SÃO JUSTINO, MÁRTIR
(vermelho, pref. dos mártires – ofício da memória)
Os malvados me contaram coisas vãs, ignorando a vossa lei; eu, porém, anunciei vossa palavra diante dos reis sem me envergonhar (Sl 118,85.46).
Iniciamos este novo mês celebrando a memória de São Justino. Leigo e filósofo convertido ao cristianismo, viveu na Palestina no 2º século. Nos seus escritos, deixou importantes sínteses do pensamento cristão e lições para a formação dos catecúmenos, esclarecendo aspectos dos sacramentos do batismo e da Eucaristia. Defendeu a Igreja contra os ataques dos pagãos e pagou com a vida seu zelo pelo Reino. O exemplo desse santo mártir nos inspire a fidelidade à Boa-nova de Cristo, até as últimas consequências.
Primeira Leitura: Judas 17.20-25
Leitura da carta de São Judas – 17Vós, porém, amados, lembrai-vos das palavras preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo. 20Edificai-vos sobre o fundamento da vossa santíssima fé e rezai, no Santo Espírito, 21de modo que vos mantenhais no amor de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida eterna. 22E a uns que estão com dúvidas deveis tratar com piedade. 23A outros, deveis salvá-los, arrancando-os do fogo. De outros ainda deveis ter piedade, mas com temor, aborrecendo a própria veste manchada pela carne… 24Àquele que é capaz de guardar-vos da queda e de apresentar-vos perante a sua glória irrepreensíveis e jubilosos, 25ao único Deus, nosso salvador, por Jesus Cristo, nosso Senhor: glória, majestade, poder e domínio, desde antes de todos os séculos, e agora, e por todos os séculos. Amém. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 62(63)
A minha alma tem sede de vós, ó Senhor!
1. Sois vós, ó Senhor, o meu Deus! / Desde a aurora ansioso vos busco! / A minha alma tem sede de vós, † minha carne também vos deseja, / como terra sedenta e sem água! – R.
2. Venho, assim, contemplar-vos no templo, / para ver vossa glória e poder. / Vosso amor vale mais do que a vida: / e por isso meus lábios vos louvam. – R.
3. Quero, pois, vos louvar pela vida / e elevar para vós minhas mãos! / A minha alma será saciada / como em grande banquete de festa; / cantará a alegria em meus lábios / ao cantar para vós meu louvor! – R.
Evangelho: Marcos 11,27-33
Aleluia, aleluia, aleluia.
A Palavra de Cristo ricamente habite em vós, / dando graças, por ele, a Deus Pai! (Cl 3,16s) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 27Jesus e os discípulos foram de novo a Jerusalém. Enquanto Jesus estava andando no templo, os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os anciãos aproximaram-se dele e perguntaram: 28“Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?” 29Jesus respondeu: “Vou fazer-vos uma só pergunta. Se me responderdes, eu vos direi com que autoridade faço isso. 30O batismo de João vinha do céu ou dos homens? Respondei-me”. 31Eles discutiam entre si: “Se respondermos que vinha do céu, ele vai dizer: ‘Por que não acreditastes em João?’ 32Devemos então dizer que vinha dos homens?” Mas eles tinham medo da multidão, porque todos, de fato, tinham João na qualidade de profeta. 33Então eles responderam a Jesus: “Não sabemos”. E Jesus disse: “Pois eu também não vos digo com que autoridade faço essas coisas”. – Palavra da salvação.
Reflexão:
Jesus se vê cercado por representantes dos poderes supremos: o religioso-político (sumos sacerdotes), o intelectual (doutores da Lei) e o econômico (anciãos, ou senadores). A presença desses três poderes que compõem o Sinédrio (Grande Conselho) indica que a situação é grave. Na verdade, querem intimidar Jesus. Perguntam com que autoridade faz o que tem feito, inclusive expulsar do templo os vendilhões. O que não esperavam era a contrapergunta, justamente sobre a validade do batismo de João. Por um lado, as autoridades não haviam dado ouvido a João, que os chamava à conversão. Por outro, nada podiam falar contra João, que o povo considerava um profeta. Procuram manter uma posição neutra. Deixam livre Jesus, para prendê-lo mais tarde de modo traiçoeiro.(Dia a dia com o Evangelho 2024)
FONTE: PAULUS