” (que quer dizer: Mestre). 17Jesus disse: “Não me segures. Ainda não subi para junto do Pai. Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”. 18Então Maria Madalena foi anunciar aos discípulos: “Eu vi o Senhor!” e contou o que Jesus lhe tinha dito. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Maria de Magdala é a mulher que seguiu Jesus desde a Galileia até a Judeia. Esteve presente à morte e ao sepultamento de Jesus. Enquanto chorava por não encontrar o amigo morto, Jesus ressuscitado se dirige a ela chamando-a pelo nome “Maria”. Ao reconhecer o Mestre, acaba o choro, e a alegria inunda-lhe o ser. Jesus controla o ímpeto de Maria, que quer segurá-lo, talvez como demonstração de imenso carinho. Os discípulos, doravante, deverão reconhecer Jesus não mais pelo contato físico, mas pelo caminho da fé. Jesus então lhe confia o anúncio do grande mistério: “Vá encontrar os meus irmãos e diga a eles: ‘Eu estou subindo para junto do meu Pai e Pai de vocês, do meu Deus e Deus de vocês’”. Esta é Boa Notícia do Ressuscitado, de quem ela é testemunha ocular e fidedigna: “Eu vi o Senhor”.(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS

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Santo do dia

São Lourenço de Brindes, presbítero

Normalmente, os assim chamados meninos prodígios, resplandecem como luzentes meteoros por alguns instantes e o crescimento da idade os nivela à mesma altura da massa comum dos mortais. São poucas as exceções, entre as quais o santo que hoje comemoramos. Seu nome no cartório era Júlio César Russo, nascido em Brindes em 1559. Com esse nome ambicioso os pais talvez esperassem criar na família um imitador do grande líder romano. Aquele pequeno Júlio César teria correspondido mais tarde a esse desígnio, e o encontramos em primeira linha para impedir o avanço do exército turco, que já invadira a Hungria e marchava para o coração da Europa cristã. Mas não brandia a espada, e sim uma cruz de madeira, na qualidade de capelão, ou como se dizia então, o conselheiro do chefe do exército romano, Filipe Emanuel de Lorena.

Porém, já desde os seis anos ele enchia de orgulho os corações dos pais pela extraordinária facilidade em aprender de cor páginas inteiras de livros, que depois declamava em público, até do púlpito da catedral. As costas da península eram seguidamente castigadas por sarracenos, sobretudo na Púglia, nas proximidades da Albânia. A família dos Russo, como tantas outras, vivia no terror de horríveis surpresas; por isso a mãe de Júlio César, assim que ficou viúva, pensou logo em arrumar as malas e se mudar para Veneza, para confiar seu filho de 14 anos aos cuidados de um tio. Dois anos após o jovem entrava no convento dos frades menores conventuais, para passar pouco depois aos capuchinhos de Verona, entre os quais emitiu os votos religiosos com o nome de frei Lourenço de Brindes, completando sua formação na universidade de Pádua.

Sua vasta erudição aliada ao extraordinário conhecimento das línguas, entre as quais o grego e o hebraico, obtiveram-lhe muitos encargos na sua Ordem e da parte do papa. Foi provincial da Toscana, de Veneza, de Gênova, da Suíça, comissário no Tirol e na Baviera. Foi sobretudo grande animador de todos os que combatiam contra a ameaça dos turcos e aplaudido pregador da ortodoxia católica contra a reforma protestante. A serviço do papa Paulo V, foi embaixador de paz junto aos príncipes e reis em discórdia. A morte o colheu de fato durante a sua segunda viagem à península ibérica. Morreu a 22 de julho de 1619 em Lisboa e foi sepultado em Vilafranca del Bierzo. Incluído no catálogo dos santos em 1881, teve o título de doutor da Igreja (doutor apostólico) em 1959 pelo papa João XXIII.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Sexta-feira da 15ª semana do Tempo Comum

(verde – ofício do dia)

Contemplarei, justificado, a vossa face; e serei saciado quando se manifestar a vossa glória (Sl 16,15).

No Antigo Testamento, instituiu-se a Páscoa, “festa memorável” para celebrar a passagem do Deus libertador. Com a Páscoa cristã, caminhamos com Jesus para fora da escravidão do pecado e suas consequências, como a fome, na esfera social, e o legalismo, no âmbito da religião.

Primeira Leitura: Êxodo 11,10-12,14

Leitura do livro do Êxodo – Naqueles dias, 10Moisés e Aarão realizaram muitos prodígios diante do faraó; mas o Senhor endureceu o coração do faraó, e ele não deixou que os filhos de Israel saíssem da sua terra. 12,1O Senhor disse a Moisés e a Aarão no Egito: 2“Este mês será para vós o começo dos meses; será o primeiro mês do ano. 3Falai a toda a comunidade dos filhos de Israel, dizendo: No décimo dia deste mês, cada um tome um cordeiro por família, um cordeiro por casa. 4Se a família não for bastante numerosa para comer um cordeiro, convidará também o vizinho mais próximo, de acordo com o número de pessoas. Deveis calcular o número de comensais conforme o tamanho do cordeiro. 5O cordeiro será sem defeito, macho, de um ano. Podereis escolher tanto um cordeiro como um cabrito: 6e devereis guardá-lo preso até o dia catorze deste mês. Então toda a comunidade de Israel reunida o imolará ao cair da tarde. 7Tomareis um pouco do seu sangue e untareis os marcos e a travessa da porta, nas casas em que o comerdes. 8Comereis a carne nessa mesma noite, assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas. 9Não comereis dele nada cru ou cozido em água, mas assado ao fogo, inteiro, com cabeça, pernas e vísceras. 10Não deixareis nada para o dia seguinte: o que sobrar, devereis queimá-lo ao fogo. 11Assim devereis comê-lo: com os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. E comereis às pressas, pois é a Páscoa, isto é, a passagem do Senhor! 12E naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até os animais; e infligirei castigos contra todos os deuses do Egito, eu, o Senhor. 13O sangue servirá de sinal nas casas onde estiverdes. Ao ver o sangue, passarei adiante, e não vos atingirá a praga exterminadora quando eu ferir a terra do Egito. 14Este dia será para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 115(116B)

Elevo o cálice da minha salvação, / invocando o nome santo do Senhor.

1. Que poderei retribuir ao Senhor Deus / por tudo aquilo que ele fez em meu favor? / Elevo o cálice da minha salvação, / invocando o nome santo do Senhor. – R.

2. É sentida por demais pelo Senhor / a morte de seus santos, seus amigos. / Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, † vosso servo que nasceu de vossa serva; / mas me quebrastes os grilhões da escravidão! – R.

3. Por isso oferto um sacrifício de louvor, / invocando o nome santo do Senhor. / Vou cumprir minhas promessas ao Senhor / na presença de seu povo reunido. – R.

Evangelho: Mateus 12,1-8

Aleluia, aleluia, aleluia.

Minhas ovelhas escutam minha voz, / eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – 1Naquele tempo, Jesus passou no meio de uma plantação num dia de sábado. Seus discípulos tinham fome e começaram a apanhar espigas para comer. 2Vendo isso, os fariseus disseram-lhe: “Olha, os teus discípulos estão fazendo o que não é permitido fazer em dia de sábado!” 3Jesus respondeu-lhes: “Nunca lestes o que fez Davi quando ele e seus companheiros sentiram fome? 4Como entrou na casa de Deus e todos comeram os pães da oferenda, que nem a ele nem aos seus companheiros era permitido comer, mas unicamente aos sacerdotes? 5Ou nunca lestes na Lei que, em dia de sábado, no templo, os sacerdotes violam o sábado sem contrair culpa alguma? 6Ora, eu vos digo, aqui está quem é maior do que o templo. 7Se tivésseis compreendido o que significa: ‘Quero a misericórdia e não o sacrifício’, não teríeis condenado os inocentes. 8De fato, o Filho do Homem é senhor do sábado”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Na época de Jesus, o SÁBADO era instituição religiosa válida, que o próprio Jesus sempre respeitou e praticou. A mesma atitude ele adotou em relação a outras instituições da religião judaica. Mas às vezes ele as colocava em questão. O que Jesus questionava não era a instituição religiosa em si, mas a escala de valores daqueles que tornavam absoluto o que era relativo e esqueciam o que era mais importante. Jesus argumenta que certas urgências e necessidades do ser humano têm preferência sobre a Lei. O centro é a pessoa. As leis foram criadas para favorecê-la e ajudá-la a viver dignamente. Se não cumpre tal objetivo, de que vale tal lei? O verdadeiro culto agradável a Deus se expressa mediante obras de misericórdia: “Quero misericórdia, e não sacrifício”. Dar de comer é obra de misericórdia.(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS

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Santo do dia

Elias e Eliseu, profetas

Elias, com Eliseu e Samuel, é um dos maiores profetas de ação (para distinguir dos profetas escritores como Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel), e sua missão foi a de conclamar o povo à fidelidade ao único Deus verdadeiro, sem se deixar influenciar pelo culto da idolatria e da licenciosidade de Canaã. Elias, cujo nome significa meu Deus é Javé, nasceu pelos fins do século X a.C. e desenvolveu grande parte da sua missão sob o reino do fraco Acab (873-854), dócil instrumento nas mãos da briguenta esposa, Jezabel, de origem fenícia, que tinha primeiro favorecido e depois imposto o culto a Baal.

Quando parecia que o monoteísmo estava sufocado e a maioria do povo havia abraçado a idolatria, Elias se apresentou diante do rei Acab, para anunciar-lhe, como castigo, três anos de seca. Sobrevindo o flagelo na Palestina, Elias voltou ao rei e para demonstrar a inanidade dos ídolos lançou um desafio no monte Carmelo contra os quatrocentos profetas de Baal. Quando só no altar erguido por Elias acendeu-se prodigiosamente a labareda, e a água desceu pondo fim à seca, o povo, explodindo de alegria, linchou os sacerdotes idólatras. Elias acreditou que houvesse chegado a hora de Javé, e por isso tanto mais dolorosa e incompreensível lhe pareceu a necessidade de ter de fugir para escapar da ira da enfurecida Jezabel.

Perseguido no deserto como animal de caça, o enérgico e intransigente profeta pareceu ter um instante de indecisão, por causa do desconforto. O seu trabalho, sua própria vida pareceram-lhe inúteis e pediu a Deus que rompesse o fio que o tinha ainda atado à terra. Mas um anjo o confortou trazendo-lhe pão e uma vasilha de água; depois Deus mesmo lhe apareceu restituindo-lhe a indomável coragem de um tempo. Elias compreendeu que Deus não propicia o triunfo do bem com gestos espetaculares, mas age com longanimidade e paciência, pois é eterno e domina o tempo.

O bravo profeta, que vestia um manto de pele sobre grosseiro avental, amarrado na cintura, como oito séculos mais tarde vestiu o precursor de Cristo, João Batista, de quem é a figura, voltou com renovado zelo para o meio do povo de Deus, mas não assistiu ao pleno triunfo de Javé. A obra de reedificação espiritual, tão trabalhosamente iniciada, foi levada à frente com total sucesso pelo seu discípulo Eliseu, ao qual comunicou a vocação divina enquanto este se encontrava no campo atrás do arado, jogando-lhe nas costas seu manto. Eliseu foi também a única testemunha do misterioso fim de Elias, ocorrido pelo ano 850 a.C. num carro de fogo.

O continuador da obra de Elias era rico proprietário, originário de Abelmeúla. O seu nome Eliseu (Deus salva) corresponde bem à natureza de sua missão desenvolvida entre o povo de Israel, sob o reinado de Jorão (853-842), Jeú (842-815) e Joacaz (814-798). Eliseu era homem decidido e isso transparece na prontidão com que respondeu ao gesto simbólico de Elias, que por ordem de Javé, o consagrava profeta e seu sucessor (1Rs 19,19-21).

Antes do desaparecimento de Elias num turbilhão de fogo, Eliseu pediu-lhe: “Peço me seja concedido porção dobrada do teu espírito”. E o pedido foi ouvido. Eliseu foi o maior taumaturgo entre os profetas. Morreu no ano 790 e foi sepultado perto de Samaria. Sua memória é no dia 14 de junho.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Quinta-Feira da 15° Semana do Tempo Comum

(verde – ofício do dia)

Contemplarei, justificado, a vossa face; e serei saciado quando se manifestar a vossa glória (Sl 16,15).

Vivamente interessado em aliviar os pesados fardos do seu povo, Deus, o Absoluto, sugere a seu líder o modo de realizar seu propósito. Por isso, o salmista conclama as gerações para um solene louvor: “Dai graças ao Senhor… anunciai entre as nações seus grandes feitos!”

Primeira Leitura: Êxodo 3,13-20

Leitura do livro do Êxodo – Naqueles dias, ouvindo a voz do Senhor do meio da sarça, 13Moisés disse a Deus: “Sim, eu irei aos filhos de Israel e lhes direi: ‘O Deus de vossos pais enviou-me a vós’. Mas, se eles perguntarem: ‘Qual é o seu nome?’, o que lhes devo responder?” 14Deus disse a Moisés: “Eu sou aquele que sou”. E acrescentou: “Assim responderás aos filhos de Israel: ‘Eu sou enviou-me a vós’”. 15E Deus disse ainda a Moisés: “Assim dirás aos filhos de Israel: ‘O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, enviou-me a vós’. Esse é o meu nome para sempre, e assim serei lembrado de geração em geração. 16Vai, reúne os anciãos de Israel e dize-lhes: ‘O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, apareceu-me, dizendo: Eu vos visitei e vi tudo o que vos sucede no Egito. 17E decidi tirar-vos da opressão do Egito e conduzir-vos à terra dos cananeus, dos hititas, dos amorreus, dos ferezeus, dos eveus e dos jebuseus, a uma terra onde corre leite e mel’. 18Eles te escutarão e tu, com os anciãos de Israel, irás ao rei do Egito e lhe direis: ‘O Senhor, o Deus dos hebreus, veio ao nosso encontro. E agora temos que ir, a três dias de marcha no deserto, para oferecermos sacrifícios ao Senhor nosso Deus’. 19Eu sei, no entanto, que o rei do Egito não vos deixará partir se não for obrigado por mão forte. 20Por isso, estenderei minha mão e castigarei o Egito com toda sorte de prodígios que vou realizar no meio deles. Depois disso, o rei do Egito vos deixará partir”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 104(105)

O Senhor se lembra sempre da Aliança.

1. Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, / anunciai entre as nações seus grandes feitos! / Lembrai as maravilhas que ele fez, / seus prodígios e as palavras de seus lábios! – R.

2. Ele sempre se recorda da Aliança, / promulgada a incontáveis gerações; / da aliança que ele fez com Abraão / e do seu santo juramento a Isaac. – R.

3. Deus deu um grande crescimento a seu povo / e o fez mais forte que os próprios opressores. / Ele mudou seus corações para odiá-lo, / e trataram com má-fé seus servidores. – R.

4. Então mandou Moisés, seu mensageiro, / e igualmente Aarão, seu escolhido; / por meio deles, realizou muitos prodígios / e, na terra do Egito, maravilhas. – R.

Evangelho: Mateus 11,28-30

Aleluia, aleluia, aleluia.

Vinde a mim, todos vós que estais cansados, / e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11,28). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse: 28“Vinde a mim, todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. 29Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. 30Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Um olhar panorâmico sobre o mundo nos mostrará imensa multidão de gente sofredora. Boa parte do sofrimento é causada por governos opressores, dirigentes intolerantes com as religiões, má distribuição de renda, miséria. A prática do aborto, o tráfico de pessoas, o uso desenfreado e irresponsável do sexo, a não aceitação de Deus na própria vida, tudo isso concorre para sufocar a humanidade e envolvê-la na tristeza e na infelicidade. Jesus vem mostrar outro caminho. Ele pessoalmente se dispõe a conduzir os que ouvem sua voz e decidem segui-lo. Ele é manso e humilde, é nosso ombro amigo e conforto para os momentos de angústia, saída certa quando estamos desorientados. Seu coração permanece generosamente aberto para todos: “Venham a mim todos vocês que andam cansados”.(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Quarta-Feira da 15° Semana do Tempo Comum

(verde – ofício do dia)

Contemplarei, justificado, a vossa face; e serei saciado quando se manifestar a vossa glória (Sl 16,15).

Solidário com seu povo, Deus ouve-lhe o clamor e lhe envia um libertador, assegurando-lhe sua assistência: “Eu estarei contigo”. Cultivemos, na liturgia e na caminhada diária, a certeza de que o Senhor nunca nos abandona, mas revela seu projeto amoroso aos humildes.

Primeira Leitura: Êxodo 3,1-6.9-12

Leitura do livro do Êxodo – Naqueles dias, 1Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Levou, um dia, o rebanho deserto adentro e chegou ao monte de Deus, o Horeb. 2Apareceu-lhe o anjo do Senhor numa chama de fogo, do meio de uma sarça. Moisés notou que a sarça estava em chamas, mas não se consumia, e disse consigo: 3“Vou aproximar-me desta visão extraordinária, para ver por que a sarça não se consome”. 4O Senhor viu que Moisés se aproximava para observar e chamou-o do meio da sarça, dizendo: “Moisés! Moisés!” Ele respondeu: “Aqui estou”. 5E Deus disse: “Não te aproximes! Tira as sandálias dos pés, porque o lugar onde estás é uma terra santa”. 6E acrescentou: “Eu sou o Deus de teus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó”. Moisés cobriu o rosto, pois temia olhar para Deus. 9“E agora, o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e vi a opressão que os egípcios fazem pesar sobre eles. 10Mas vai, eu te envio ao faraó, para que faças sair do Egito o meu povo, os filhos de Israel”. 11E Moisés disse a Deus: “Quem sou eu para ir ao faraó e fazer sair os filhos de Israel do Egito?” 12Deus lhe disse: “Eu estarei contigo; e este será o sinal de que fui eu que te enviei: quando tiveres tirado do Egito o povo, vós servireis a Deus sobre esta montanha”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 102(103)

O Senhor é indulgente, é favorável.

1. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, / e todo o meu ser, seu santo nome! / Bendize, ó minha alma, ao Senhor, / não te esqueças de nenhum de seus favores! – R.

2. Pois ele te perdoa toda culpa / e cura toda a tua enfermidade; / da sepultura ele salva a tua vida / e te cerca de carinho e compaixão. – R.

3. O Senhor realiza obras de justiça / e garante o direito aos oprimidos; / revelou os seus caminhos a Moisés / e, aos filhos de Israel, seus grandes feitos. – R.

Evangelho: Mateus 11,25-27

Aleluia, aleluia, aleluia.

Graças te dou, ó Pai, / Senhor do céu e da terra, / pois revelaste os mistérios do teu Reino aos pequeninos, / escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – 25Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. 26Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 27Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Uma explícita oração de louvor sai do coração e dos lábios do Mestre. Qual o motivo da alegria? É o reconhecimento ao Pai pelo modo como conduz a história da salvação. Os intelectuais da época, entendidos em leis e conhecedores das Escrituras são, em geral, avessos aos ensinamentos de Jesus. Embora tenham condições para interpretar a Lei e os Profetas, não aceitam Jesus como o Messias prometido. Pior: dificultam sua missão, opondo-lhe aberta resistência, tachando-o com apelidos ofensivos e procurando fazer a cabeça do povo simples para não segui-lo. Os pobres e marginalizados, ao invés, com mais facilidade acolhem Jesus e abrem espaço para sua mensagem. São os “pequeninos” que vão compor a comunidade de Jesus e, ao longo dos séculos, irão difundir em toda a parte a sua mensagem de salvação.(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS

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Santo do dia

Santo Arsênio, eremita

Na Igreja primitiva as fraquezas humanas eram combatidas com disciplina muito rigorosa. Em tempos de perseguições o ideal era representado pela morte por Cristo, com o martírio. Depois, a começar do século IV, procurava-se outra morte: a renúncia ao mundo e a solidão do deserto. A vida eremítica, que tem em santo Antão abade o exemplo mais imitado e mais popular, graças também à biografia escrita por santo Atanásio, constitui por muitos anos o refúgio preferido destes simpáticos anárquicos do espírito. Inicialmente eram autônomos como os primeiros pioneiros do West americano, depois organizaram-se por uma Regra ascética, que fixava tempos de jejum e de oração na vida parcialmente comunitária, que mitigava a rígida separação até dos próprios semelhantes.

Muitos cristãos empreendiam longas e desconfortáveis peregrinações para ter colóquio com um destes anacoretas iluminados, entre os quais está precisamente santo Arsênio, eremita no Egito e um dos mais célebres pais do deserto. O santo anacoreta, porém, não gostava de interromper a rígida observância do silêncio nem com um peregrino que viesse de longe. E quando não podia subtrair-se a estas visitas de obrigação, as suas raras e monossilábicas respostas desencorajavam até o mais devoto dos interlocutores, a tal ponto que ele se retirava mais desconcertado que edificado. Arsênio nascera em Roma, no ano 354 mais ou menos, de nobre família de senadores. Uma antiga tradição diz que ele foi ordenado diácono pelo próprio papa Dâmaso.

Em 383 o imperador Teodósio o quis em Constantinopla para confiar-lhe a educação dos filhos Arcádio e Honório. Aí ficou 11 anos, até 394, quando depois de profunda crise espiritual obteve a exoneração daquele cargo para se retirar para o deserto egípcio. Pedindo a Deus um caminho seguro para a salvação, uma voz misteriosa ter-lhe-ia respondido: “Fuja dos homens”. Arsênio, então com quarenta anos, seguiu à risca o conselho: desembarcando em Alexandria, ajuntou-se à comunidade dos anacoretas de Scete, em pleno deserto. Concedendo a si pouquíssimo sono, passava noites inteiras em oração e meditação: oração feita mais com lágrimas que com palavras, pois recebeu de Deus o dom das lágrimas.

De 434 a 450, que se presume tenha sido o ano de sua morte, Arsênio teve de viver longe da tranquila Scete, invadida por tribo líbica. Morreu em Troe, perto de Mênfis. Dele, além de uma crônica histórica e sábias máximas, referidas por Daniel de Pharan, amigo de dois discípulos de Arsênio, chegou-nos até um retrato, em que aparece com boa aparência, majestosamente alto e esbelto.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Terça-Feira da 15° Semana do Tempo Comum

(verde – ofício do dia)

Contemplarei, justificado, a vossa face; e serei saciado quando se manifestar a vossa glória (Sl 16,15).

Deus se serve de pessoas e circunstâncias inesperadas para traçar o roteiro de sua intervenção salvadora. Nesta liturgia bendigamos ao Senhor por sua “salvação que nunca falha” e nos proponhamos procurá-lo dia após dia, em espírito de constante conversão.

Primeira Leitura: Êxodo 2,1-15

Leitura do livro do Êxodo – Naqueles dias, 1um homem da família de Levi casou-se com uma mulher da mesma tribo, 2e ela concebeu e deu à luz um filho. Ao ver que era um belo menino, manteve-o escondido durante três meses. 3Mas não podendo escondê-lo por mais tempo, tomou uma cesta de junco, calafetou-a com betume e piche, pôs dentro dela a criança e deixou-a entre os caniços na margem do rio Nilo. 4A irmã do menino ficou a certa distância para ver o que ia acontecer. 5A filha do faraó desceu para se banhar no rio, enquanto suas companheiras passeavam pela margem. Vendo, então, a cesta no meio dos caniços, mandou uma das servas apanhá-la. 6Abrindo a cesta, viu a criança: era um menino, que chorava. Ela compadeceu-se dele e disse: “É um menino dos hebreus”. 7A irmã do menino disse, então, à filha do faraó: “Queres que te vá chamar uma mulher hebreia que possa amamentar o menino?” 8A filha do faraó respondeu: “Vai”. E a menina foi e chamou a mãe do menino. 9A filha do faraó disse à mulher: “Leva este menino, amamenta-o para mim, e eu te pagarei o teu salário”. A mulher levou o menino e o amamentou. 10Quando já estava crescido, ela levou-o à filha do faraó, que o adotou como filho e lhe deu o nome de Moisés, porque, disse ela, “eu o tirei das águas”. 11Um dia, quando já era adulto, Moisés saiu para visitar seus irmãos hebreus; viu sua aflição e como um egípcio maltratava um deles. 12Olhou para os lados e, não vendo ninguém, matou o egípcio e escondeu-o na areia. 13No dia seguinte, saiu de novo e viu dois hebreus brigando, e disse ao agressor: “Por que bates no teu companheiro?” 14E este replicou: “Quem te estabeleceu nosso chefe e nosso juiz? Acaso pretendes matar-me, como mataste o egípcio?” Moisés ficou com medo e disse consigo: “Com certeza, o fato se tornou conhecido”. 15O faraó foi informado do que aconteceu e procurava matar Moisés. Mas este, fugindo da sua vista, parou na terra de Madiã. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 68(69)

Humildes, procurai o Senhor Deus, / e o vosso coração reviverá.

1. Na lama do abismo eu me afundo / e não encontro um apoio para os pés. / Nestas águas muito fundas vim cair, / e as ondas já começam a cobrir-me! – R.

2. Por isso elevo para vós minha oração, / neste tempo favorável, Senhor Deus! / Respondei-me pelo vosso imenso amor, / pela vossa salvação que nunca falha! – R.

3. Pobre de mim, sou infeliz e sofredor! / Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus! / Cantando, eu louvarei o vosso nome / e, agradecido, exultarei de alegria! – R.

4. Humildes, vede isto e alegrai-vos: † o vosso coração reviverá / se procurardes o Senhor continuamente! / Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres / e não despreza o clamor de seus cativos. – R.

Evangelho: Mateus 11,20-24

Aleluia, aleluia, aleluia.

Oxalá ouvísseis hoje a sua voz. / Não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 20Jesus começou a censurar as cidades onde fora realizada a maior parte de seus milagres, porque não se tinham convertido. 21“Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se os milagres que se realizaram no meio de vós tivessem sido feitos em Tiro e Sidônia, há muito tempo elas teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinza. 22Pois bem! Eu vos digo, no dia do julgamento, Tiro e Sidônia serão tratadas com menos dureza do que vós. 23E tu, Cafarnaum! Acaso serás erguida até o céu? Não! Serás jogada no inferno! Porque, se os milagres que foram realizados no meio de ti tivessem sido feitos em Sodoma, ela existiria até hoje! 24Eu, porém, vos digo: no dia do juízo, Sodoma será tratada com menos dureza do que vós!” – Palavra da salvação.

Reflexão:

É fácil entender a desilusão do missionário que não mede esforços para anunciar o Evangelho; desgasta-se em benefício do povo e, por fim, nota que seu empenho parece inútil. Jesus parece ter provado esse mesmo sentimento (de decepção) em relação a algumas cidades que receberam sua visita: seus habitantes permaneceram indiferentes e inertes; não acolheram a mensagem do Reino, não se converteram e não se tornaram discípulos de Jesus. Daí seu desabafo: “Ai de você…”. Para esse povo de coração duro, não faltou a presença de Deus, não faltaram as palavras de vida eterna. São Paulo, certa vez, inconformado com a inveja e as ofensas dos adversários, assim falou: “Como vocês a rejeitam (Palavra de Deus) e não se julgam dignos da vida eterna, eis que vamos aos gentios” (At 13,46).(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS