Os antigos livros de missa tinham um formulário para cada um destes dois santos. O novo calendário, baseando-se no antigo, prescreve uma memória para cada um em separado, embora facultativas. O papa Fabiano foi uma das primeiras vítimas da perseguição de Décio, em 250. Sucedeu ao grego Antero em 236 e se distinguiu como organizador entre os cristãos. Segundo são Cipriano, o próprio imperador teria dito que preferia um rival no império a um bispo como Fabiano em Roma.
Quase desconhecido antes da eleição, o papa foi apreciado não só por sua capacidade administrativa, mas também por suas intervenções doutrinais, especialmente nas controvérsias da Igreja africana. São Fabiano foi sepultado nas catacumbas de são Calisto.
Não muito distante, nas catacumbas que têm o seu nome, foi sepultado são Sebastião, cujo martírio se deu no mesmo dia, mas cinquenta anos mais tarde, sob Diocleciano. Santo Ambrósio diz que são Sebastião era milanês de nascimento. Outras notícias são dadas por Arnóbio, o jovem, mais fruto de suas devoções e fanta-sias, no século V. Amigo do imperador, Sebastião teria aproveitado para socorrer os irmãos na fé, os cristãos. Fazia também apostolado procurando converter soldados e prisioneiros; aliás o próprio governador de Roma, Cromácio, e seu filho Tibúrcio, foram convertidos por são Sebastião e sofreram o martírio. O destemido e audaz centurião (o santo) teve de comparecer ante o imperador para dar satisfação sobre o seu procedimento. O imperador se queixou que tinha confiado nele e que esperava dele uma brilhante carreira e ele o havia traído. Foi condenado sem apelação. Sempre segundo a Lenda de ouro, Sebastião foi amarrado a um tronco de árvore e transpassado por setas, na presença de toda gente e antigos colegas de ofício.
Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.
FONTE: PAULUS