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Santo do dia

Santo Inácio de Loyola, presbítero

A hagiografia dos séculos passados tem frequentemente deformado o retrato de Iñigo Lopez de Loyola (santo Inácio de Loyola, nascido em Azpzitia em 1491, morto em Roma a 31 de julho de 1556), para adaptá-lo segundo as circunstâncias à imagem militar odiada ou amada pelo fundador da Companhia de Jesus. Último rebento de família nobre, aos 14 anos já recebera a tonsura, mas não se sentia inclinado à carreira eclesiástica. Preferiu a espada do cavaleiro. Durante a defesa do castelo de Pamplona, sitiado por Francisco I da França, quebrou uma perna. Para lhe cortar a carreira militar foi suficiente a leitura abúlica de alguns livros amarelecidos, que a cunhada lhe trouxe para passar o tempo da convalescência.

A Vida de Jesus e A lenda áurea determinaram a escolha mais importante de sua vida. Temperado na vida militar e depois nas privações de penitente e de peregrino (no primeiro momento, deixou crescer a barba e os cabelos, pensara em isolar-se num recanto deserto, na Tebaida), generoso e imprudente também nas fadigas, confessará candidamente: “Eu não sabia o que era o amor, a humildade, a paciência ou a discrição”. O que significa que mais tarde aprendeu a ser discreto, paciente, humilde e afetuoso. Quando percebeu que havia exagerado nas privações, confessou sorrindo ter aprendido errando.

Abandonou os trapos de peregrino e de mendigo. Quando voltou da Terra Santa completou os estudos, primeiro em Barcelona, depois em Alcalá e em seguida em Paris, suscitando em toda parte simpatia e confiança. Na Espanha foi até suspeito de heresia e preso. “Não existem tantos cepos e cadeias em Salamanca — escreveu — que eu não deseje mais por amor de Deus”. Em Paris conseguiu o título de Professor de filosofia.

Trocou o nome de Iñigo por Inácio, e reuniu junto a si o primeiro núcleo da Companhia de Jesus, um grupo cada vez maior chamado Soldados de Cristo, que lutavam e se sacrificavam sob a insígnia da divisa: Para a maior glória de Deus. O Vademecum (livro que carregamos sempre) destes soldados é um livrinho de leitura nada atraente: Os Exercícios Espirituais, escrito, ou melhor, vivido por santo Inácio na solidão de Manresa. Aqui está o segredo de santo Inácio, o segredo de sua dedicação, da sua mística, do serviço pela alegria de amar a Deus — como frequentemente repetia, misturando espanhol com italiano: “con toto el core, con tota l’anima, com tota la voluntad” (= com todo o coração, com toda a alma, com toda a vontade).

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Quarta-feira da 17ª semana do Tempo Comum

SANTO INÁCIO DE LOYOLA

PRESBÍTERO E FUNDADOR

(branco, pref. comum ou dos pastores – ofício da memória)

Ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua proclame: Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai (Fl 2,10s).

Inácio nasceu na Espanha em 1491 e faleceu em Roma em 1556. Influenciado pela leitura da vida de Cristo, deixou a carreira militar e se tornou padre. Fundou a Companhia de Jesus – os Jesuítas. Escreveu os Exercícios espirituais, obra que se tornou um clássico da espiritualidade para todos os tempos. Muito se empenhou pela catequese e pelas missões. Seu lema era: “Tudo para a maior glória de Deus”. A celebração de sua memória nos impulsione a trabalhar pela expansão do Reino, o tesouro maior que nos preenche de alegria.

Primeira Leitura: Jeremias 15,10.16-21

Leitura do livro do profeta Jeremias – 10“Ai de mim, minha mãe, que me geraste um homem de controvérsia, um homem em discórdia com toda a gente! Não emprestei com usura nem ninguém me emprestou, e contudo todos me amaldiçoam. 16Quando encontrei tuas palavras, alimentei-me, elas se tornaram para mim uma delícia e a alegria do coração, o modo como invocar teu nome sobre mim, Senhor Deus dos exércitos. 17Não costumo frequentar a roda dos folgazões e gabo-me disso; fiquei a sós, sob o influxo de tua presença e cheio de indignação. 18Por que se tornou eterna minha dor, por que não sara minha chaga maligna? Para mim te tornaste como miragem de um regato, como visão de águas ilusórias”. 19Ainda assim, isto diz-me o Senhor: “Se te converteres, converterei teu coração, para te sustentares em minha presença; se souberes separar o precioso do vil, falarás por minha boca; os outros voltarão para ti, e tu não voltarás para eles. 20Em favor deste povo, farei de ti uma muralha de bronze fortificada; combaterão contra ti, mas não prevalecerão, porque eu estou contigo para te salvar e te defender, diz o Senhor. 21Eu te libertarei das mãos dos perversos e te salvarei dos prepotentes”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 58(59)

Sois meu refúgio no dia da aflição.

1. Libertai-me do inimigo, ó meu Deus, / e protegei-me contra os meus perseguidores! / Libertai-me dos obreiros da maldade, / defendei-me desses homens sanguinários! – R.

2. Eis que ficam espreitando a minha vida, † poderosos armam tramas contra mim. / Mas eu, Senhor, não cometi pecado ou crime. – R.

3. Minha força, é a vós que me dirijo, † porque sois o meu refúgio e proteção, / Deus clemente e compassivo, meu amor! / Deus virá com seu amor ao meu encontro, / e hei de ver meus inimigos humilhados. – R.

4. Eu, então, hei de cantar vosso poder / e de manhã celebrarei vossa bondade, / porque fostes para mim o meu abrigo, / o meu refúgio no dia da aflição. – R.

5. Minha força, cantarei vossos louvores, † porque sois o meu refúgio e proteção, / Deus clemente e compassivo, meu amor! – R.

Evangelho: Mateus 13,44-46

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu vos chamo meus amigos, / pois vos dei a conhecer o que o Pai me revelou (Jo 15,15). –  R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44“O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo. 45O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. 46Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Ao descobrir a riqueza do Reino dos Céus, a pessoa se alegra e, rapidamente, investe sua vida nessa nova “aventura”, guiada pelo Espírito Santo. As demais coisas, como os bens terrenos, caem para um plano inferior. Em que consiste, de fato, o Reino de Deus? São Paulo, na carta aos Romanos, esclarece: “O Reino de Deus não é comida nem bebida, e sim justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14,17). A partir das parábolas de Jesus, pode-se dizer que tesouro e pérola preciosa são o Reino, a Palavra de Deus, o próprio Cristo, que precisamos descobrir dia após dia. Ele é o centro de nossas buscas, a razão de nossa existência. Entregar tudo, alegremente, por causa dele é ganho: “Considero tudo como perda diante do bem superior, que é o conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor” (Fl 3,8).(Dia a dia com o Evangelho 2024)

FONTE: PAULUS

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Santo do dia

São Pedro Crisólogo, bispo e doutor da Igreja

Se, por um lado, uma tenaz proliferação de heresia, nos séculos IV e V, tardou a evangelização do mundo pagão, por outro lado, suscitou grandes figuras de pastores, teólogos, escritores e pregadores, que com sua inteligência souberam tornar mais consciente e vívida a fé entre os cristãos. A catequese sistemática, a homilia e o sermão ofereciam exposição clara e sólida da ortodoxia. Houve também as primeiras tentativas de construção teológica não de pura especulação. Em particular o bispo de Ravena, Pedro (nascido em Ímola em 380), mereceu o apelido de Crisólogo, isto é, palavra de ouro, por ser autor de estupendos sermões, ricos de doutrina, que lhe deram também o título de doutor da Igreja, decretado em 1729 por Bento XIII.

Temos dele 176 homilias de cunho popular, muito expressivas, nas quais explica o evangelho, o creio, o pai-nosso, ou são sugestões de exemplos de santos a imitar, ou exaltação das virtudes do verdadeiro cristão. Numa homilia define o avarento como escravo do dinheiro, mas o dinheiro — acrescenta — é o escravo do misericordioso. É fácil entender o significado desta prédica. Eleito bispo de Ravena em 424, Pedro Crisólogo mostrou-se logo bom pastor, prudente e sem ambiguidades doutrinais. Humildes e poderosos escutava-os ele com igual condescendência e caridade. A imperatriz Gala Placídia o teve como conselheiro e amigo.

A autoridade do bispo Pedro de Ravena era reconhecida em largo raio da Igreja. A ele se dirigiu, por carta, o protagonista de outra disputa importante no campo doutrinal, Eutíquio, arqui-mandrita do mosteiro de Constantinopla. Pedia-lhe seu parecer a respeito da questão monofisita (em Cristo uma só natureza), na véspera do concílio de Calcedônia. Pedro respondeu-lhe que seria melhor ele dirigir-se ao papa Leão, pois “no interesse da paz e da fé não podemos discutir sobre questões relativas à fé sem o consentimento do bispo de Roma”.

Às feridas do Império romano (dividido no seu interior e espremido por fora pelas migrações dos bárbaros), uniam-se as contestações da Igreja de Constantinopla, que queria disputar com Roma o primado hierárquico. Neste momento histórico a resposta dada pelo metropolita de Ravena a Eutíquio tem o sentido de explícita profissão de fé. O santo morreu em Ímola, a 31 de julho de 451, segundo outros, a 3 de dezembro de 450.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

Se, por um lado, uma tenaz proliferação de heresia, nos séculos IV e V, tardou a evangelização do mundo pagão, por outro lado, suscitou grandes figuras de pastores, teólogos, escritores e pregadores, que com sua inteligência souberam tornar mais consciente e vívida a fé entre os cristãos. A catequese sistemática, a homilia e o sermão ofereciam exposição clara e sólida da ortodoxia. Houve também as primeiras tentativas de construção teológica não de pura especulação. Em particular o bispo de Ravena, Pedro (nascido em Ímola em 380), mereceu o apelido de Crisólogo, isto é, palavra de ouro, por ser autor de estupendos sermões, ricos de doutrina, que lhe deram também o título de doutor da Igreja, decretado em 1729 por Bento XIII.

Temos dele 176 homilias de cunho popular, muito expressivas, nas quais explica o evangelho, o creio, o pai-nosso, ou são sugestões de exemplos de santos a imitar, ou exaltação das virtudes do verdadeiro cristão. Numa homilia define o avarento como escravo do dinheiro, mas o dinheiro — acrescenta — é o escravo do misericordioso. É fácil entender o significado desta prédica. Eleito bispo de Ravena em 424, Pedro Crisólogo mostrou-se logo bom pastor, prudente e sem ambiguidades doutrinais. Humildes e poderosos escutava-os ele com igual condescendência e caridade. A imperatriz Gala Placídia o teve como conselheiro e amigo.

A autoridade do bispo Pedro de Ravena era reconhecida em largo raio da Igreja. A ele se dirigiu, por carta, o protagonista de outra disputa importante no campo doutrinal, Eutíquio, arqui-mandrita do mosteiro de Constantinopla. Pedia-lhe seu parecer a respeito da questão monofisita (em Cristo uma só natureza), na véspera do concílio de Calcedônia. Pedro respondeu-lhe que seria melhor ele dirigir-se ao papa Leão, pois “no interesse da paz e da fé não podemos discutir sobre questões relativas à fé sem o consentimento do bispo de Roma”.

Às feridas do Império romano (dividido no seu interior e espremido por fora pelas migrações dos bárbaros), uniam-se as contestações da Igreja de Constantinopla, que queria disputar com Roma o primado hierárquico. Neste momento histórico a resposta dada pelo metropolita de Ravena a Eutíquio tem o sentido de explícita profissão de fé. O santo morreu em Ímola, a 31 de julho de 451, segundo outros, a 3 de dezembro de 450.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Terça-feira da 17ª semana do Tempo Comum

(verde – ofício do dia)

Deus habita em seu santuário, reúne os fiéis em sua casa; ele mesmo dá vigor e força a seu povo (Sl 67,6s.36).

A parábola do trigo e do joio, ensinada por Jesus, convida seus seguidores a viver a fé com autenticidade, evitando cair numa vida cristã de aparências, alheia aos sofrimentos do mundo. Celebrando esta Eucaristia, disponhamo-nos a caminhar nas estradas do Evangelho para dar frutos de louvor ao Senhor, que nos chama continuamente a sermos fiéis à sua aliança de misericórdia.

Primeira Leitura: Jeremias 14,17-22

Leitura do livro do profeta Jeremias – 17“Derramem lágrimas meus olhos, noite e dia, sem parar, porque um grande desastre feriu a cidade, a jovem filha de meu povo, um golpe terrível e violento. 18Se eu sair ao campo, vejo cadáveres abatidos à espada; se entrar na cidade, deparo com gente consumida de fome; até os profetas e sacerdotes andam à toa pelo país”. 19Acaso terás rejeitado Judá inteiramente ou te desgostaste deveras de Sião? Por que, então, nos feriste tanto, que não há meio para nos curarmos? Esperávamos a paz, e não veio a felicidade; contávamos com o tempo de cura, e não nos restou senão consternação. 20Reconhecemos, Senhor, a nossa impiedade, os pecados de nossos pais, porque todos pecamos contra ti. 21Mas, por teu nome, não nos faças sofrer a vergonha suprema de levarmos a desonra ao trono de tua glória; lembra-te, não quebres a tua aliança conosco. 22Acaso existem entre os ídolos dos povos os que podem fazer chover? Acaso podem os céus mandar-nos as águas? Não és tu o Senhor, nosso Deus, que estamos esperando? Tu realizas todas essas coisas.” – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 78(79)

Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos!

1. Não lembreis as nossas culpas do passado, † mas venha logo sobre nós vossa bondade, / pois estamos humilhados em extremo. – R.

2. Ajudai-nos, nosso Deus e salvador! † Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos! / Por vosso nome, perdoai nossos pecados! – R.

3. Até vós chegue o gemido dos cativos: † libertai com vosso braço poderoso / os que foram condenados a morrer! / Quanto a nós, vosso rebanho e vosso povo, † celebraremos vosso nome para sempre, / de geração em geração vos louvaremos. – R.

Evangelho: Mateus 13,36-43

Aleluia, aleluia, aleluia.

A semente é de Deus a Palavra, / o Cristo é o semeador; / todo aquele que o encontra / vida eterna encontrou. – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 36Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!” 37Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. 38O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao maligno. 39O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifadores são os anjos. 40Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: 41o Filho do Homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; 42e depois os lançarão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. 43Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Os “filhos do Reino” são os discípulos de Jesus e também os cristãos e cristãs desde a origem do cristianismo. Os “filhos do Maligno” não foram semeados por Jesus, mas eles existem. São os que se opõem à presença e ao desenvolvimento do Reino de Deus. São os que praticam a injustiça social, de variadas formas. É justo que os praticantes do mal recebam a devida paga quando chegar a “colheita” (prestação de contas). Não se trata, porém, de aguardar passivamente o Juízo Final para ver o resultado dessa constante luta entre o bem e o mal. Aos “filhos do Reino” pede-se que vivam intensamente os valores do Reino e o divulguem com todos os meios. O bom exemplo dos cristãos e sua constante luta pela justiça poderão converter muitos corações. Então, o Reino pertencerá cada vez mais a Deus.(Dia a dia com o Evangelho 2024)

FONTE: PAULUS

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Santo do dia

Santa Marta, irmã de Lázaro (memória)

Marta é a irmã de Maria e de Lázaro de Betânia, povoado a cerca de três quilômetros de Jerusalém. Em sua casa hospitaleira, Jesus gostava de descansar durante a pregação na Judeia. Por ocasião de uma destas visitas aparece pela primeira vez Marta. O Evangelho no-la apresenta como a dona de casa, solícita e atarefada em acolher dignamente o agradável hóspede, enquanto a irmã Maria prefere ficar quieta escutando as palavras do Mestre. Não nos admira, portanto, a reclamação que Marta faz contra Maria: “Senhor, a ti não importa que minha irmã me deixe sozinha a fazer o serviço? Diz-lhe, pois que me ajude”.

A amável resposta de Jesus pode parecer repreensão à atitude da agitada dona de casa: “Marta, Marta, tu te inquietas e te agitas por muitas coisas; no entanto uma só coisa é necessária. Maria, com efeito, escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada”. Mas isso não é repreensão, comenta santo Agostinho: “Marta, tu não escolheste mal; Maria, porém, escolheu melhor que tu”. Não obstante isso, Maria, considerada modelo evangélico das almas contemplativas já por são Basílio e são Gregório Magno, parece não figurar no calendário litúrgico (22 de julho): a santidade desta doce figura de mulher está fora de discussão, pois isso foi confirmado pelas palavras de Cristo. Mas somente Marta, nem Maria e nem Lázaro, aparece no calendário litúrgico universal, como para recompensar suas solicitudes e atenções para com a pessoa do Salvador e como a propô-la para as mulheres cristãs como modelo de operosidade.

A humildade e incompreendida profissão de doméstica é nobilitada por esta santa trabalhadeira de nome Marta, que significa simplesmente senhora. Marta reaparece no Evangelho no dramático episódio da ressurreição de Lázaro, onde implicitamente pede o milagre com simples e estupenda profissão de fé na onipotência do Salvador, na ressurreição dos mortos e na divindade de Cristo, e durante banquete do qual participa o próprio Lázaro, há pouco ressuscitado, e também desta vez se nos apresenta em funções de dona de casa atarefada. A lição do Mestre não se referia à sua louvável operosidade, mas ao exagero de preocupações com as coisas materiais em detrimento da vida espiritual. A respeito do tempo poste-rior da vida da santa nada sabemos de historicamente aceitável, mas existem muitos contos lendários. Os primeiros que dedicaram à santa Marta uma celebração litúrgica foram os franciscanos em 1262, a 29 de julho, isto é, oito dias após a da festa de santa Maria Madalena, impropriamente identificada com sua irmã Maria.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Segunda-feira da 17ª semana do Tempo Comum

SANTOS MARTA, MARIA E LÁZARO

(branco, pref. comum ou dos santos – ofício da memória)

Jesus entrou num povoado e uma mulher chamada Marta o acolheu em sua casa (Lc 10,38).

Marta e seus irmãos, Maria e Lázaro, moravam em Betânia e eram amigos em cuja casa Jesus costumava se hospedar em suas viagens. Certa vez, Marta o acolheu com solicitude, e ele a convidou a unir ao serviço da hospitalidade a escuta de sua palavra, como fizera Maria, sua irmã. Também Lázaro, depois de quatro dias sepultado, foi agraciado pelo Senhor, que o chamou novamente à vida. Aprendamos com a celebração desta memória a viver fraternalmente, lembrando a importância de dedicar tempo de qualidade a Jesus, o único Mestre de nossa vida.

Primeira Leitura: 1 João 4,7-16

Leitura da primeira carta de São João – 7Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus. 8Quem não ama não chegou a conhecer Deus, pois Deus é amor. 9Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo, para que tenhamos vida por meio dele. 10Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de reparação pelos nossos pecados. 11Caríssimos, se Deus nos amou assim, nós também devemos amar-nos uns aos outros. 12Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece conosco e seu amor é plenamente realizado entre nós. 13A prova de que permanecemos com ele e ele conosco é que ele nos deu o seu Espírito. 14E nós vimos, e damos testemunho, que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. 15Todo aquele que proclama que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece com ele e ele com Deus. 16E nós conhecemos o amor que Deus tem para conosco e acreditamos nele. Deus é amor: quem permanece no amor permanece com Deus, e Deus permanece com ele. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 33(34)

Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!

1. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, / seu louvor estará sempre em minha boca. / Minha alma se gloria no Senhor; / que ouçam os humildes e se alegrem! – R.

2. Comigo engrandecei ao Senhor Deus, / exaltemos todos juntos o seu nome! / Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu / e de todos os temores me livrou. – R.

3. Contemplai a sua face e alegrai-vos, / e vosso rosto não se cubra de vergonha! / Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido, / e o Senhor o libertou de toda angústia. – R.

4. O anjo do Senhor vem acampar / ao redor dos que o temem e os salva. / Provai e vede quão suave é o Senhor! / Feliz o homem que tem nele o seu refúgio! – R.

5. Respeitai o Senhor Deus, seus santos todos, / porque nada faltará aos que o temem. / Os ricos empobrecem, passam fome, / mas aos que buscam o Senhor não falta nada. – R.

Evangelho: João 11,19-27

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue / não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8,12). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 19muitos judeus tinham vindo à casa de Marta e Maria para as consolar por causa do irmão. 20Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa. 21Então Marta disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. 22Mas, mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele to concederá”. 23Respondeu-lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”. 24Disse Marta: “Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia”. 25Então Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. 26E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais. Crês isto?” 27Respondeu ela: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo”. – Palavra da salvação.

Leitura opcional: Lucas 10,38-42.

Reflexão:

Hospitaleira e serviçal, adjetivos que se aplicam adequadamente a Marta, membro de uma família por quem Jesus tinha grande predileção: “Jesus amava Marta, a irmã dela [Maria] e Lázaro” (Jo 11,5). Mergulhada nos afazeres domésticos Marta recebeu do Mestre doce repreensão por agitar-se “com tantas coisas”, quando o certo era concentrar-se no essencial: a presença do ilustre hóspede. Quando morreu seu irmão, ela correu ao encontro de Jesus, expressando-lhe sentida queixa e manifestando, ao mesmo tempo, clara profissão de fé em seu poder: “Eu acredito que tu és o Cristo, o Filho de Deus” (v. 27). Uma semana antes da Páscoa, Jesus, uma vez mais, foi cordialmente recebido na casa de Marta, que lhe serviu o jantar. Foi quando Maria ungiu os pés de Jesus com precioso perfume (cf. Jo 12,1ss).(Dia a dia com o Evangelho 2024)

FONTE: PAULUS

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Santo do dia

Santo Inocêncio I, papa

Eleito pontífice em 401, santo Inocêncio I, de Albano Laziale, governou a Igreja por 16 anos, em período histórico muito difícil para os destinos do império romano do Ocidente e particularmente para Roma, que a 24 de agosto de 410 foi conquistada e saqueada pelos godos de Alarico. Desde 408 o bárbaro Alarico apertava o cerco de Roma. Muitos cidadãos, ainda não convertidos ao cristianismo, celebraram solenes sacrifícios às antigas divindades. O papa Inocêncio, graças ao prestígio que tinha entre os bárbaros, obteve uma trégua, aceitando a condição de ir a Ravena, onde estava o amedrontado imperador Honório para persuadi-lo a conceder especiais poderes a Alarico.

A missão do pontífice não conseguiu os resultados esperados pelos invasores, por isso Alarico deu início ao dramático saque de Roma; o saque e as devastações duraram três dias. Os bárbaros respeitaram as igrejas. Parece mesmo que os bárbaros godos tenham transportado para o túmulo do Príncipe dos apóstolos os vasos preciosos que os particulares haviam escondido em suas próprias casas. Todavia a queda de Roma, comentada com expressões pesarosas de dor por santo Agostinho e são Jerônimo, não assinalou o declínio da autoridade pontifícia.

A solicitude para com todas as Igrejas é demonstrada por grande número de cartas escritas por Inocêncio I, trinta e seis das quais constituem o primeiro núcleo das coleções canônicas, ou cartas encíclicas, que fazem parte do magistério ordinário dos pontífices. Inocêncio I estabeleceu um ponto muito importante na disciplina eclesiástica, isto é, a uniformidade que as várias Igrejas devem ter com a doutrina e as tradições da Igreja de Roma.

Suas intervenções doutrinais se referem à liturgia sacramental, à reconciliação, à unção dos enfermos, ao batismo, à indissolubilidade do matrimônio, claramente defendida também nos casos de adultério. Durante o seu pontificado difundiu-se a heresia de Pelágio, condenada em 416 pelos concílios regionais de Milevi e de Cartago por iniciativa de santo Agostinho e com a aprovação de Inocêncio I. A solicitude do papa não se dirigia somente à defesa da doutrina tradicional da Igreja: com humaníssima sensibilidade sabia confortar e aliviar sofrimentos.

A são Jerônimo, que do seu retiro de Belém lhe escrevera para confiar-lhe algumas aflições suas, o papa respondeu com carta paterna, mostrando que sabia não só reger o leme da barca de Pedro com mão firme, mas também possuir coração aberto à compreensão de tantos pequenos e grandes dramas individuais. Morreu em Roma no ano de 417, a 28 de julho, segundo o Liber pontificalis, e foi sepultado no cemitério de Ponciano na via Portuense.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

17° Domingo do Tempo Comum

(verde, glória, creio – 1ª semana do saltério)

Deus habita em seu santuário, reúne os fiéis em sua casa; ele mesmo dá vigor e força a seu povo (Sl 67,6s.36).

Ao participarmos do banquete eucarístico, tornamo-nos unidos no Espírito pelo vínculo da paz. Diante das necessidades básicas do povo, movidos pela fé, sentimo-nos corresponsáveis em buscar soluções. Memorial do mistério pascal de Jesus, a Eucaristia nos revela que o pão se multiplica à medida que é partilhado solidariamente. Louvemos a Deus pela vida dos avós e dos idosos neste seu dia.

Primeira Leitura: 2 Reis 4,42-44

Leitura do segundo livro dos Reis – Naqueles dias, 42veio também um homem de Baal-Salisa, trazendo em seu alforje para Eliseu, o homem de Deus, pães dos primeiros frutos da terra: eram vinte pães de cevada e trigo novo. E Eliseu disse: “Dá ao povo para que coma”. 43Mas o seu servo respondeu-lhe: “Como vou distribuir tão pouco para cem pessoas?” Eliseu disse outra vez: “Dá ao povo para que coma; pois assim diz o Senhor: ‘Comerão e ainda sobrará’”. 44O homem distribuiu e ainda sobrou, conforme a palavra do Senhor. ­­- Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 144(145)

Saciai os vossos filhos, ó Senhor!

1. Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, / e os vossos santos com louvores vos bendigam! / Narrem a glória e o esplendor do vosso reino / e saibam proclamar vosso poder! – R.

2. Todos os olhos, ó Senhor, em vós esperam, / e vós lhes dais no tempo certo o alimento; / vós abris a vossa mão prodigamente / e saciais todo ser vivo com fartura. ­– R.

3. É justo o Senhor em seus caminhos, / é santo em toda obra que ele faz. / Ele está perto da pessoa que o invoca, / de todo aquele que o invoca lealmente. – R.

Segunda Leitura: Efésios 4,1-6

Leitura da carta de São Paulo aos Efésios – Irmãos, 1eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes: 2com toda a humildade e mansidão, suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor. 3Aplicai-vos a guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz. 4Há um só corpo e um só Espírito, como também é uma só a esperança à qual fostes chamados. 5Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, 6um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por meio de todos e permanece em todos. – Palavra do Senhor.

Evangelho: João 6,1-15

Aleluia, aleluia, aleluia.

Um grande profeta surgiu, / surgiu e entre nós se mostrou; / é Deus que seu povo visita, / seu povo, meu Deus visitou! (Lc 7,16) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 1Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades. 2Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. 3Jesus subiu ao monte e sentou-se aí com os seus discípulos. 4Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. 5Levantando os olhos e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” 6Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. 7Filipe respondeu: “Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um”. 8Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9“Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?” 10Jesus disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens. 11Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. 12Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!” 13Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. 14Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo”. 15Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte. ­- Palavra da salvação.

Reflexão:

A festa da Páscoa fazia memória da libertação da opressão no Egito. Dava-se em Jerusalém, que se tornara lugar em que o povo era explorado. Por isso, além de conduzir a multidão para longe da cidade, Jesus se preocupa com sua fome. Como saciá-la? A solução não está no dinheiro, mas na partilha. André, nome que significa “humano”, oferece tudo o que tem (cinco pães e dois peixes). Ele representa todas as pessoas generosas e desapegadas dos bens. Quando cada pessoa põe em comum o que tem, o resultado é fantástico: todos se alimentam e ainda sobra. Naquele lugar, e não no templo (exploração), acontece a partilha dos bens, e as pessoas (sentadas) resgatam a dignidade e a liberdade. Com a bênção dos alimentos, Jesus bendiz a Deus pelos bens da criação. São para todos viverem, e não para uns poucos acumularem!(Dia a dia com o Evangelho 2024)

FONTE: PAULUS

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Santo do dia

São Celestino I, papa

Os dez anos de pontificado de são Celestino I (10 de setembro de 422 — 27 de julho de 432), assinalaram período, embora breve, de grandes realizações. O sucessor de Bonifácio I era homem de grande energia e ao mesmo tempo de comovente liberalidade. Enquanto cuidava da reconstrução de Roma, ainda sentindo as consequências do terrível saque que sofreu em 410 pelo bárbaro Alarico, ele não perdia de vista os interesses espirituais de toda a cristandade. Defendia o direito de o papa receber apelos de qualquer cristão, leigo ou clérigo, e era solícito em responder a tudo e a todos. Ao papa era pedido sobretudo fixar normas às quais todo fiel devesse conformar o próprio comportamento.

Com essas respostas, conhecidas com o nome de Decretais, tomou forma o primeiro embrião do direito canônico. Escreveu cartas aos bispos da Ilíria, da Gália Narbonense e Vienense, da Púglia e da Calábria, para corrigir abusos, dissipar dúvidas doutrinais, combater heresias ou simplesmente para proibir aos bispos vestir cintos e mantos próprios dos monges. Teve cordial correspondência com o amigo bispo de Hipona, santo Agostinho, cuja doutrina defendeu calorosamente, na disputa antipelagiana, com palavras que consagraram definitivamente sua autoridade e santidade.

Nesta carta endereçada aos bispos da Gália, o papa afirmava que Agostinho sempre esteve em comunhão com a Igreja romana e o punha entre os mestres de maior autoridade na doutrina. Nela percebia-se não só a afetuosa solidariedade para com o amigo, mas também a clara visão que o santo pontífice tinha dos problemas de toda a comunidade eclesial. Nesta desenvolvia com evangélica evidência a tarefa de bom pastor, solícito pela sorte de cada um, ainda que fosse o herético Nestório, patriarca de Constantinopla, que o concílio de Éfeso, convocado pelo papa em 431, havia há pouco destituído e condenado. A 15 de março de 432 o papa Celestino dirigia aos padres conciliares, ao imperador, ao novo patriarca, ao clero e ao povo uma carta na qual exprimia a sua satisfação pelo triunfo da verdade e convidava todos à magnanimidade para com o derrotado.

É este o último documento do ativo pontífice. Morreu de fato a 27 de julho do mesmo ano e foi sepultado no cemitério de Priscila, numa capela ilustrada com os episódios do recente concílio de Éfeso, que proclamara solenemente a divina maternidade de Maria. No ano de 817, as relíquias do santo pontífice foram colocadas na basílica de santa Praxedes e parte delas parece terem sido transportadas para a catedral de Mântua.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Sábado da 16ª semana do Tempo Comum

(verde – ofício do dia)

Quem me protege e me ampara é meu Deus; é o Senhor quem sustenta minha vida. Quero ofertar-vos o meu sacrifício de coração e com muita alegria (Sl 53,6.8).

Frequentar a igreja é parte da caminhada cristã, porém não é tudo. Deus espera de cada um de nós a prática de boas obras, principalmente em benefício dos mais humildes da comunidade e da sociedade, aqueles que mais sofrem com o “joio” que sufoca a esperança. Nesta liturgia, Jesus, zeloso semeador da Palavra de Deus, quer fazer crescer nossa disposição para recebê-la e praticá-la.

Primeira Leitura: Jeremias 7,1-11

Leitura do livro do profeta Jeremias – 1Palavra comunicada a Jeremias da parte do Senhor: 2“Põe-te à porta da casa do Senhor e lá anuncia esta palavra, dizendo: Ouvi a palavra do Senhor, todos vós de Judá, que entrais por estas portas para adorar o Senhor. 3Isto diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: Melhorai vossa conduta e vossas obras, que eu vos farei habitar neste lugar. 4Não ponhais vossa confiança em palavras mentirosas, dizendo: ‘É o templo do Senhor, o templo do Senhor, o templo do Senhor!’ 5Mas, se melhorardes vossa conduta e vossas obras, se fizerdes valer a justiça uns com os outros, 6não cometerdes fraudes contra o estrangeiro, o órfão e a viúva nem derramardes sangue inocente neste lugar, e não andardes atrás de deuses estrangeiros, para vosso próprio mal, 7então eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, desde sempre e para sempre. 8Eis que confiais em palavras mentirosas, que para nada servem. 9Como?! Roubar, matar, cometer adultério e perjúrio, queimar incenso a Baal e andar atrás de deuses que nem sequer conheceis; 10e depois vindes à minha presença, nesta casa em que meu nome é invocado, e dizeis: ‘Nenhum mal nos foi infligido’, tendo embora cometido todas essas abominações. 11Acaso, esta casa, em que meu nome é invocado, tornou-se a vossos olhos uma caverna de ladrões? Eis que também eu vi”, diz o Senhor. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 83(84)

Quão amável, ó Senhor, é vossa casa!

1. Minha alma desfalece de saudades / e anseia pelos átrios do Senhor! / Meu coração e minha carne rejubilam / e exultam de alegria no Deus vivo! – R.

2. Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa, † e a andorinha ali prepara o seu ninho, / para nele seus filhotes colocar: / vossos altares, ó Senhor Deus do universo! / Vossos altares, ó meu rei e meu Senhor! – R.

3. Felizes os que habitam vossa casa; / para sempre haverão de vos louvar! / Felizes os que em vós têm sua força, / caminharão com um ardor sempre crescente. – R.

4. Na verdade, um só dia em vosso templo / vale mais do que milhares fora dele! / Prefiro estar no limiar de vossa casa / a hospedar-me na mansão dos pecadores! – R.

Evangelho: Mateus 13,24-30

Aleluia, aleluia, aleluia.

Acolhei docilmente a Palavra / semeada em vós, meus irmãos; / ela pode salvar vossas vidas! (Tg 1,21) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 24Jesus contou outra parábola à multidão: “O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. 25Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo e foi embora. 26Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio. 27Os empregados foram procurar o dono e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio?’ 28O dono respondeu: ‘Foi algum inimigo que fez isso’. Os empregados lhe perguntaram: ‘Queres que vamos arrancar o joio?’ 29O dono respondeu: ‘Não! Pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo. 30Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e o amarrai em feixes para ser queimado! Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro’”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

No mundo, crescem pessoas boas e pessoas ruins. Ninguém está autorizado a eliminar o outro por considerá-lo errado. Quem é que conhece a intimidade de cada um para avaliar seu processo de mudança de vida? Sábia é a atitude do proprietário, que deixa crescer juntos trigo e joio. Inteligente e soberana é a decisão de Deus em manter a convivência de bons e maus. De fato, tolerante e misericordioso, Deus “faz nascer seu sol sobre malvados e bons, e faz chover sobre justos e injustos” (Mt 5,45). Há sempre a esperança de que muitos se convertam e passem a fazer parte da comunidade de Jesus. No fim, o bem será vitorioso. O fundador dos Padres e Irmãos Paulinos, padre Alberione, recomendava: “Em vez de afobar-se tentando expulsar a escuridão com toalhas, introduza aí um fio de luz”.(Dia a dia com o Evangelho 2024)

FONTE: PAULUS