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São Jerônimo – presbítero e doutor da Igreja

O século IV depois de Cristo, que teve o seu momento culminante no ano de 380 com o edito do imperador Teodósio no qual se estabelecia que a fé cristã devia ser adotada por todas as populações do império, está repleto de grandes figuras de santos: Atanásio, Hilário, Ambrósio, Agostinho, João Crisóstomo, Basílio e Jerônimo, dálmata, nascido entre 340 e 350 na cidadezinha de Strido. Romano de formação, Jerônimo é espírito enciclopédico. Sua obra literária nos revela a cada instante o filósofo, o retórico, o gramático, o dialético, capaz de escrever e pensar em latim, em grego, em hebraico, escritor de estilo rico, puro e robusto ao mesmo tempo. A ele devemos a tradução em latim do Antigo e do Novo Testamento, que se tornou, com o título de Vulgata, a Bíblia oficial do cristianismo.

Jerônimo é personalidade fortíssima: em toda parte por onde vai suscita entusiasmos ou polêmicas. Em Roma ataca os vícios e hipocrisias e preconiza também novas formas de vida religiosa, atraindo para elas algumas influentes damas patrícias (de Roma), que o seguiram depois na vida eremítica de Belém. A fuga da sociedade deste exilado voluntário era gesto ditado por sincero desejo de paz interior, não sempre duradouro, uma vez que, para não ser esquecido, reaparecia de vez em quando com algum novo livro. Os “rugidos deste leão do deserto” eram ouvidos tanto no Ocidente como no Oriente. Suas violências verbais não perdoavam ninguém. Teve palavras duras para com Ambrósio, com Basílio e com o próprio Agostinho, que teve de engolir amargos bocados. Isso é confirmado pela correspondência entre os dois grandes doutores da Igreja, chegada a nós quase inteira. Mas sabia aliviar as intemperanças do seu caráter quando ao polemista prevalecia o diretor espiritual.

Toda vez que terminava um livro ia visitar as monjas que dirigia na vida ascética num mosteiro não distante do seu. Ele as escutava, respondendo às suas perguntas. Estas mulheres inteligentes e vivas foram como um filtro às suas explosões menos oportunas e ele as recompensava com o sustento e o alimento de uma cultura espiritual bíblica. Este homem extraordinário estava consciente de suas próprias culpas e de seus limites (batia-se no peito com pedras por causa dos seus pecados), mas estava consciente também dos seus merecimentos. No livro Homens Ilustres, em que apresenta um perfil biográfico dos homens ilustres, conclui com um capítulo dedicado a ele mesmo. Morreu aos 72 anos, em 420, em Belém.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Segunda-feira da 26ª semana do Tempo Comum

SÃO JERÔNIMO

PRESBÍTERO E DOUTOR DA IGREJA

(branco, pref. comum, ou dos pastores ou dos doutores – ofício da memória)

Feliz o homem que medita a lei do Senhor dia e noite sem cessar: dará seu fruto no devido tempo (Sl 1,2s).

Encerrando o mês da Bíblia, celebramos a memória de São Jerônimo, Esse eminente doutor da Igreja nasceu em 342, na província romana da Dalmácia, e morreu em Belém, na Palestina, em 420. Tendo adquirido vastíssima cultura literária e bíblica, pôs seus talentos a serviço de Deus por incentivo do papa Dâmaso, que o encarregou de preparar a tradução da Bíblia do grego para o latim. Empenhando os últimos 35 anos de vida nos estudos da Sagrada Escritura, tornou-se o patrono dos biblistas e das iniciativas bíblicas da Igreja. Com ele aprendamos a fazer da Palavra de Deus uma Boa-nova de salvação para os pequenos do Reino.

Primeira Leitura: Jó 1,6-22

Leitura do livro de Jó – 6Um dia, foram os filhos de Deus apresentar-se ao Senhor; entre eles, também satanás. 7O Senhor, então, disse a satanás: “Donde vens?” “Venho de dar umas voltas pela terra”, respondeu ele. 8O Senhor disse-lhe: “Reparaste no meu servo Jó? Na terra não há outro igual: é um homem íntegro e correto, teme a Deus e afasta-se do mal”. 9Satanás respondeu ao Senhor: “Mas será por nada que Jó teme a Deus? 10Porventura não levantaste um muro de proteção ao redor dele, de sua casa e de todos os seus bens? Tu abençoaste tudo o que ele fez, e seus rebanhos cobrem toda a região. 11Mas estende a mão e toca em todos os seus bens; e eu garanto que ele te lançará maldições no rosto!” 12Então o Senhor disse a satanás: “Pois bem, de tudo o que ele possui podes dispor, mas não estendas a mão contra ele”. E satanás saiu da presença do Senhor. 13Ora, num dia em que os filhos e filhas de Jó comiam e bebiam vinho na casa do irmão mais velho, 14um mensageiro veio dizer a Jó: “Estavam os bois lavrando e as mulas pastando a seu lado 15quando, de repente, apareceram os sabeus e roubaram tudo, passando os criados ao fio da espada. Só eu consegui escapar para trazer-te a notícia”. 16Estava ainda falando quando chegou outro e disse: “Caiu do céu o fogo de Deus e matou ovelhas e pastores, reduzindo-os a cinza. Só eu consegui escapar para trazer-te a notícia”. 17Este ainda falava quando chegou outro e disse: “Os caldeus, divididos em três bandos, lançaram-se sobre os camelos e levaram-nos consigo, depois de passarem os criados ao fio da espada. Só eu consegui escapar para trazer-te a notícia”. 18Este ainda falava quando chegou outro e disse: “Teus filhos e tuas filhas estavam comendo e bebendo vinho na casa do irmão mais velho 19quando um furacão se levantou das bandas do deserto e se lançou contra os quatro cantos da casa, que desabou sobre os jovens e os matou. Só eu consegui escapar para trazer-te a notícia”. 20Então, Jó levantou-se, rasgou o manto, rapou a cabeça, caiu por terra e, prostrado, disse: 21“Nu eu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei para lá. O Senhor deu, o Senhor tirou; como foi do agrado do Senhor, assim foi feito. Bendito seja o nome do Senhor!” 22Apesar de tudo isso, Jó não cometeu pecado nem se revoltou contra Deus. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 16(17)

Inclinai o vosso ouvido e escutai-me!

1. Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, / escutai-me e atendei o meu clamor! / Inclinai o vosso ouvido à minha prece, / pois não existe falsidade nos meus lábios! – R.

2. De vossa face é que me venha o julgamento, / pois vossos olhos sabem ver o que é justo. / Provai meu coração durante a noite, † visitai-o, examinai-o pelo fogo, / mas em mim não achareis iniquidade. – R.

3. Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, / inclinai o vosso ouvido e escutai-me! / Mostrai-me vosso amor maravilhoso, † vós que salvais e libertais do inimigo / quem procura a proteção junto de vós. – R.

Evangelho: Lucas 9,46-50

Aleluia, aleluia, aleluia.

Veio o Filho do Homem, a fim de servir / e dar sua vida em resgate por muitos (Mc 10,45). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 46houve entre os discípulos uma discussão para saber qual deles seria o maior. 47Jesus sabia o que estavam pensando. Pegou então uma criança, colocou-a junto de si 48e disse-lhes: “Quem receber esta criança em meu nome estará recebendo a mim. E quem me receber estará recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior”. 49João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem que expulsa demônios em teu nome. Mas nós lho proibimos, porque não anda conosco”. 50Jesus disse-lhe: “Não o proibais, pois quem não está contra vós está a vosso favor”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

A conversão é processo lento e fatigoso. Várias vezes, Jesus explica aos discípulos qual é a característica do seu messianismo. Ele veio para dar a própria vida por todos. Está entre nós para servir ao Pai e ao povo, não para explorar e ser servido. Surdos às palavras e cegos às atitudes de Jesus, os apóstolos disputam o primeiro lugar. A presença da criança oferece a Jesus imagem forte de simplicidade, pureza, abertura à partilha e à fraternidade. Esses são os valores do Reino que Jesus está implantando e que seus discípulos precisam assimilar. Outro aspecto importante é a tolerância com os de fora do grupo. Não se deve rejeitá-los, mas estabelecer comunhão com eles. Os apóstolos não têm exclusividade sobre a prática do bem.(Dia a dia com o Evangelho 2024)

FONTE: PAULUS

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26° Domingo do Tempo Comum

(verde, glória, creio – 2ª semana do saltério)

Tudo quanto nos fizestes, Senhor, com verdadeira justiça o fizestes, porque pecamos contra vós e não obedecemos a vossos mandamentos; mas dai glória ao vosso nome e tratai-nos conforme a grandeza da vossa misericórdia (Dn 3,31.29s.43.42).

Reunidos em nome de Cristo, queremos acolher a força profética e soberana do Espírito. Ele nos leva a superar a mentalidade sectária e nos convida a sermos acolhedores dos pobres e desprezados, extirpando de nossa vida tudo o que possa ferir a dignidade das pessoas e a caminhada da comunidade. Celebremos a páscoa semanal do Senhor neste dia da Bíblia, a Palavra que nos guia e traz alegria aos corações.

Primeira Leitura: Números 11,25-29

Leitura do livro dos Números – Naqueles dias, 25o Senhor desceu na nuvem e falou a Moisés. Retirou um pouco do espírito que Moisés possuía e o deu aos setenta anciãos. Assim que repousou sobre eles o espírito, puseram-se a profetizar, mas não continuaram. 26Dois homens, porém, tinham ficado no acampamento. Um chamava-se Eldad, e o outro, Medad. O espírito repousou igualmente sobre os dois, que estavam na lista, mas não tinham ido à tenda, e eles profetizavam no acampamento. 27Um jovem correu a avisar Moisés que Eldad e Medad estavam profetizando no acampamento. 28Josué, filho de Nun, ajudante de Moisés desde a juventude, disse: “Moisés, meu senhor, manda que eles se calem!” 29Moisés respondeu: “Tens ciúmes por mim? Quem dera que todo o povo do Senhor fosse profeta e que o Senhor lhe concedesse o seu espírito!” – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 18(19)

A lei do Senhor Deus é perfeita, alegria ao coração.

1. A lei do Senhor Deus é perfeita, / conforto para a alma! / O testemunho do Senhor é fiel, / sabedoria dos humildes. – R.

2. É puro o temor do Senhor, / imutável para sempre. / Os julgamentos do Senhor são corretos / e justos igualmente. – R.

3. E vosso servo, instruído por elas, / se empenha em guardá-las. / Mas quem pode perceber suas faltas? / Perdoai as que não vejo! – R.

4. E preservai o vosso servo do orgulho: / não domine sobre mim! / E assim puro eu serei preservado / dos delitos mais perversos. – R.

Segunda Leitura: Tiago 5,1-6

Leitura da carta de São Tiago – 1E agora, ricos, chorai e gemei, por causa das desgraças que estão para cair sobre vós. 2Vossa riqueza está apodrecendo, e vossas roupas estão carcomidas pelas traças. 3Vosso ouro e vossa prata estão enferrujados, e a ferrugem deles vai servir de testemunho contra vós e devorar vossas carnes como fogo! Amontoastes tesouros nos últimos dias. 4Vede, o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos, que vós deixastes de pagar, está gritando, e o clamor dos trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor todo-poderoso. 5Vós vivestes luxuosamente na terra, entregues à boa vida, cevando os vossos corações para o dia da matança. 6Condenastes o justo e o assassinastes; ele não resiste a vós. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Marcos 9,38-43.45.47-48

Aleluia, aleluia, aleluia.

Vossa Palavra é verdade, orienta e dá vigor; / na verdade santifica vosso povo, ó Senhor! (Jo 17, 17) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 38João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem expulsar demônios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não nos segue”. 39Jesus disse: “Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. 40Quem não é contra nós é a nosso favor. 41Em verdade eu vos digo, quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. 42E, se alguém escandalizar um destes pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço. 43Se tua mão te leva a pecar, corta-a! É melhor entrar na vida sem uma das mãos do que, tendo as duas, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. 45Se teu pé te leva a pecar, corta-o! É melhor entrar na vida sem um dos pés do que, tendo os dois, ser jogado no inferno. 47Se teu olho te leva a pecar, arranca-o! É melhor entrar no Reino de Deus com um olho só do que, tendo os dois, ser jogado no inferno, 48‘onde o verme deles não morre e o fogo não se apaga’”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Jesus dá instruções sobre as exigências do Reino que ele está implantando. Antes de tudo, o Reino não é uma seita fechada, exclusiva para alguns privilegiados. Ao contrário, é aberta a todos os povos do mundo inteiro. Quem liberta em nome de Jesus é aliado de Jesus. Ser de Cristo é, de alguma forma, estar em sintonia com seu projeto de liberdade e vida para todos. Sendo uma realidade aberta e universal, o Reino não é espaço para a opressão. Ao contrário, deve ser a expressão concreta da prática da justiça e da fraternidade. Escandalizar é querer ser maior que os outros na comunidade; é criar obstáculo na caminhada cristã dos irmãos. É fazê-los vacilar na fé. Daí a dura repreensão de Jesus para quem escandalizar “um destes pequenos que creem”. Esse mal deve ser cortado pela raiz.(Dia a dia com o Evangelho 2024)

FONTE: PAULUS

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Santo do dia

Santos Miguel, Gabriel e Rafael – arcanjos

O novo calendário reuniu em uma só celebração os três arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael, cuja festa caía respectivamente a 29 de setembro, a 24 de março e a 24 de outubro. Da existência destes anjos fala explicitamente a Sagrada Escritura, que lhes dá nome e lhes determina a função. São Miguel, o antigo padroeiro da Sinagoga, é agora o padroeiro da Igreja universal; são Gabriel é o anjo da encarnação e talvez o da agonia do jardim das oliveiras; são Rafael é o guia dos viajantes. São Miguel, em particular, foi cultuado desde os primeiros séculos de história do cristianismo. O imperador Constantino erigiu-lhe um santuário nas margens do Bósforo, em terra europeia, enquanto Justiniano construiu-lhe um no lado oposto. A data de 29 de setembro corresponde à da consagração da igreja dedicada no século V a são Miguel, a seis milhas da via Salária.

A festividade difundiu-se rapidamente no Ocidente e no Oriente. Em Roma foi-lhe dedicado o célebre mausoléu de Adriano, agora conhecido com o nome de Castelo de Santo Ângelo. A são Miguel é dedicado o antigo santuário, surgido no século VI, que do monte Galgano, na Púglia, domina o mar Adriático. Nas proximidades desta igreja, a 8 de maio de 663, os longobardos obtiveram vitória no encontro naval com a frota sarracena, e o acontecimento da vitória, atribuída a uma aparição do anjo, deu origem a segunda festa, transferida depois para 29 de setembro.

São Gabriel, “aquele que está diante de Deus” (é seu “cartão de visita”, quando vai anunciar a Maria a sua escolha para Mãe do Redentor), é o anunciador por excelência das revelações divinas. É ele que explica ao profeta Daniel como se dará a plena restauração, da volta do exílio ao advento do Messias. A ele é confiado o encargo de anunciar o nascimento do Precursor, João, filho de Zacarias e de Isabel. A missão mais alta que nunca foi confiada à criatura alguma é ainda sua: anunciar a Encarnação do Filho de Deus. Ele tem prestígio muito especial até mesmo entre os maometanos.

São Rafael, falado em um só livro da Sagrada Escritura, é o companheiro do jovem Tobias, e por isso sua função é tida como guia de todos os que viajam. Foi ele que sugeriu ao seu jovem protegido o remédio para a cura da cegueira do pai, por isso é invocado também como curador (etimologicamente seu nome significa “ Deus curou”). Sua festa a 24 de outubro havia entrado no calendário romano somente a partir de 1921.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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São Venceslau – mártir

O jovem príncipe, nascido na Boêmia em 907, assume o ideal do herói nacional, corajosamente empenhado na promoção cultural e religiosa do povo eslavo. Ao desabamento do reino morávio, os príncipes boêmios, entrando no jogo diplomático das potências líderes, estabeleceram aliança com o poderoso reino franco. Com a adoção dos princípios estabelecidos pelas antigas civilizações, encaminharam o processo europeizante dos Estados do centro da Europa.

Fator desta política de projeção no futuro foi o príncipe e jovem duque da Boêmia, Venceslau. Fora educado cristãmente pela avó Ludmila, venerada como santa. Apenas teve a idade necessária, sucedeu ao pai, após breve regência da mãe Draomira. Mulher briguenta, Draomira queria dar o trono ao segundo filho, Boleslau, e fomentou, de todos os modos, a rivalidade entre ambos, até levar o segundo a manchar-se com o grave delito de fratricídio. Na manhã de 28 de setembro de 935, enquanto Venceslau saía de casa para ir à missa, Boleslau, que o aguardava num lugar solitário com um grupo de cúmplices, foi-lhe ao encalço para feri-lo pelas costas. O jovem rei, que não tinha ainda trinta anos, defendeu-se do golpe e desembainhou sua espada, mas percebendo que o assassino era seu irmão abaixou a arma, dizendo: “Poderia matar-te, mas a mão de um servo de Deus não deve manchar-se com um fratricídio”. Foi trucidado pelos sequazes de Boleslau.

Este exemplar príncipe cristão antepunha os seus deveres religiosos aos de soberano, a ponto de chegar atrasado a uma importante assembleia de Worms convocada pelo imperador Oto porque esteve na missa. Não era raro ver o jovem rei em trajes comuns misturado com os outros fiéis, descalço, durante as procissões penitenciais. Impôs ao seu corpo a dura disciplina do cilício e diá-rias mortificações.

Foi julgado como rei renunciatário por ter procurado aliança com os poderosos francos, que eram vizinhos; mas o próprio irmão Boleslau, que lhe sucedeu após haver mandado matá-lo, teve de retratar-se e seguir aquela política realista. Boleslau entendeu também o erro em que caiu ao se achar superior em relação a seu mano, para com o qual foi crescendo dia a dia a devoção popular, graças aos prodígios que se operavam no seu túmulo de mártir, logo venerado como santo, o primeiro entre os povos eslavos.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Sábado da 25ª semana do Tempo Comum

(verde – ofício do dia)

A salvação do povo sou eu, diz o Senhor: de qualquer tribulação em que clamarem por mim, eu os ouvirei e serei seu Deus para sempre.

Consciente de que tudo é vaidade e passageiro neste mundo, o discípulo de Jesus procura preencher a vida de valores profundos, fazendo disso um louvor ao Criador. Assim, caminhando da cruz à ressurreição, transforma as realidades com a fé que supera as incompreensões e dificuldades e com a esperança de tempos de plena paz.

Primeira Leitura: Eclesiastes 11,9-12,8

Leitura do livro do Eclesiastes – 9Alegra-te, jovem, na tua adolescência, e que o teu coração repouse no bem nos dias da tua juventude; segue as aspirações do teu coração e os desejos dos teus olhos; fica sabendo, porém, que de tudo isso Deus te pedirá contas. 10Tira a tristeza do teu coração e afasta a malícia do teu corpo, pois a adolescência e a juventude são vaidade. 12,1Lembra-te do teu Criador nos dias da juventude, antes que venham os dias da desgraça e cheguem os anos dos quais dirás: “Não sinto prazer neles”; 2antes que se obscureçam o sol, a luz, a lua e as estrelas e voltem as nuvens depois da chuva; 3quando os guardas da casa começarem a tremer, e se curvarem os homens robustos; quando as poucas mulheres cessarem de moer, e ficarem turvas as vistas das que olham pelas janelas, 4e se fecharem as portas que dão para a rua; quando enfraquecer o ruído do moinho, e os homens se levantarem ao canto dos pássaros, e silenciarem as vozes das canções, 5e houver medo das alturas e sobressaltos no caminho, enquanto a amendoeira floresce, o gafanhoto se arrasta e a alcaparra perde o seu gosto, porque o homem se encaminha para a morada eterna e os que choram já rondam pelas ruas; 6antes que se rompa o cordão de prata e se despedace a taça de ouro, a jarra se parta na fonte, a roldana se arrebente no poço; 7antes que volte o pó à terra, de onde veio, e o sopro de vida volte a Deus, que o concedeu. 8Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, tudo é vaidade. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 89(90)

Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.

1. Vós fazeis voltar ao pó todo mortal / quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!” / Pois mil anos para vós são como ontem, / qual vigília de uma noite que passou. – R.

2. Eles passam como o sono da manhã, / são iguais à erva verde pelos campos: / de manhã ela floresce vicejante, / mas à tarde é cortada e logo seca. – R.

3. Ensinai-nos a contar os nossos dias / e dai ao nosso coração sabedoria! / Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? / Tende piedade e compaixão de vossos servos! – R.

4. Saciai-nos de manhã com vosso amor, / e exultaremos de alegria todo o dia! / Que a bondade do Senhor e nosso Deus † repouse sobre nós e nos conduza! / Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho. – R.

Evangelho: Lucas 9,43-45

Aleluia, aleluia, aleluia.

Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; / fez brilhar, pelo Evangelho, a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 43todos estavam admirados com todas as coisas que Jesus fazia. Então Jesus disse a seus discípulos: 44“Prestai bem atenção às palavras que vou dizer: o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens”. 45Mas os discípulos não compreendiam o que Jesus dizia. O sentido lhes ficava escondido, de modo que não podiam entender; e eles tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Era geral a admiração por Jesus e sua obra. Beneficiava o povo com ensinamentos, cura de doenças, perdão dos pecados e reintegração social dos marginalizados. Jesus era um homem de Deus. Como admitir que ele seria capturado e condenado pelas autoridades de Jerusalém, e terminaria pregado numa cruz? Isso não cabia na cabeça dos discípulos. Por isso, Jesus replica o que já anunciara outras vezes: “O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens”. A morte de Jesus na cruz nos introduz na esfera dos planos de Deus, mistério que escapa à nossa compreensão. Após a ressurreição, Jesus dirá aos discípulos de Emaús: “Era preciso que o Messias sofresse tudo isso e entrasse na sua glória” (Lc 24,25-26). O cristão é aquele que segue Cristo, primeiro nos sofrimentos, depois na glória.(Dia a dia com o Evangelho 2024)

FONTE: PAULUS

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São Vicente de Paulo – presbítero

Para a simples enumeração das obras de caridade que fundou o Senhor Vicente (assim era chamado são Vicente de Paulo, nascido em Pouy, Gasconha, a 24 de abril de 1581), seria necessária mais de uma página. Ordenado padre aos 19 anos, antes de se estabelecer em Paris, como capelão da rainha Margarida de Valois, por dois anos foi prisioneiro dos maometanos. Foi libertado pelo seu próprio dono, que ele converteu. Preceptor na família dos Gondi, dedicou pouco tempo aos livros e muitíssimo ao alívio material e espiritual dos “remadores”, isto é, dos homens tirados das prisões e condenados a remar nas galés. É extraordinária a ascensão que teve o antigo guardador de porcos de Pouy (quando menino guardava os porcos) sobre a alta sociedade do seu tempo, do cardeal Richelieu à regente Ana da Áustria, ao próprio rei Luís XIII que no leito de morte o quis a seu lado.

Ao temido Richelieu, o Senhor Vicente ousava gritar diante da miséria do povo: “Senhor, tende piedade de nós, dai-nos a paz”. Mais tarde, durante os dias obscuros da Fronda, quando Paris levantou barricadas e por represália Mazarino tentou fazê-la passar fome, Vicente organizou em são Lázaro uma mesa popular para dar de comer a 2.000 famintos diariamente. Depois montou a cavalo e correu a St. Germain para dizer a Mazarino: “Senhor, vá embora, sacrifique-se pelo bem da França”. Homem prático, firme, dotado de senso de humor, simples como um camponês, mas sobretudo ativo, realista, dizia aos seus sacerdotes (de são Lázaro): “Meus irmãos, amemos a Deus, mas amemo-lo às nossas custas, com a fadiga de nossos braços, com o suor do nosso rosto”.

Como estivesse ciente de que frequentemente os pobres sofrem mais por falta de ordem no levar-lhes socorro, que por falta de pessoas caridosas, obteve da regente o encargo de Ministro da Caridade, e organizou os auxílios aos pobres em escala nacional. Diziam que nas suas mãos passava mais dinheiro que nas do ministro das Finanças. Mas no seu banco da Caridade, os capitais não paravam. Quatro são as instituições que fundou: a confraria das Damas de Caridade, os Servos dos Pobres, a Congregação dos Padres da Missão (lazaristas, aos quais confiou a dupla incumbência de contribuir para a formação dos futuros sacerdotes e de organizar pregações adequadas — as missões — especialmente para o povo da lavoura) e sobretudo as Filhas da Caridade. Morreu em Paris a 27 de setembro de 1660 e foi canonizado em 1737.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Sexta-feira da 25ª semana do Tempo Comum

SÃO VICENTE DE PAULO

PRESBÍTERO E FUNDADOR

(branco, pref. comum, ou dos pastores – ofício da memória)

O Espírito do Senhor repousa sobre mim; ele me consagrou com a unção, enviou-me para levar a boa-nova aos pobres e curar os corações contritos (Lc 4,18).

Vicente nasceu em 1581 na França e lá faleceu em 1660. Ordenado presbítero, dedicou seu ministério aos pobres, crianças abandonadas, vítimas da guerra e todos os necessitados. Fundou a Congregação da Missão – os Lazaristas, que celebrarão no próximo ano o quarto centenário de existência – e as Filhas da Caridade, estas conjuntamente com Santa Luísa de Marillac. Com imensa dedicação, incrementou a formação do clero. Seu exemplo nos motive a canalizar tempo e esforços em favor dos excluídos da sociedade, em atenção ao que nos pede o Cristo, Mestre e Senhor de nossa vida.

Primeira Leitura: Eclesiastes 3,1-11

Leitura do livro do Eclesiastes – 1Tudo tem seu tempo. Há um momento oportuno para tudo que acontece debaixo do céu. 2Tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de colher a planta. 3Tempo de matar e tempo de salvar; tempo de destruir e tempo de construir. 4Tempo de chorar e tempo de rir; tempo de lamentar e tempo de dançar. 5Tempo de atirar pedras e tempo de as amontoar; tempo de abraçar e tempo de se separar. 6Tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de esbanjar. 7Tempo de rasgar e tempo de costurar; tempo de calar e tempo de falar. 8Tempo de amar e tempo de odiar; tempo de guerra e tempo de paz. 9Que proveito tira o trabalhador de seu esforço? 10Observei a tarefa que Deus impôs aos homens, para que nela se ocupassem. 11As coisas que ele fez são todas boas no tempo oportuno. Além disso, ele dispôs que fossem permanentes; no entanto, o homem jamais chega a conhecer o princípio e o fim da ação que Deus realiza. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 143(144)

Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

1. Bendito seja o Senhor, meu rochedo. / Ele é meu amor, meu refúgio, / libertador, fortaleza e abrigo. / É meu escudo: é nele que espero. – R.

2. Que é o homem, Senhor, para vós? † Por que dele cuidais tanto assim / e no filho do homem pensais? / Como o sopro de vento é o homem, / os seus dias são sombra que passa. – R.

Evangelho: Lucas 9,18-22

Aleluia, aleluia, aleluia.

Veio o Filho do Homem, a fim de servir / e dar sua vida em resgate por muitos (Mc 10,45). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Aconteceu que Jesus 18estava rezando num lugar retirado e os discípulos estavam com ele. Então, Jesus perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou?” 19Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”. 20Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. 21Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. 22E acrescentou: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Os contemporâneos de Jesus não têm ideia clara sobre quem ele é. Evocam João Batista, Elias ou algum dos antigos profetas. Os apóstolos, pela voz de Pedro, respondem corretamente. Mas a Pedro falta compreender que tipo de Messias é Jesus. Não o valente guerreiro que viria para expulsar os ocupantes romanos. Não alguém que vai triunfar pela força e poder. Jesus é o Messias que dará sua vida para resgatar da escravidão do pecado a humanidade inteira. Visto que os apóstolos não estavam em condições de entender a verdadeira identidade do Messias, Jesus os proíbe de contar a alguém a revelação feita a Pedro. A partir da ressurreição, as pessoas saberão quem, de fato, é “o Messias de Deus”. Por ora, o Messias encaminha-se para a morte na cruz.(Dia a dia com o Evangelho 2024)

FONTE: PAULUS

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Santo do dia

Santos Cosme e Damião – mártires

Tudo o que se conhece da vida e do martírio dos santos Cosme e Damião é fruto de devota fantasia e de narrações lendárias e floridas. Sofreram o martírio em Ciro (na Síria), mas não conhecemos a época. Provavelmente durante a perseguição de Diocleciano, nos inícios do século IV. A data de 27 de setembro corresponde provavelmente à dedicação da basílica que o papa Félix IV (526-530) mandou construir em honra deles no Foro Romano; e é ainda meta mais de turistas que de devotos, pelo esplêndido mosaico que lhe decora a abside.

A rica e esplêndida família florentina dos Médici, que por muitos anos dirigiu os destinos da operosa cidade, escolheu ambos como padroeiros, por causa do nome. Que se trate de dois irmãos é simples opinião, fundada na lenda muito difundida acerca dos dois mártires a partir do século V. Através dela, ficamos sabendo que os dois irmãos curavam “todas as enfermidades, não só das pessoas, mas também dos animais, fazendo tudo gratuitamente”.

Não pelos seus serviços gratuitos mas pela sua profissão, foram escolhidos patronos dos médicos e dos farmacêuticos. Uma única vez, prossegue a lenda, Damião, contrariando a regra de caridade, aceitou a remuneração de uma mulher por ele curada, de nome Paládia, e isto provocou severa bronca da parte do irmão, que protestou não querer ser sepultado ao lado dele, após a morte. Deve ter havido testemunhas do fato, porque após a decapitação deles, os cristãos pensaram em sepultar seus corpos um pouco longe um do outro. Mas um camelo, assumindo voz humana, bradou em alta voz que unissem os dois irmãos, porque Damião, aceitando o modesto honorário oferecido por Paládia, fizera-o em nome da caridade para não humilhar a senhora.

O prodígio não deve ter maravilhado os presentes, que talvez tenham assistido ao martírio dos dois irmãos: condenados à lapidação, as pedras voltavam contra os perseguidores; foram colocados no paredão para que quatro soldados os atravessassem com setas, mas “os dardos voltavam para trás e feriam a muitos, porém os santos nada sofriam”. Foram obrigados a recorrer à espada para a decapitação, honra reservada só aos cidadãos romanos e somente assim os dois mártires, juntamente com outros três irmãos, puderam prestar seu testemunho a Cristo.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Quinta-feira da 25ª semana do Tempo Comum

(verde – ofício do dia)

A salvação do povo sou eu, diz o Senhor: de qualquer tribulação em que clamarem por mim, eu os ouvirei e serei seu Deus para sempre.

Cheio de si mesmo e apegado às coisas passageiras, o ser humano vive embalado pela “vaidade das vaidades”. Herodes procurava “ver Jesus”, porém sua ganância pelo poder, pelas honras e riquezas, o aprisionava e cegava sua visão. Nesta celebração, disponhamo-nos a libertar nosso coração de tudo o que nos impede de ver o Senhor na Palavra, na Eucaristia, na comunidade e nos acontecimentos do cotidiano.

Primeira Leitura: Eclesiastes 1,2-11

Leitura do livro do Eclesiastes – 2“Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade.” 3Que proveito tira o homem de todo trabalho com o qual se afadiga debaixo do sol? 4Uma geração passa, outra lhe sucede, enquanto a terra permanece sempre a mesma. 5O sol se levanta, o sol se deita, apressando-se para voltar ao seu lugar, donde novamente torna a levantar-se. 6Dirigindo-se para o sul e voltando para o norte, ora para cá, ora para lá, vai soprando o vento, para retomar novamente o seu curso. 7Todos os rios correm para o mar e, contudo, o mar não transborda; voltam ao lugar de onde saíram para tornarem a correr. 8Tudo é penoso, difícil para o homem explicar. A vista não se cansa de ver nem o ouvido se farta de ouvir. 9O que foi, será; o que aconteceu, acontecerá: 10não há nada de novo debaixo do sol. Uma coisa da qual se diz: “Eis aqui algo de novo”, também esta já existiu nos séculos que nos precederam. 11Não há memória do que aconteceu no passado nem também haverá lembrança do que acontecer, entre aqueles que viverão depois. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 89(90)

Ó Senhor, vós fostes sempre um refúgio para nós.

1. Vós fazeis voltar ao pó todo mortal / quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!” / Pois mil anos para vós são como ontem, / qual vigília de uma noite que passou. – R.

2. Eles passam como o sono da manhã, / são iguais à erva verde pelos campos: / de manhã ela floresce vicejante, / mas à tarde é cortada e logo seca. – R.

3. Ensinai-nos a contar os nossos dias / e dai ao nosso coração sabedoria! / Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? / Tende piedade e compaixão de vossos servos! – R.

4. Saciai-nos de manhã com vosso amor, / e exultaremos de alegria todo o dia! / Que a bondade do Senhor e nosso Deus † repouse sobre nós e nos conduza! / Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho. – R.

Evangelho: Lucas 9,7-9

Aleluia, aleluia, aleluia.

Sou o caminho, a verdade e a vida; / ninguém vem ao Pai senão por mim (Jo 14,6). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 7o tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo e ficou perplexo, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. 8Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros, ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. 9Então Herodes disse: “Eu mandei degolar João. Quem é esse homem sobre quem ouço falar essas coisas?” E procurava ver Jesus. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Herodes Antipas era homicida; ele mesmo o comprova: “Mandei degolar João”. Parece não ter paz interior. Está preocupado com a fama de Jesus de Nazaré. Seria Jesus um defensor da verdade e da retidão, como João Batista? “E queria ver Jesus.” Para satisfazer sua curiosidade? Ou mandá-lo calar a boca? Certamente, não era para tornar-se seu fiel discípulo. Mais tarde, nas horas da sua paixão, Jesus é colocado à frente desse Herodes, que quer vê-lo fazer algum milagre. Jesus não lhe dirá sequer uma palavra. Saboreando amarga frustração, o tetrarca dará vazão a sua ira: “Herodes,
com seus soldados, tratou Jesus com desprezo e caçoou dele” (Lc 23,11). A Boa-nova do Reino continua provocando transformação na sociedade ao mexer com as consciências. Qual é a nossa resposta aos apelos do Evangelho?(Dia a dia com o Evangelho 2024)

FONTE: PAULUS