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Evangelho do dia

Segunda-feira da 21ª semana do Tempo Comum

(verde – ofício do dia)

Inclinai, Senhor, vosso ouvido para mim e escutai-me. Salvai vosso servo que confia em vós, meu Deus. Tende compaixão de mim, Senhor, pois clamei por vós o dia inteiro (Sl 85,1ss).

Feliz a comunidade que, como a dos tessalonicenses, progride sempre mais na fé e cresce na caridade! Celebrando esta Eucaristia, renovemos o nosso compromisso de progredirmos no caminho do Reino, honrando, com a nossa vida, o que celebramos sobre este altar.

Primeira Leitura: 2 Tessalonicenses 1,1-5.11-12

Início da segunda carta de São Paulo aos Tessalonicenses – 1Paulo, Silvano e Timóteo à Igreja dos tessalonicenses reunida em Deus nosso Pai e no Senhor Jesus Cristo: 2a vós, graça e paz da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. 3Devemos agradecer sempre por vós, irmãos, com toda justiça, porque progredis sempre mais na fé e porque aumenta a caridade que tendes uns para com os outros. 4Assim, nos gloriamos nas Igrejas de Deus por causa da vossa perseverança e da vossa fé em todas as perseguições e sofrimentos que suportais. 5Estes constituem um sinal do justo juízo de Deus, pois servem para serdes julgados dignos do Reino de Deus, pelo qual também estais sofrendo. 11Que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação. Que ele, por seu poder, realize todo o bem que desejais e torne ativa a vossa fé. 12Assim o nome de nosso Senhor Jesus Cristo será glorificado em vós, e vós nele, em virtude da graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 95(96)

Anunciai as maravilhas do Senhor / entre todas as nações.

1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, † cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! / Cantai e bendizei seu santo nome! – R.

2. Dia após dia anunciai sua salvação, † manifestai a sua glória entre as nações / e, entre os povos do universo, seus prodígios! – R.

3. Pois Deus é grande e muito digno de louvor, / é mais terrível e maior que os outros deuses; / porque um nada são os deuses dos pagãos. / Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus. – R.

Evangelho: Mateus 23,13-22

Aleluia, aleluia, aleluia.

Minhas ovelhas escutam minha voz, / eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus: 13“Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós fechais o Reino dos Céus aos homens. Vós, porém, não entrais nem deixais entrar aqueles que o desejam.[14] 15Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós percorreis o mar e a terra para converter alguém e, quando o conseguis, o tornais merecedor do inferno, duas vezes pior do que vós. 16Ai de vós, guias cegos! Vós dizeis: ‘Se alguém jura pelo templo, não vale; mas, se alguém jura pelo ouro do templo, então vale!’ 17Insensatos e cegos! O que vale mais, o ouro ou o templo, que santifica o ouro? 18Vós dizeis também: ‘Se alguém jura pelo altar, não vale; mas, se alguém jura pela oferta que está sobre o altar, então vale!’ 19Cegos! O que vale mais, a oferta ou o altar, que santifica a oferta? 20Com efeito, quem jura pelo altar, jura por ele e por tudo o que está sobre ele. 21E quem jura pelo templo, jura por ele e por Deus, que habita no templo. 22E quem jura pelo céu, jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está sentado”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Dura reprovação ao comportamento dos doutores da Lei e dos fariseus. Os predicativos aplicados a eles são graves: “hipócritas”, isto é, falsos, incoerentes; “guias cegos”, ou seja, aqueles que “veem sem ver” (cf. Mt 13,13) e ainda se consideram aptos a orientar os outros; “loucos e cegos”, quer dizer, desclassificados para qualquer tipo de liderança. Impedem a entrada de pessoas no Reino de Deus, desencadeando violentas perseguições aos primeiros cristãos. Com exigências sobre pormenores da Lei, acabam confundindo a cabeça do povo simples, desviando-o da autêntica vontade de Deus. Realmente, guias cegos! Indignos de confiança. O “ai de vocês” indica severa condenação ao proceder dos líderes religiosos e advertência às comunidades cristãs atuais.(Dia a dia com o Evangelho 2024)

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

21° Domingo do Tempo Comum

(verde, glória, creio – 1ª semana do saltério)

Inclinai, Senhor, vosso ouvido para mim e escutai-me. Salvai vosso servo que confia em vós, meu Deus. Tende compaixão de mim, Senhor, pois clamei por vós o dia inteiro (Sl 85,1s).

Estamos reunidos para nos nutrirmos da Palavra e do Pão que o próprio Jesus nos oferece e que são, para nós, alimentos de vida eterna. Na condição de membros do corpo de Cristo e Igreja amada por ele, somos convidados a renovar nossa fé em sua pessoa, dispondo-nos a servi-lo na liturgia e na vida. Rezemos hoje pelos vocacionados aos serviços na comunidade, especialmente pelos catequistas.

Primeira Leitura: Josué 24,1-2.15-18

A Palavra de Deus é espírito e vida. Ela nos aponta o caminho a seguir no serviço ao Senhor e à comunidade, animando-nos ao cuidado e ao amor mútuos.

Leitura do livro de Josué – Naqueles dias, 1Josué reuniu em Siquém todas as tribos de Israel e convocou os anciãos, os chefes, os juízes e os magistrados, que se apresentaram diante de Deus. 2Então Josué falou a todo o povo: 15“Se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se aos deuses a quem vossos pais serviram na Mesopotâmia ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Quanto a mim e à minha família, nós serviremos ao Senhor”. 16E o povo respondeu, dizendo: “Longe de nós abandonarmos o Senhor para servir a deuses estranhos. 17Porque o Senhor, nosso Deus, ele mesmo é quem nos tirou, a nós e a nossos pais, da terra do Egito, da casa da escravidão. Foi ele quem realizou esses grandes prodígios diante de nossos olhos e nos guardou por todos os caminhos por onde peregrinamos e no meio de todos os povos pelos quais passamos. 18Portanto, nós também serviremos ao Senhor, porque ele é o nosso Deus”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 33(34)

Provai e vede quão suave é o Senhor!

1. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, / seu louvor estará sempre em minha boca. / Minha alma se gloria no Senhor; / que ouçam os humildes e se alegrem! – R.

2. O Senhor pousa seus olhos sobre os justos, / e seu ouvido está atento ao seu chamado; / mas ele volta a sua face contra os maus, / para da terra apagar sua lembrança. – R.

3. Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta / e de todas as angústias os liberta. / Do coração atribulado ele está perto / e conforta os de espírito abatido. – R.

4. Muitos males se abatem sobre os justos, / mas o Senhor de todos eles os liberta. / Mesmo os seus ossos ele os guarda e os protege, / e nenhum deles haverá de se quebrar. – R.

5. A malícia do iníquo leva à morte, / e quem odeia o justo é castigado. / Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos, / e castigado não será quem nele espera. – R.

Segunda Leitura: Efésios 5,21-32

Leitura da carta de São Paulo aos Efésios – Irmãos, 21vós que temeis a Cristo, sede solícitos uns para com os outros. 22As mulheres sejam submissas aos seus maridos como ao Senhor. 23Pois o marido é a cabeça da mulher, do mesmo modo que Cristo é a cabeça da Igreja, ele, o Salvador do seu corpo. 24Mas como a Igreja é solícita por Cristo, sejam as mulheres solícitas em tudo pelos seus maridos. 25Maridos, amai as vossas mulheres, como o Cristo amou a Igreja e se entregou por ela. 26Ele quis assim torná-la santa, purificando-a com o banho da água unida à Palavra. 27Ele quis apresentá-la a si mesmo esplêndida, sem mancha nem ruga, nem defeito algum, mas santa e irrepreensível. 28Assim é que o marido deve amar a sua mulher, como ao seu próprio corpo. Aquele que ama a sua mulher ama-se a si mesmo. 29Ninguém jamais odiou a sua própria carne. Ao contrário, alimenta-a e cerca-a de cuidados, como o Cristo faz com a sua Igreja; 30e nós somos membros do seu corpo! 31Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne. 32Este mistério é grande, e eu o interpreto em relação a Cristo e à Igreja. – Palavra do Senhor.

Evangelho: João 6,60-69

Aleluia, aleluia, aleluia.

Ó Senhor, vossas palavras são espírito e vida; / as palavras que dizeis, bem que são de eterna vida (Jo 6,63.68). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 60muitos dos discípulos de Jesus que o escutaram, disseram: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” 61Sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, Jesus perguntou: “Isto vos escandaliza? 62E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes? 63O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida. 64Mas entre vós há alguns que não creem”. Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo. 65E acrescentou: “É por isso que vos disse: ninguém pode vir a mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”. 66A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele. 67Então, Jesus disse aos doze: “Vós também vos quereis ir embora?” 68Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. 69Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o santo de Deus”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

O discurso de Jesus sobre o pão da vida gera uma crise entre seus discípulos: “Quem pode continuar ouvindo isso?”. Jesus se empenha para esclarecer quem de fato ele é. Se os discípulos ficam escandalizados com a ideia de carne e sangue como alimento (espiritual), como reagirão ao contemplarem Jesus ressuscitado e glorificado? Volta Jesus ao tema: a carne, como matéria orgânica, para nada serve, se não receber vida do Espírito. Só quem aceita o dom do Pai pode entrar na esfera do Espírito e ir a Jesus, isto é, crer. Muitos discípulos desistem de seguir a Jesus. Simão Pedro, porém, em nome dos apóstolos, renova sua profissão de fé: “Nós acreditamos e sabemos que tu és o Santo de Deus”. Entretanto, Pedro não será fiel a essa confissão de fé e de amor: negará o Senhor.(Dia a dia com o Evangelho 2024)

FONTE: PAULUS

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Santo do dia

São José Calasanz, presbítero

Nasceu em Peralta de la Sal, diocese de Urgel, em Aragão, no ano 1557. Ordenado sacerdote aos 28 anos, manifestou logo grande inclinação para a vida eremítica. Os seus superiores, para curá-lo, lançaram-no no meio do povo, nomeando-o vigário-geral da diocese. E como a cura não parecesse eficaz, mandaram-no a Roma na qualidade de teólogo em companhia do cardeal Marco Antônio Colonna. Porém, mais que aos cuidados do cardeal, que sabia cuidar por si mesmo da sua própria cultura, dedicou-se com espírito de apóstolo à instrução dos meninos do Trastevere, na paróquia de santa Doroteia, onde era vigário cooperador.

Naquele tempo não existiam problemas escolares na mesa do prefeito de Roma, pela simples razão de que as escolas eram negócio privado. Quem tinha dinheiro suficiente pagava o professor para dar aulas em casa, ou mandava os filhos aos célebres studi (universidades), ou às escolas comunais, instituídas pelos municípios livres, em muitas cidades do norte. Estas últimas faltavam em Roma e nisso pensou José Calasanz. Feita com as poucas economias de que dispunha a primeira escola gratuita aberta aos filhos dos pobres, viu-se encorajado a fazer mais pela afluência de tantos voluntários, que se ofereceram para lecionar gratuitamente aos meninos. Fundou assim a Congregação dos Clérigos Regulares das Pias Escolas, vinculados não só pelos votos de pobreza, castidade e obediência, mas também por quarto voto, que os compromete com a instrução dos jovens.

Esta esperada e benéfica instituição teve imediatamente a notoriedade que bem merecia: a Congregação se espalhou em todos os países europeus, trazendo no entanto mais dores que alegrias ao santo fundador. As provas, às quais Deus submete os seus santos, para separar a boa semente da do joio, não demoraram a afligir José: acusado de incapacidade pelos seus próprios filhos, após a imposição de um visitador desonesto o santo foi destituído do seu cargo e a Congregação desceu ao nível de uma simples confraria, quer dizer, praticamente ficou suprimida. Com admirável paciência e serenidade, José Calasanz arregaçou as mangas e com a obstinação dos pioneiros reergueu o edifício que havia desabado. A Congregação ressurgiu das cinzas, mas com os mesmos programas sociais: de cultivar as jovens inteligências dos meninos de periferia. José morreu na bela idade de noventa anos, a 25 de agosto de 1648 e foi canonizado em 1757.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Sábado da 20ª semana do Tempo Comum

SÃO BARTOLOMEU, APÓSTOLO

(vermelho, glória, pref. dos apóstolos – ofício da festa)

Proclamai todos os dias a salvação de Deus, anunciai entre as nações a glória do Senhor (Sl 95,2s).

Bartolomeu, também chamado Natanael, foi reconhecido por Jesus como “verdadeiro israelita, sem falsidade”, quando foi apresentado a ele por Filipe. Passou da dúvida – “de Nazaré pode sair coisa boa?” – para uma fé explícita: “Mestre, tu és o Filho de Deus”. Um dos primeiros discípulos de Jesus, ele nos inspira a percorrer o caminho cristão, superando nossas incertezas para anunciar com fervor as maravilhas do Evangelho.

Primeira Leitura: Apocalipse 21,9-14

Leitura do Apocalipse de São João – 9Um anjo falou comigo e disse: “Vem! Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro”. 10Então me levou em espírito a uma montanha grande e alta. Mostrou-me a cidade santa, Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, 11brilhando com a glória de Deus. Seu brilho era como o de uma pedra preciosíssima, como o brilho de jaspe cristalino. 12Estava cercada por uma muralha maciça e alta, com doze portas. Sobre as portas estavam doze anjos, e nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel. 13Havia três portas do lado do oriente, três portas do lado norte, três portas do lado sul e três portas do lado do ocidente. 14A muralha da cidade tinha doze alicerces, e sobre eles estavam escritos os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 144(145)

Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso!

1. Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, / e os vossos santos com louvores vos bendigam! / Narrem a glória e o esplendor do vosso reino / e saibam proclamar vosso poder! – R.

2. Para espalhar vossos prodígios entre os homens / e o fulgor de vosso reino esplendoroso. / O vosso reino é um reino para sempre, / vosso poder, de geração em geração. – R.

3. É justo o Senhor em seus caminhos, / é santo em toda obra que ele faz. / Ele está perto da pessoa que o invoca, / de todo aquele que o invoca lealmente. – R.

Evangelho: João 1,45-51

Aleluia, aleluia, aleluia.

Mestre, tu és o Filho de Deus, / és Rei de Israel! (Jo 1,49) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – 45Filipe encontrou-se com Natanael e lhe disse: “Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na Lei e também os profetas: Jesus de Nazaré, o filho de José”. 46Natanael disse: “De Nazaré pode sair coisa boa?” Filipe respondeu: “Vem ver!” 47Jesus viu Natanael, que vinha para ele, e comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade”. 48Natanael perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi”. 49Natanael respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel”. 50Jesus disse: “Tu crês porque te disse: Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores que esta verás!” 51E Jesus continuou: “Em verdade, em verdade, eu vos digo, vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Identificado com Natanael, São Bartolomeu é mencionado nas quatro listas dos apóstolos (cf. Mt 10,1-4; Mc 3,13-19; Lc 6,12-16; At 1,13). Conheceu Jesus pelo testemunho de seu amigo e conterrâneo Filipe, ambos de Betsaida: “Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na Lei, e também os profetas: é Jesus, o filho de José. Ele vem de Nazaré” (v. 45). Foi a respeito dele que Jesus teceu sincero elogio: “Eis aí um israelita verdadeiro, em quem não existe falsidade” (v. 47). Ao notar o conhecimento profundo que Jesus tinha a seu respeito, Natanael fez sua declaração de fé no Messias: “Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel” (v. 49). A história nada registra de certo sobre sua vida. Segundo algumas tradições armênias, nessa região, Bartolomeu teria sofrido o martírio, após longo trabalho de evangelização.(Dia a dia com o Evangelho 2024)

FONTE: PAULUS

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Santo do dia

São Bartolomeu, apóstolo

Nas quatro enumerações dos apóstolos, é apresentado com o nome de Bartolomeu. Bar Tholmai, filho de Tholmai (em hebraico Tholmai quer dizer arado ou agricultor). São João não traz o nome de Bartolomeu, mas o de Natanael, por isso os estudiosos concordam em identificar Bartolomeu com Natanael. Foi o apóstolo Filipe quem lhe apresentou Cristo: “Encontramos aquele de quem escreveram Moisés, na Lei, e os profetas: Jesus de Nazaré”. “De Nazaré? — replica Natanael — pode vir algo de bom de Nazaré?”. Natanael era de Caná, que dista 14 quilômetros de Nazaré e é proverbial o menosprezo que existe entre povoados vizinhos.

O Mestre, porém, ofereceu logo uma ponte entre ele e o jovem de Caná: “Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento”. Ao ouvir esse elogio, Natanael manifestou a sua surpresa: “De onde me conheces? Jesus lhe respondeu: ‘Antes que Filipe te chamasse, eu te vi, quando estavas sob a figueira.’ ” O que se passou debaixo da figueira ficará segredo entre o límpido apóstolo e o Messias. Após aquele breve colóquio, Bartolomeu (Natanael) manifestou sua incondicionada adesão a Cristo: “Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel!”. E Jesus: “Crês só porque te disse: eu te vi debaixo da figueira? Verás coisas maiores que estas”. Natanael-Bartolomeu viu de fato os prodígios operados pelo Mestre, ouviu a sua mensagem, assistiu a sua paixão e glorificação, depois se tornou arauto da Boa Nova, aceitando com o mesmo entusiasmo as consequências de testemunho comprometido.

De suas atividades apostólicas não temos notícias certas. As lições do breviário romano apresentam informações de antiga tradição armênia: “O apóstolo Bartolomeu, que era da Galileia, foi para a Índia. Pregou àquele povo a verdade do Senhor Jesus segundo o evangelho de são Mateus. Depois que naquela região converteu muitos a Cristo, sustentando não poucas fadigas e superando muitas dificuldades, passou para a Armênia maior… onde levou à fé cristã o rei Polímio e sua esposa e a mais de doze cidades. Essas conversões, no entanto, provocaram enorme inveja dos sacerdotes locais, que por meio do irmão do rei Polímio, conseguiram a ordem de tirar a pele de Bartolomeu e depois decapitá-lo”.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Sexta-feira da 20ª semana do Tempo Comum

SANTA ROSA DE LIMA

PADROEIRA DA AMÉRICA LATINA

(branco, glória, pref. das virgens – ofício da festa)

Alegremo-nos todos no Senhor, celebrando este dia festivo em honra da virgem Santa Rosa de Lima. Os anjos se alegram conosco e dão glória ao Filho de Deus.

Isabel – apelidada Rosa por sua beleza – nasceu no Peru em 1586 e lá faleceu em 1617. Pertenceu à Ordem Terceira Dominicana. Extremamente caridosa, principalmente para com os índios e os negros, era modelo de vida penitente e de oração contínua. É a primeira santa do continente americano e padroeira da América Latina. Seu admirável testemunho nos motive a levar uma vida de profundo amor a Deus e generoso serviço ao próximo.

Primeira Leitura: 2 Coríntios 10,17-11,2

Leitura da segunda carta de São Paulo aos Corín­tios – Irmãos, 17quem se gloria, glorie-se no Senhor. 18Pois é aprovado só aquele que o Senhor recomenda, e não aquele que se recomenda a si mesmo. 11,1Oxalá pudésseis suportar um pouco de insensatez da minha parte. Na verdade, vós me suportais. 2Sinto por vós um amor ciumento, semelhante ao amor que Deus vos tem. Fui eu que vos desposei a um único esposo, apresentando-vos a Cristo como virgem pura. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 148

Vós, jovens, vós, moças e rapazes, / louvai todos o nome do Senhor!

1. Louvai o Senhor Deus nos altos céus, / louvai-o no excelso firmamento! / Louvai-o, anjos seus, todos louvai-o, / louvai-o, legiões celestiais! – R.

2. Reis da terra, povos todos, bendizei-o, / e vós, príncipes e todos os juízes; / e vós, jovens, e vós, moças e rapazes, † anciãos e criancinhas, bendizei-o! / Louvem o nome do Senhor, louvem-no todos. – R.

3. A majestade e esplendor de sua glória / ultrapassam em grandeza o céu e a terra. / Ele exaltou seu povo eleito em poderio, / ele é o motivo de louvor para os seus santos. / É um hino para os filhos de Israel, / este povo que ele ama e lhe pertence. – R.

Evangelho: Mateus 13,44-46

Aleluia, aleluia, aleluia.

Ficai em meu amor, assim fala o Senhor; / quem em mim permanece e no qual permaneço, esse dá muito fruto! (Jo 15,9.5) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44“O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo. 45O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. 46Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Isabel Flores é o nome da filha de imigrantes espanhóis que se estabeleceram em Lima, no Peru. Nasceu em 1586. Por sua formosura, desde pequena era chamada “Rosa”. Todos adivinhavam que ela cresceria em beleza e graça. Com efeito, ainda criança, sentiu o chamado de Deus para uma vida totalmente consagrada a ele. Ingressou na Ordem Terceira Dominicana. Dedicou-se intensamente ao cuidado dos “pobres índios”. Levou uma vida de muita penitência e profunda piedade eucarística e mariana. Manteve constante serenidade em meio às provações dolorosas que acompanharam sua trajetória. Favorecida com extraordinários dons místicos, morreu em Lima, aos 31 anos de idade. Canonizada em 1671, foi a primeira santa elevada às honras do altar no continente sul-americano e depois proclamada padroeira da América Latina.(Dia a dia com o Evangelho 2024)

FONTE: PAULUS

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Santa Rosa de Lima, virgem

Isabel Flores y de Oliva, a primeira santa do Novo Mundo, nasceu em Lima em 1586, de pais espanhóis, que se mudaram para a rica colônia do Peru. O nome Rosa foi um apelido posto pela empregada índia, Mariana. A mulher, maravilhada pela extraordinária beleza da menina, exclamou admirada: “Você é bonita como uma rosa!”, e desde aquele instante começou a chamá-la Rosa e não Isabel. Mais tarde quando Isabel entrou na Ordem Terceira dominicana, quis se chamar Rosa de Santa Maria, e com esse nome fez também seu ingresso no rol dos santos. Santa Rosa de Lima, a mais bela flor do Peru, canonizada em 1671, é venerada não só como padroeira da sua pátria, mas de toda a América Latina e das Ilhas Filipinas.

O que mais se admira nas vicissitudes humanas desta santa, morta aos trinta e um anos, é um inconcebível desejo de sofrimento. Um exame superficial da sua singular personalidade poderia fazer pensar que se trataria de desejo masoquista. Mas esse mundo, aparentemente infeliz, encerra em si, como garrafa cheia de bom vinho frisante, o segredo da autêntica alegria.

No Peru não havia conventos e Isabel Flores impôs a si mesma uma regra de vida austera, segundo o seu modo de ver. Ela dizia a quem a confortava durante a doença: “Se os homens soubessem o que é viver em graça, não se assustariam com nenhum sofrimento e padeceriam de bom grado qualquer pena porque a graça é o fruto da paciência”. Depois, não conseguindo explicar seus sentimentos, acrescentava: “Posso explicar só com o silêncio. O prazer e a felicidade que o mundo pode me oferecer são simplesmente sombra em comparação ao que sinto”. Mas admitia: “Eu não acreditava que uma criatura pudesse ser acometida de tão grandes sofrimentos. Meu Deus, podes aumentar os sofrimentos, contanto que aumentes meu amor por ti”.

Levada à miséria com a sua família, ganhou a vida com o duro trabalho da lavoura e costura, até alta noite. Aos vinte anos rejeitando um bom casamento, pediu e obteve a licença de emitir os votos reli-giosos em casa, como terciária dominicana. Construiu para si uma pequena cela no fundo do quintal. A cama era um saco de estopa. Cingiu a cintura com cilício doloroso, massacrando seu corpo com duras penitências. Como ficasse sozinha doente, foi acolhida pelo casal Maza, em 1614. Sabia que lhe restava pouco tempo de vida, ou melhor: conhecia o dia de sua morte. Todo ano, na festa de são Bartolo-meu, passava o dia inteiro em oração: “Este é o dia das minhas núpcias eternas”, dizia. De fato morreu no dia 24 de agosto de 1617.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Quinta-feira da 20ª semana do Tempo Comum

BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA RAINHA

(branco, pref. de Maria – ofício da memória)

A rainha está à vossa direita com suas vestes de ouro, ornada de esplendor (Sl 44,10).

O calendário romano aproximou a celebração litúrgica desta memória à solenidade da Assunção, a fim de tornar mais evidente a ligação entre a dignidade régia da Mãe de Deus e sua assunção ao céu. Somos hoje convidados a ser dóceis servidores da Mãe e Rainha, aprendendo com ela a sempre dizer sim aos planos divinos para nossa vida.

Primeira Leitura: Isaías 9,1-6

Leitura do livro do profeta Isaías – 1O povo que andava na escuridão viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu. 2Fizeste crescer a alegria e aumentaste a felicidade; todos se regozijam em tua presença como alegres ceifeiros na colheita ou como exaltados guerreiros ao dividirem os despojos. 3Pois o jugo que oprimia o povo – a carga sobre os ombros, o orgulho dos fiscais -, tu os abateste como na jornada de Madiã. 4Botas de tropa de assalto, trajes manchados de sangue, tudo será queimado e devorado pelas chamas. 5Porque nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; ele traz aos ombros a marca da realeza; o nome que lhe foi dado é: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai dos tempos futuros, Príncipe da paz. 6Grande será o seu reino, e a paz não há de ter fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reinado, que ele irá consolidar e confirmar, em justiça e santidade, a partir de agora e para todo o sempre. O amor zeloso do Senhor dos exércitos há de realizar essas coisas. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 112(113)

Bendito seja o nome do Senhor, / agora e por toda a eternidade!

1. Louvai, louvai, ó servos do Senhor, / louvai, louvai o nome do Senhor! / Bendito seja o nome do Senhor, / agora e por toda a eternidade. – R.

2. Do nascer do sol até o seu ocaso, / louvado seja o nome do Senhor! / O Senhor está acima das nações, / sua glória vai além dos altos céus. – R.

3. Quem pode comparar-se ao nosso Deus, † ao Senhor, que no alto céu tem o seu trono / e se inclina para olhar o céu e a terra? – R.

4. Levanta da poeira o indigente / e do lixo ele retira o pobrezinho, / para fazê-lo assentar-se com os nobres, / assentar-se com os nobres do seu povo. – R.

Evangelho: Lucas 1,26-38

Aleluia, aleluia, aleluia.

Maria, alegra-te, ó cheia de graça, o Senhor é contigo; / és bendita entre todas as mulheres da terra! (Lc 1,28) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 26o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi, e o nome da virgem era Maria. 28O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” 29Maria ficou perturbada com essas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”. 34Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso se eu não conheço homem algum?” 35O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque para Deus nada é impossível”. 38Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Introduzida por Pio XII, na conclusão do Ano Mariano de 1954, esta festa é celebrada oito dias após a Assunção de Maria ao céu. Maria é Rainha porque é Mãe de Cristo, o Rei. É Rainha porque supera todas as criaturas em santidade: “Ela encerra toda a bondade das criaturas”, escreve Dante, na Divina comédia. Desde o começo da Igreja, os fiéis não cessam de homenagear Maria como Rainha. Os inúmeros mosaicos e pinturas representando Maria Rainha o comprovam. Vem da Idade Média a oração Salve-Rainha, em que Maria é considerada a Senhora a quem amar e servir dignamente, e a Mãe de quem obter proteção segura. A exaltação da “serva do Senhor”, ao lado do “Rei dos reis e Senhor dos senhores”, é mistério da graça divina e de perfeita correspondência a ela, vivido por Maria na disponibilidade ao serviço de Deus e da humanidade.(Dia a dia com o Evangelho 2024)

FONTE: PAULUS

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Nossa Senhora Rainha

A festividade de hoje, paralela à de Cristo Rei, foi instituída por Pio XII em 1955. Era celebrada, até a recente reforma do calendário litúrgico, a 31 de maio, como coroação da singular devoção mariana do mês a ela dedicado. Para o dia 22 de agosto estava reservada a comemoração do Imaculado Coração de Maria, em cujo lugar entrou a festa de Maria Rainha para aproximar a realeza da Virgem à sua gloriosa Assunção ao céu. Este lugar de singularidade e de proeminência, ao lado de Cristo Rei, deriva-lhe dos vários títulos, ilustrados por Pio XII na carta encíclica À Rainha do Céu (11 de outubro de 1954): Mãe da Cabeça e dos membros do Corpo místico, augusta soberana e rainha da Igreja, que a torna participante não só da dignidade real de Jesus, mas também do seu influxo vital e santificador sobre os membros do Corpo místico.

O latim regina, como rex, deriva de regere, isto é reger, governar, dominar. Do ponto de vista humano é difícil atribuir a Maria a função de dominadora, ela que se proclamou a serva do Senhor e passou toda a sua vida no mais humilde escondimento. Lucas, nos Atos dos Apóstolos, coloca Maria no meio dos Onze, após a Ascensão, recolhida com eles em oração; mas não é ela que dá ordens, e sim Pedro. E todavia precisamente naquela circunstância ela constitui o vínculo que mantém unidos ao Ressuscitado aqueles homens ainda não robustecidos pelos dons do Espírito Santo. Maria é rainha porque é Mãe de Cristo, o Rei. É rainha porque excede todas as criaturas em santidade: “Ela encerra toda a bondade das criaturas”, diz Dante na Divina Comédia.

Todos os cristãos veem e veneram nela a superabundante generosidade do amor divino, que a cumulou de todos os bens. Mas ela distribui real e maternalmente tudo o que recebeu do Rei, protege com o seu poder os filhos adquiridos em virtude da sua corredenção, e os alegra com os seus dons, pois o rei determinou que toda graça passe por suas mãos de rainha. Por isso, a Igreja convida os fiéis a invocá-la não só com o doce nome de mãe, mas também com o reverente de rainha, como no céu a saúdam com felicidade e amor os anjos, os patriarcas, os profetas, os apóstolos, os mártires, os confessores, as virgens. Maria foi coroada com o duplo diadema de virgindade e de maternidade divina: “O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus”.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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São Pio X, papa

Gostava de autodefinir-se como “um pobre vigário da roça”. Quando alguém o chamava padre santo ele corrigia: “Não santo, mas Sarto” (Sarto é seu sobrenome). O papa Sarto nasceu a 2 de junho de 1835 em Riese, no Treviso. Foi batizado no dia seguinte com o nome de José Melquior. O pai, empregado da prefeitura, morreu deixando a mulher Margarida Sanson com dez filhinhos para criar. Zezinho, o segundo filho, bem que desejou interromper os estudos do seminário para dar uma mão à família. Mas a corajosa mãe o exortou a prosseguir no caminho empreendido. Ordenado sacerdote aos 23 anos, por nove anos foi capelão em Tômbolo; por outros nove, pároco em Salzano; por outros nove cônego e diretor espiritual em Treviso; nove anos bispo de Mântua e outros nove anos cardeal-patriarca de Veneza; e foi papa durante onze anos (de 1903 a 1914). Morreu a 20 de agosto de 1914, desgostoso pela guerra que já sacudia a Europa. Desde os tempos da Idade Média não se sentava na cátedra de Pedro humilde filho de camponês.

Seu pontificado foi excepcionalmente fecundo pela organização interna da Igreja. Pouco inclinado às finezas diplomáticas, não cuidou das relações da Igreja com o poder político. Suas atitudes intransigentes criaram atritos com a Rússia, com os Estados Unidos (recusou até a visita de Theodore Roosevelt), com a Alemanha, Portugal e França, da qual repudiou a lei da separação entre Igreja e Estado. O papa da amabilidade se mostrou particularmente hostil a toda abertura que pudesse parecer aceitação do difundido modernismo também no meio do clero.

Sua divisa “Restaurar tudo em Cristo” traduziu-se em atenção vigilante para com a vida interna da Igreja: promoveu a renovação litúrgica, derrubou as barreiras seculares que separavam a Cúria romana da prática pastoral, codificou o direito canônico, favoreceu a instrução religiosa das crianças com o catecismo permitindo-lhes fazer a comunhão em tenra idade. Dotado de equilíbrio e discrição, de prudência e força, não obstante tivesse concepção centralista da Igreja em seu governo, outra coisa não queria senão ser o servo de todos e a sua disponibilidade foi na verdade fato novo nos palácios vaticanos. O papa veneziano, sorridente e perspicaz, trocava uma palavra com todos sem observar as regras protocolares. Pobre entre os pobres, para ir ao conclave, que o elegeu papa, teve de tomar dinheiro emprestado para a passagem de trem, que comprou de ida e volta, convencido de que o Espírito Santo não cometeria o erro de sugerir ao sacro colégio que fosse ele o escolhido.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS