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Evangelho do dia

Quinta-feira da 29ª semana do Tempo Comum

(verde – ofício do dia)

Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me (Sl 16,6.8).

Libertos da escravidão do mal pelo batismo, somos capazes de fazer obras de santidade e conquistar a vida eterna. Contudo, a salvação que Deus nos oferece não é um dom a receber passivamente. Somos chamados a colaborar com o Senhor, sejam quais forem as dificuldades.

Primeira Leitura: Romanos 6,19-23

Leitura da carta de São Paulo aos Romanos – Irmãos, 19uso uma linguagem humana por causa da vossa limitação. Outrora, oferecestes vossos membros como escravos para servirem à impureza e à sempre crescente desordem moral. Pois bem, agora, colocai vossos membros a serviço da justiça, em vista da vossa santificação. 20Quando éreis escravos do pecado, estáveis livres em relação à justiça. 21Que fruto colhíeis, então, de ações das quais hoje vos envergonhais? Pois o fim daquelas ações era a morte. 22Agora, porém, libertados do pecado e como escravos de Deus, frutificais para a santidade até a vida eterna, que é a meta final. 23Com efeito, a paga do pecado é a morte, mas o dom de Deus é a vida eterna em Jesus Cristo, nosso Senhor. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 1

É feliz quem a Deus se confia!

1. Feliz é todo aquele que não anda / conforme os conselhos dos perversos; / que não entra no caminho dos malvados / nem junto aos zombadores vai sentar-se; / mas encontra seu prazer na lei de Deus / e a medita, dia e noite, sem cessar. – R.

2. Eis que ele é semelhante a uma árvore / que à beira da torrente está plantada; / ela sempre dá seus frutos a seu tempo † e jamais as suas folhas vão murchar. / Eis que tudo o que ele faz vai prosperar. – R.

3. Mas bem outra é a sorte dos perversos. † Ao contrário, são iguais à palha seca / espalhada e dispersada pelo vento. / Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, / mas a estrada dos malvados leva à morte. – R.

Evangelho: Lucas 12,49-53

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu tudo considero como perda e como lixo / a fim de ganhar Cristo e ser achado nele! (Fl 3,8s) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 49“Eu vim para lançar fogo sobre a terra e como gostaria que já estivesse aceso! 50Devo receber um batismo e como estou ansioso até que isso se cumpra! 51Vós pensais que eu vim trazer a paz sobre a terra? Pelo contrário, eu vos digo, vim trazer divisão. 52Pois daqui em diante, numa família de cinco pessoas, três ficarão divididas contra duas e duas contra três; 53ficarão divididos o pai contra o filho e o filho contra o pai, a mãe contra a filha e a filha contra a mãe, a sogra contra a nora e a nora contra a sogra”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

O fogo que Jesus traz não é fogo destruidor, mas o fogo do Espírito Santo. Lembramos que, no Pentecostes, o Espírito pousou em forma de línguas de fogo sobre as pessoas presentes na sala (cf. At 2,3). O batismo de que fala Jesus é sua morte e glorificação, pleno cumprimento de sua obra de salvação. O fogo do Espírito infundirá vida e dinamismo nos seguidores de Jesus, que vão continuar o que ele começou. E o projeto de Jesus, selado com seu sangue na cruz, vem abalar os fundamentos da sociedade injusta. Jesus rompe com a falsa paz da ordem estabelecida. E quem aceita a novidade do Reino de Deus, assume a prática do amor, tão revolucionária que acaba provocando divisões até mesmo entre familiares. Já o velho Simeão anunciava: “Este menino será… um sinal de contradição” (Lc 2,34).(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS

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Santo do dia

Santo Evaristo – papa e mártir

É preciso dizer logo que temos muito poucas informações certas a respeito de santo Evaristo, um dos primeiros sucessores de Pedro. Santo Ireneu e santo Eusébio indicam-no como sucessor imediato de são Clemente, e por isso foi por volta do ano 100 que ele se tornou papa, ou mais exatamente bispo de Roma. Esse esclarecimento faz-se oportuno, pois então o título de papa, ou seja pai, era conferido a qualquer autoridade religiosa: só a partir do século VI ficou reservado ao pontífice romano. É incerta a data precisa do início do pontificado de santo Evaristo. Júlio Africano apresenta-o como papa de 97 a 105, enquanto o Liber Pontificalis esclarece que foi papa durante nove anos e dez meses, exercendo o pontificado sob os imperadores Domiciano († 96), Nerva (96-98), Trajano († 117), e mais precisamente do consulado de Valente e Vetus (96) ao de Galo e Bradua (108).

O mesmo Liber informa que era grego originário de Antioquia, enquanto seu pai, de nome Judas, era judeu de Belém. É ainda o mesmo Liber que atesta o martírio de santo Evaristo, e este testemunho é acolhido pelo Martirológio Romano, que escreve precisamente: “Em Roma, santo Evaristo, papa e mártir, que, sob o Imperador Adriano empurpurou com o seu sangue a Igreja de Deus”. Mas a notícia está bastante falha nos fundamentos, a tal ponto que os redatores do novo calendário julgaram oportuno redigir a seguinte nota: “A memória de santo Evaristo, introduzida no calendário romano no século XI, seja eliminada: por título algum santo Evaristo pode ser contado entre os mártires, e o dia da sua morte não é conhecido”.

Ainda mais lendárias aparecem as notícias de duas disposições tomadas por santo Evaristo no exercício do seu pontificado: a distribuição dos sacerdotes de Roma nos vinte e cinco títulos ou igrejas paroquiais da cidade, que teriam sido instituídas já por são Cleto; e que os diáconos estivessem ao lado do bispo enquanto este pregava e proclamava o prefácio da missa, para testemunhar, em caso de necessidade, a ortodoxia e também para conferir maior solenidade à celebração.

A santo Evaristo foi atribuída também certa regulamentação das cerimônias solenes que acompanham a consagração das igrejas e que são inspiradas na dedicação do templo de Salomão, mas é informação que não tem muito fundamento histórico.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Quarta-feira da 29ª semana do Tempo Comum

SANTO ANTÔNIO DE SANT’ANA GALVÃO

presbítero e religioso

(branco, pref. dos pastores, ou dos religiosos – ofício da memória)

Eu vos darei pastores segundo o meu coração, que vos conduzam com inteligência e sabedoria (Jr 3,15).

Antônio, conhecido como frei Galvão, nasceu em 1739, em Guaratinguetá (SP), e faleceu em São Paulo, capital, em 1822. Foi padre, religioso franciscano e membro da Academia Paulista de Letras. Destacou-se pela piedade e virtudes exemplares. Empenhou-se com afinco para aliviar os sofrimentos alheios; tinha o dom da cura. É o primeiro santo que nasceu, viveu e morreu no Brasil. A seu exemplo, firmemos o propósito de dedicar tempo e ações concretas em favor dos enfermos.

Primeira Leitura: Romanos 6,12-18

Leitura da carta de São Paulo aos Romanos – Irmãos, 12que o pecado não reine mais em vosso corpo mortal, levando-vos a obedecer às suas paixões. 13Não ofereçais mais vossos membros ao pecado como armas de iniquidade. Pelo contrário, oferecei-vos a Deus como pessoas vivas, isto é, como pessoas que passaram da morte à vida, e ponde vossos membros a serviço de Deus como armas de justiça. 14De fato, o pecado não vos dominará, visto que não estais sob o regime da Lei, mas sob o regime da graça. 15Então, iremos pecar, porque não estamos sob o regime da Lei, mas sob o regime da graça? De modo algum! 16Acaso não sabeis que, oferecendo-vos a alguém como escravos, sois realmente escravos daquele a quem obedeceis, seja escravos do pecado para a morte, seja escravos da obediência para a justiça? 17Graças a Deus que vós, depois de terdes sido escravos do pecado, passastes a obedecer, de coração, aos ensinamentos aos quais fostes entregues. 18Libertados do pecado, vos tornastes escravos da justiça. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 123(124)

Nosso auxílio está no nome do Senhor.

1. Se o Senhor não estivesse ao nosso lado, / que o diga Israel neste momento; / se o Senhor não estivesse ao nosso lado / quando os homens investiram contra nós, / com certeza nos teriam devorado / no furor de sua ira contra nós. – R.

2. Então as águas nos teriam submergido, / a correnteza nos teria arrastado / e, então, por sobre nós teriam passado / essas águas sempre mais impetuosas. / Bendito seja o Senhor, que não deixou / cairmos como presa de seus dentes! – R.

3. Nossa alma como um pássaro escapou / do laço que lhe armara o caçador; / o laço arrebentou-se de repente, / e assim nós conseguimos libertar-nos. / O nosso auxílio está no nome do Senhor, / do Senhor que fez o céu e fez a terra! – R.

Evangelho: Lucas 12,39-48

Aleluia, aleluia, aleluia.

Vigiai, diz Jesus, vigiai, / pois, no dia em que não esperais, / o vosso Senhor há de vir (Mt 24,42.44). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 39“Ficai certos, se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria chegar, não deixaria que arrombasse a sua casa. 40Vós também ficai preparados! Porque o Filho do Homem vai chegar na hora em que menos o esperardes”. 41Então Pedro disse: “Senhor, tu contas esta parábola para nós ou para todos?” 42E o Senhor respondeu: “Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor vai colocar à frente do pessoal de sua casa para dar comida a todos na hora certa? 43Feliz o empregado que o patrão, ao chegar, encontrar agindo assim! 44Em verdade eu vos digo, o senhor lhe confiará a administração de todos os seus bens. 45Porém, se aquele empregado pensar: ‘Meu patrão está demorando’, e começar a espancar os criados e as criadas, e a comer, a beber e a embriagar-se, 46o senhor daquele empregado chegará num dia inesperado e numa hora imprevista, ele o partirá ao meio e o fará participar do destino dos infiéis. 47Aquele empregado que, conhecendo a vontade do senhor, nada preparou nem agiu conforme a sua vontade será chicoteado muitas vezes. 48Porém o empregado que não conhecia essa vontade e fez coisas que merecem castigo será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!” – Palavra da salvação.

Reflexão:

Nas coisas de Deus, quem é o administrador fiel e prudente? É aquele que não se desvia do caminho de Jesus, está sempre atento a seus apelos, e na alegria continua servindo ao rebanho dele. É recomendação atual, não só para o povo em geral, mas também para as lideranças religiosas: bispos, padres, diáconos, ministros e agentes de pastoral. O Evangelho apresenta o cristão vigilante com a mentalidade de administrador e não de patrão. Só Deus é o Senhor. A Igreja precisa menos de “patrões” e mais de “servos”. Pelo batismo, todos assumem responsabilidades e devem pôr-se a serviço dos outros. Portanto, sem usar sua função com autoritarismo e ares de poder, cada um é convidado a empenhar-se humildemente a serviço da comunidade, sabendo que pode contar com a graça de Deus.(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS

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Santo do dia

São Gaudêncio – bispo

Amigo de santo Ambrósio, excelente orador, foi autor de discursos e tratados que o revelam grande erudito e mestre de vida cristã. Gaudêncio, oitavo bispo de Bréscia, é um dos maiores protagonistas do século IV. “Tu tens uma inteligência tão viva — escrevia-lhe Rufino de Aquileia — e grande gentileza de espírito, que é preciso escrever e publicar tudo o que dizes em colóquios ou na pregação nas igrejas”. Mas Gaudêncio, nascido mais ou menos na metade do século IV, era também muito modesto e julgava poder instruir o seu povo somente de viva voz. Nunca sonharia escrever considerações sobre a Sagrada Escritura, se não tivesse sido insistentemente suplicado por ilustre cidadão de Bréscia, Benévolo, que, impedido por doença de participar das solenidades pascais do ano 404, pediu ao amigo bispo que lhe fornecesse os dez sermões pronunciados na igreja naquela oportunidade.

Os temas dos seus discursos referem-se a algumas passagens-chave do Antigo e sobretudo do Novo Testamento, com atualizações que revelam em Gaudêncio as qualidades de pastor mais do que de exegeta. Em sermão de Natal há vibrante reprovação à atitude dos ricos que exploram os bens de todos e não aceitam reparti-los com os que vivem na indigência. Como escrevesse a um amigo que sofria, no prefácio falava do providencial desígnio na provação da doença e da dor física ou moral.

Os seus discursos, copiados e divulgados, foram utilizados por outros pastores de almas. Alguém escreveu a Gaudêncio pedindo-lhe explicações, e assim o bispo de Bréscia foi constrangido a aprofundar outros temas, a dar maior corpo à sua biblioteca. Escritor sem querer, Gaudêncio foi também bispo contra a sua inclinação, uma vez que é o próprio santo Ambrósio quem no-lo atesta. Tiveram de recorrer até à chantagem para que aceitasse a sucessão do bispo Filástrio, que morreu em 387.

Ambrósio, que pronunciou o discurso de circunstância durante a sua consagração, realizada no ano 390, levou-o consigo a Milão para um ciclo de homilias aos seus fiéis. Gaudêncio também integrou a delegação enviada em 406 pelo papa Inocêncio I a Constan-tinopla para defender a causa de João Crisóstomo, forçado ao exílio pela imperatriz Eudóxia. Crisóstomo escreveu a Gaudêncio expressando-lhe a própria gratidão. A morte ceifou o bispo de Bréscia em 410, uma data fatídica para Roma.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Terça-feira da 29ª semana do Tempo Comum

(verde – ofício do dia)

Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me (Sl 16,6.8).

Por sua obediência à vontade do Pai e em solidariedade com a humanidade pecadora, Jesus quis justificar-nos e salvar-nos. Expressemos nossa gratidão ao Senhor, que vem em socorro de nossas fraquezas e nos quer encontrar de portas sempre abertas à sua graça.

Primeira Leitura: Romanos 5,12.15.17-21

Leitura da carta de São Paulo aos Romanos – Irmãos, 12o pecado entrou no mundo por um só homem. Através do pecado, entrou a morte. E a morte passou para todos os homens, porque todos pecaram. 15A transgressão de um só levou a multidão humana à morte, mas foi de modo bem mais superior que a graça de Deus, ou seja, o dom gratuito concedido através de um só homem, Jesus Cristo, se derramou em abundância sobre todos. 17Por um só homem, pela falta de um só homem, a morte começou a reinar. Muito mais reinarão na vida, pela mediação de um só, Jesus Cristo, os que recebem o dom gratuito e superabundante da justiça. 18Como a falta de um só acarretou condenação para todos os homens, assim o ato de justiça de um só trouxe, para todos os homens, a justificação que dá a vida. 19Com efeito, como, pela desobediência de um só homem, a humanidade toda foi estabelecida numa situação de pecado, assim também, pela obediência de um só, toda a humanidade passará para uma situação de justiça. 20Porém, onde se multiplicou o pecado, aí superabundou a graça. 21Enfim, como o pecado tem reinado pela morte, que a graça reine pela justiça, para a vida eterna, por Jesus Cristo, Senhor nosso. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 39(40)

Eis que venho fazer, com prazer, / a vossa vontade, Senhor!

1. Sacrifício e oblação não quisestes, / mas abristes, Senhor, meus ouvidos; / não pedistes ofertas nem vítimas, † holocaustos por nossos pecados, / e então eu vos disse: “Eis que venho!” – R.

2. Sobre mim está escrito no livro: † “Com prazer faço a vossa vontade, / guardo em meu coração vossa lei!” – R.

3. Boas-novas de vossa justiça † anunciei numa grande assembleia; / vós sabeis: não fechei os meus lábios! – R.

4. Mas se alegre e em vós rejubile / todo ser que vos busca, Senhor! / Digam sempre: “É grande o Senhor!” / os que buscam em vós seu auxílio. – R.

Evangelho: Lucas 12,35-38

Aleluia, aleluia, aleluia.

Vigiai e orai para ficardes de pé / ante o Filho do Homem! (Lc 21,36) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 35“Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. 36Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento para lhe abrirem imediatamente a porta, logo que ele chegar e bater. 37Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo, ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. 38E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão se assim os encontrar!” – Palavra da salvação.

Reflexão:

Rins cingidos e lâmpadas acesas indicam prontidão e vigilância ativa. Mergulhada no corre-corre do dia a dia, na administração dos bens terrenos, as pessoas deixam escapar a ocasião de viver os valores do Reino. Este é o perigo que ronda todos os que vivem cercados de constantes propostas e seduções da sociedade de consumo. O cristão vive no mundo sem ser do mundo, como afirmava Jesus a respeito de seus discípulos (Jo 17,11.16). A comunidade deve estar em contínua vigilância, fiel à palavra e à ação de Jesus. Que o mundo não nos distraia de nossos compromissos cristãos. Assim, quando o Senhor nos visitar com sua graça ou na hora de nossa morte, nos encontre de prontidão a serviço da justiça e da fraternidade. Jesus mesmo nos honrará com seus favores.(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS

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Santo do dia

Santo Antônio Maria Claret – bispo

Quinto entre dez filhos de modesto tecelão de Catalunha, Antônio Maria y Clará, nasceu em Sallent, na diocese espanhola de Vic, em 1807. Este excepcional homem de ação, quando jovem, sentia-se atraído para a vida contemplativa, e bem quisera ser cartuxo, mas foi desaconselhado por sacerdote que percebeu seus grandes dons de missionário. Aos vinte e dois anos entrou no seminário de Vic e saiu sacerdote aos vinte e oito, com a nomeação de vigário para a sua cidade natal. Ficou aí pouco tempo. Para seguir a própria vocação missionária, foi a Roma pôr-se à disposição da congregação de Propaganda Fide.

Essa escolha não pareceu muito boa e então ingressou no noviciado da Companhia de Jesus, que teve de interromper por causa de uma doença. Voltou à Espanha e foi missionário em sua pátria, dedicando-se à evangelização das zonas rurais. Serviu-se de um meio que se teria revelado, numa época diferente, de muita eficácia: a imprensa. Voltando a Vic deu início à sua mais importante obra: a fundação de uma congregação missionária dedicada ao Coração Imaculado de Maria (cujos membros são ainda hoje conhecidos com o nome de padres claretianos). Era o ano de 1849.

Pouco tempo depois foi eleito arcebispo de Cuba, então sob o domínio espanhol, cuja sede estava há 14 anos vacante. O novo bispo adotou na ilha os seus originais métodos de apostolado. Incansável viajante, fez sentir sua presença em toda parte com a palavra e com os escritos: uma benéfica chuva de boa imprensa fecundou a ilha. Para os analfabetos havia a palavra oral e a imagem de Nossa Senhora. Administrou a confirmação a trezentos mil cristãos e regularizou trinta mil casamentos. Ativo e prático, olhou também a parte de promoção humana e civil, instituindo uma escola agrá-ria, escrevendo ele próprio pequenos tratados sobre o cultivo dos campos.

Um atentado grave pôs em risco a sua vida. Foi chamado à pátria em 1857, porque a rainha da Espanha quis tê-lo como confessor. O dinâmico bispo não se adaptou bem à vida na corte. Procurou estender sua jornada de trabalho prestando serviço em várias paróquias. Em 1867 teve de seguir os destinos da casa real, exilada na França, após uma revolução. Olhou com particular simpatia o mundo dos artistas, para os quais chegou a fundar uma academia sob a proteção de são Miguel. Morreu aos sessenta e três anos, a 24 de outubro de 1870. Pio XII o incluiu no catálogo dos santos durante o ano santo de 1950.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Segunda-feira da 29ª semana do Tempo Comum

(verde – ofício do dia)

Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me (Sl 16,6.8).

Por sua fé inabalável nas promessas divinas, Abraão foi considerado justo. Sua fé o impeliu a superar toda incerteza e a tomar decisões na base única da confiança em Deus. Somos chamados a prosseguir nossa caminhada, crendo “naquele que ressuscitou dos mortos Jesus”, o verdadeiro tesouro da nossa vida.

Primeira Leitura: Romanos 4,20-25

Leitura da carta de São Paulo aos Romanos – Irmãos, 20diante da promessa divina, Abraão não duvidou por falta de fé, mas revigorou-se na fé e deu glória a Deus, 21convencido de que Deus tem poder para cumprir o que prometeu. 22Esta sua atitude de fé lhe foi creditada como justiça. 23Afirmando que a fé lhe foi creditada como justiça, a Escritura visa não só à pessoa de Abraão, mas também a nós, pois a fé será creditada também para nós que cremos naquele que ressuscitou dos mortos Jesus, nosso Senhor. 25Ele, Jesus, foi entregue por causa de nossos pecados e foi ressuscitado para nossa justificação. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: Lc 1

Bendito seja o Senhor Deus de Israel, / porque a seu povo visitou e libertou!

1. Fez surgir um poderoso salvador / na casa de Davi, seu servidor, / como falara pela boca de seus santos, / os profetas desde os tempos mais antigos. – R.

2. Para salvar-nos do poder dos inimigos / e da mão de todos quantos nos odeiam. / Assim mostrou misericórdia a nossos pais, / recordando a sua santa aliança. – R.

3. E o juramento a Abraão, o nosso pai, / de conceder-nos que, libertos do inimigo, / a ele nós sirvamos sem temor, † em santidade e em justiça diante dele, / enquanto perdurarem nossos dias. – R.

Evangelho: Lucas 12,13-21

Aleluia, aleluia, aleluia.

Felizes os humildes de espírito, / porque deles é o Reino dos Céus (Mt 5,3). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 13alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: “Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo”. 14Jesus respondeu: “Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?” 15E disse-lhes: “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens”. 16E contou-lhes uma parábola: “A terra de um homem rico deu uma grande colheita. 17Ele pensava consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’. 18Então resolveu: ‘Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. 19Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!’ 20Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?’ 21Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus”. –  Palavra da salvação.

Reflexão:

São proverbiais as brigas por causa de repartição de herança. Jesus bem conhecia essa realidade que, pelo jeito, corre os séculos. A pergunta de um herdeiro oferece a ocasião para Jesus nos ensinar sobre a necessidade de vivermos desapegados dos bens terrenos: “Evitem todo tipo de ganância”. Por mais rico que seja alguém, “sua vida não é garantida pelos seus bens”. Não raro, vemos, pela mídia, que muitos ricaços se desdobram gastando fortunas para curar-se de um câncer. Toda a quantia investida no tratamento não é capaz de derrotar a doença. Dinheiro chama dinheiro, riqueza produz riqueza, armazém lotado de mercadoria exige mais armazéns lotados. Para que tudo isso? Importante, diz Jesus, é ser rico para Deus. Cabe-nos perguntar: como estou administrando o dom da vida que Deus me deu?(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS

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São João de Capistrano – presbítero

João de Capistrano tinha setenta anos, em 1456, quando se encontrava às portas de Belgrado, ameaçada pelo exército turco, a encorajar as tropas cristãs armado só de grande cruz de madeira e de robus-ta voz: “Seja avançando, seja retrocedendo, tanto atingindo como atingidos — gritava — invoquem o nome de Jesus. Só nele existe salvação”. Era o dia 21 de julho. Três meses depois, 23 de outubro, frei João de Capistrano morria em Ilok (Villaco, na Áustria).

Nascera em Capistrano, na província de Áquila, em 1386. Era belo rapaz, de cabelos loiros, “os quais — relembrava — pareciam fios de ouro, e eu os usava compridos, conforme a moda do meu país”. Pela sua origem e aspecto nórdico, apelidaram-no João alemão. Estudou direito civil e eclesiástico em Perúgia, laureando-se excelente jurista. Teve logo a nomeação de juiz e governador da cidade. Quando Perúgia foi ocupada pelos Malatesta, além do alto cargo, João perdeu também a liberdade.

Na prisão encontrou tempo para meditar sobre as vaidades das honras mundanas, e saindo do cárcere, já transformado interiormente, obteve a anulação do matrimônio e foi bater na porta do convento franciscano de Assis. Vestiu assim o hábito dos observantes, isto é, dos seguidores de são Francisco, que tinham acolhido a reforma propugnada por são Bernardino, de quem João Capistrano foi discípulo e amigo. Teve início então para o dinâmico frade aquela múltipla atividade apostólica que por quarenta anos o empenhou em vários lugares da Europa. Infatigável organizador de obras de caridade, mensageiro da paz, conselheiro, missionário entre os hussitas, na Baviera, na Turquia, na Saxônia, na Eslésia e na Polônia.

Os papas, que o tiveram como conselheiro, confiaram-lhe missões diplomáticas nos vários Estados italianos, de Milão à Sicília. O rei Fernando III o quis na Áustria, e sua Ordem o mandou como visitador à Terra Santa e aos Países Baixos. Organizador da Cruzada contra os turcos, esteve na Hungria e nos Balcãs. Com tenacidade e com o entusiasmo próprio da gente mediterrânea, levou a termo iniciativas que a outros pareceriam impossíveis. Mas as vitórias mais significativas foram conquistadas nas trincheiras da ortodoxia, na defesa da verdade contra a heresia, do genuíno espírito franciscano do compromisso dos renovadores, da paz civil e religiosa nos pontos quentes da Europa nos quais esteve presente com surpreendente celeridade, não obstante dispusesse só de um burro como meio de locomoção. Morreu a 23 de outubro de 1456 e foi canonizado em 1690.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

29° Domingo do Tempo Comum

(verde, glória, creio – 1ª semana do saltério)

Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me (Sl 16,6.8).

Nesta celebração, demos glória ao Senhor, que tem em suas mãos a história e nos concede seu Espírito para vencermos as forças contrárias ao seu Reino. A Deus pertence a vida das pessoas, e não aos poderes do mundo. Este dia das missões – com o lema: “Corações ardentes, pés a caminho” – recorda que todos somos missionários a serviço da vida do povo.

Primeira Leitura: Isaías 45,1.4-6

Leitura do livro do profeta Isaías – 1Isto diz o Senhor sobre Ciro, seu ungido: “Tomei-o pela mão para submeter os povos ao seu domínio, dobrar o orgulho dos reis, abrir todas as portas à sua marcha e para não deixar trancar os portões. 4Por causa de meu servo Jacó e de meu eleito Israel, chamei-te pelo nome; reservei-te, e não me reconheceste. 5Eu sou o Senhor, não existe outro: fora de mim não há deus. Armei-te guerreiro, sem me reconheceres, 6para que todos saibam, do oriente ao ocidente, que fora de mim outro não existe. Eu sou o Senhor, não há outro”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 95(96)

Ó família das nações, dai ao Senhor poder e glória!

1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, / cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! / Manifestai a sua glória entre as nações / e, entre os povos do universo, seus prodígios! – R.

2. Pois Deus é grande e muito digno de louvor, / é mais terrível e maior que os outros deuses, / porque um nada são os deuses dos pagãos. / Foi o Senhor e nosso Deus quem fez os céus. – R.


3. Ó família das nações, dai ao Senhor, / ó nações, dai ao Senhor poder e glória, / dai-lhe a glória que é devida ao seu nome! / Oferecei um sacrifício nos seus átrios. – R.

4. Adorai-o no esplendor da santidade, / terra inteira, estremecei diante dele! / Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!”, / pois os povos ele julga com justiça. – R.

Segunda Leitura: 1 Tessalonicenses 1,1-5

Leitura da primeira carta de São Paulo aos Tessalonicenses – 1Paulo, Silvano e Timóteo à igreja dos tessalonicenses, reunida em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo: a vós, graça e paz! 2Damos graças a Deus por todos vós, lembrando-vos sempre em nossas orações. 3Diante de Deus, nosso Pai, recordamos sem cessar a atuação da vossa fé, o esforço da vossa caridade e a firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo. 4Sabemos, irmãos amados por Deus, que sois do número dos escolhidos. 5Porque o nosso Evangelho não chegou até vós somente por meio de palavras, mas também mediante a força que é o Espírito Santo; e isso com toda a abundância. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Mateus 22,15-21

Aleluia, aleluia, aleluia.

Como astros no mundo, vós resplandeçais, / mensagem de vida ao mundo anunciando; / da vida a Palavra, com fé, proclameis, / quais astros luzentes no mundo brilheis (Fl 2,15s). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 15os fariseus fizeram um plano para apanhar Jesus em alguma palavra. 16Então mandaram os seus discípulos, junto com alguns do partido de Herodes, para dizerem a Jesus: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e que, de fato, ensinas o caminho de Deus. Não te deixas influenciar pela opinião dos outros, pois não julgas um homem pelas aparências. 17Dize-nos, pois, o que pensas: é lícito ou não pagar imposto a César?” 18Jesus percebeu a maldade deles e disse: “Hipócritas! Por que me preparais uma armadilha? 19Mostrai-me a moeda do imposto!” Levaram-lhe então a moeda. 20E Jesus disse: “De quem é a figura e a inscrição desta moeda?” 21Eles responderam: “De César”. Jesus então lhes disse: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Fariseus e herodianos se unem com intenção bem definida: “apanhar Jesus em alguma palavra”. Os fariseus eram contrários ao domínio de Roma; os herodianos, a favor. As palavras iniciais que eles dirigem a Jesus correspondem à verdade (“Sabemos que tu és verdadeiro”), mas nos lábios deles revelam falsidade e ironia. De fato, se quisessem ser discípulos de Jesus, não lhe armariam ciladas! Pagar imposto ao imperador era aceitá-lo como divindade. Como poderia um judeu, adorador do Deus único, pagar esse imposto? Jesus introduz uma novidade: o poder absoluto de Deus. Ao imperador romano paga-se o tributo (“Devolvam a César…”), já que o povo está sob seu domínio, mas não se pode sacrificar o povo com pesados tributos, porque o povo pertence ao Deus todo-poderoso (“Devolvam… a Deus o que é de Deus”).(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS

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São João Paulo II

Karol Józef Wojtyła, conhecido como João Paulo II desde sua eleição ao papado em 16 de outubro de 1978, nasceu em Wadowice, uma pequena cidade a 50 quilômetros de Cracóvia, Polônia, em 18 de maio de 1920. Era o segundo dos filhos de Karol Wojtyła e Emilia Kaczorowska. Sua mãe faleceu em 1929. Seu irmão mais velho, Edmund (médico), morreu em 1932 e seu pai (suboficial do exército), em 1941. Aos 9 anos fez a Primeira Comunhão, e aos 18 recebeu a Confirmação (Crisma). Terminados os estudos de ensino médio na escola Marcin Wadowita, de Wadowice, matriculou-se em 1938 na Universidade Jagelônica da Cracóvia e em uma escola de teatro.

Quando as forças de ocupação nazista fecharam a Universidade, em 1939, o jovem Karol teve de trabalhar em uma pedreira e logo em uma fábrica química (Solvay), para ganhar a vida e evitar a deportação para a Alemanha. A partir de 1942, ao sentir a vocação ao sacerdócio, seguiu as aulas de formação no Seminário clandestino de Cracóvia, dirigido pelo Arcebispo de Cracóvia, Cardeal Adam Stefan Sapieha. Ao mesmo tempo, foi um dos promotores do «Teatro Rapsódico», também clandestino.

Após a Segunda Guerra Mundial, continuou seus estudos no seminário maior de Cracóvia, novamente aberto, e na Faculdade de Teologia da Universidade Jagelônica, até sua ordenação sacerdotal em Cracóvia no dia 1º de novembro de 1946. Seguidamente, foi enviado pelo Cardeal Sapieha a Roma, onde, sob a direção do dominicano francês Garrigou-Lagrange, doutorou-se no ano de 1948 em teologia, com uma tese sobre o tema da fé nas obras de São João da Cruz. Naquele período, aproveitou suas férias para exercer o ministério pastoral entre os imigrantes poloneses da França, Bélgica e Holanda.

Em 1948 voltou à Polônia e foi vigário em diversas paróquias de Cracóvia e capelão dos universitários até 1951, quando reiniciou seus estudos filosóficos e teológicos. Em 1953, apresentou na Universidade Católica de Lublin uma tese intitulada «Avaliação da possibilidade de fundar uma ética católica sobre a base do sistema ético de Max Scheler». Depois passou a ser professor de Teologia Moral e Ética Social no Seminário Maior de Cracóvia e na Faculdade de Teologia de Lublin.

Em 4 de julho de 1958, foi nomeado pelo Papa Pio XII Bispo Auxiliar de Cracóvia. Recebeu a ordenação episcopal em 28 de setembro de 1958 na Catedral de Wawel (Cracóvia), das mãos do Arcebispo Eugeniusz Baziak. Em 13 de janeiro de 1964, foi nomeado Arcebispo de Cracóvia pelo Papa Paulo VI, que o fez Cardeal em 26 de junho de 1967.

Além de participar do Concílio Vaticano II (1962-1965), com uma contribuição importante na elaboração da Constituição «Gaudium et spes», o Cardeal Wojtyła tomou parte em todas as assembleias do Sínodo dos Bispos. Desde o começo de seu pontificado, em 16 de outubro de 1978, o Papa João Paulo II realizou 104 viagens pastorais fora da Itália, e 146 pelo interior desse país.

Também, como Bispo de Roma, visitou 317 das 333 paróquias romanas. Entre seus documentos principais se incluem: 14 Encíclicas, 15 Exortações Apostólicas, 11 Constituições Apostólicas e 45 Cartas Apostólicas. O Papa também publicou cinco livros: Cruzando o limiar da esperança (outubro de 1994); Dom e mistério: no quinquagésimo aniversário de minha ordenação sacerdotal (novembro de 1996); Tríptico romano – Meditações, livro de poesias (março de 2003); Levantai-vos! Vamos! (maio de 2004) e Memória e identidade (fevereiro de 2005).

João Paulo II presidiu 147 cerimônias de beatificação – nas quais proclamou 1.338 beatos – e 51 canonizações, com um total de 482 santos. Celebrou 9 consistórios, durante os quais criou 231 (além de 1 in pectore) Cardeais. Também presidiu 6 assembleias plenárias do Colégio Cardinalício. Presidiu 15 Assembleias do Sínodo dos Bispos: 6 ordinárias (1980, 1983, 1987, 1990, 1994, 2001), 1 geral extraordinária (1985), e 8 especiais (1980, 1991, 1994, 1995, 1997, 1998 e 1999).

Nenhum outro Papa encontrou-se com tantas pessoas como João Paulo II: em números, mais de 17.600.100 peregrinos participaram das mais de 1.160 Audiências Gerais que se celebram nas quartas-feiras. Esse número não inclui as outras audiências especiais e as cerimônias religiosas [mais de 8 milhões de peregrinos durante o Grande Jubileu do ano 2000] e os milhões de fiéis que o Papa encontrou durante as visitas pastorais efetuadas na Itália e no restante do mundo. Devem-se recordar também as numerosas personalidades de governo com as quais manteve encontros durante 38 visitas oficiais e as 738 audiências ou encontros com chefes de Estado e 246 audiências e encontros com primeiros-ministros.

João Paulo II faleceu no dia 2 de abril de 2005, sábado, às 21h37min. (horário de Roma), no Palácio Apostólico do Vaticano, vigília do Domingo in Albis e da Divina Misericórdia, por ele instituído. Os funerais solenes na Praça de São Pedro e a sepultura nas Grutas Vaticanas foram celebrados no dia 8 de abril. Seu pontificado, de quase 27 anos, foi o terceiro mais longo da história da Igreja. Foi o 264º Pontífice da Igreja Católica, o primeiro de origem eslava.

A causa de beatificação de João Paulo II começou mais cedo que de costume, mas o seu processo seguiu os passos normais previstos para qualquer causa, confirmou a Santa Sé.
Uma nota informativa da Congregação para as Causas dos Santos explica quais foram os passos que permitiram elevar Karol Wojtyla à honra dos altares no dia 1º de maio de 2011, Domingo da Divina Misericórdia. O dicastério vaticano esclarece que “a causa, por dispensa pontifícia, começou antes de passarem cinco anos da morte do Servo de Deus, como é exigido pela normativa vigente. Esta medida foi solicitada pela imponente fama de santidade que João Paulo II teve em vida, na morte e depois da morte. No mais, todas as disposições canônicas comuns das causas de beatificação e canonização foram observadas integralmente”.

De junho de 2005 a abril de 2007, foi realizada a investigação diocesana principal romana e as rogatoriais em várias dioceses, sobre a vida, as virtudes, a fama de santidade e os milagres. A validade jurídica dos processos canônicos foi reconhecida pela Congregação para as Causas dos Santos com o Decreto de 4 de maio de 2007. Em junho de 2009, examinada a Positio, nove consultores teólogos da Congregação deram parecer positivo ao heroísmo das virtudes do Servo de Deus. Em novembro, seguindo o procedimento habitual, a mesma Positio foi submetida ao juízo dos Cardeais e Bispos da Congregação para as Causas dos Santos, cuja sentença foi afirmativa. Em 19 de dezembro de 2009, o Sumo Pontífice Bento XVI autorizou a promulgação do decreto sobre a heroicidade das virtudes.

Em vista da beatificação do venerável Servo de Deus João Paulo II, a postulação da causa apresentou para exame da Congregação para as Causas dos Santos a cura do mal de Parkinson da Irmã Marie Simon Pierre, religiosa das Irmãzinhas das Maternidades Católicas.

Como de praxe, as numerosas atas da investigação canônica, regularmente instruída, junto com os detalhados exames médico-legais, foram submetidos ao exame científico da Consulta Médica da Congregação para as Causas dos Santos, em 21 de outubro de 2010. Os peritos, depois de estudarem com a habitual minúcia os testemunhos processuais e toda a documentação, concluíram que a cura era cientificamente inexplicável.

Os consultores teólogos, depois de revisadas as conclusões médicas, iniciaram em 14 de dezembro de 2010 a ponderação teológica do caso. Reconheceram por unanimidade a unicidade, a antecedência e a invocação coral dirigida ao Servo de Deus João Paulo II, cuja intercessão tinha sido eficaz para a cura milagrosa. Por último, em 11 de janeiro de 2011, ocorreu a sessão ordinária de Cardeais e Bispos da Congregação para as Causas dos Santos, que emitiu um parecer unânime e afirmativo, considerando milagrosa a cura da Irmã Marie Simon Pierre, como realizada por Deus de modo cientificamente inexplicável, depois de rogada a intercessão do Papa João Paulo II, invocado com confiança tanto pela pessoa curada como por muitos outros fiéis.

O Rito de Beatificação foi presidido pelo Santo Padre Bento XVI, no dia 1º de maio de 2011, na Praça de São Pedro, no Vaticano, no II Domingo da Páscoa – conhecido como da Divina Misericórdia – , festa litúrgica instituída pelo próprio João Paulo II.

A religiosa Marie Simon Pierre, do Instituto das Pequenas Irmãs das Maternidades Católicas, foi diagnosticada com mal de Parkinson em 2001. Segundo o testemunho da Freira, a cura do mal, pela intercessão de João Paulo II, aconteceu entre 2 e 3 de junho de 2005, quando ela tinha 44 anos. Com a notícia do falecimento de Wojtyła – também ele afetado pela doença –, Irmã Marie e suas companheiras de Congregação começaram a invocar o falecido Pontífice para que intercedesse pela cura. Com o anúncio do falecimento de João Paulo, a Freira diz que sentiu como se o mundo tivesse vindo abaixo. Em 14 de maio – um dia após a dispensa pontífice dos cinco anos de espera para o início da causa –, as Irmãs de todas as comunidades francesas e africanas começam a pedir incessantemente a intercessão de João Paulo II para a cura de Irmã Marie.

Em 2 de junho de 2005, cansada e oprimida pela dor, a religiosa manifesta à Superiora a intenção de ser liberada do trabalho profissional, junto a um hospital, como enfermeira. No entanto, a Superiora convida-a a confiar na intercessão de João Paulo II. Irmã Marie passa uma noite tranquila e, ao despertar, se sente curada. As dores desaparecem e não sente nenhuma rigidez nas articulações. Era o dia 3 de junho de 2005: Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Ao procurar seu médico, ele constata a cura.

Processo de Beatificação

 * 28/04/2005: Bento XVI concedeu dispensa do tempo de cinco anos de espera para o início da Causa de Beatificação e Canonização de João Paulo II. A causa foi aberta oficialmente em 28 de junho pelo Vigário-Geral para a Diocese de Roma, Cardeal Camillo Ruini.

O Vaticano explica que a dispensa pontifícia dos cinco anos de espera entre a morte do candidato a santo e o início da Causa aconteceu devido à “imponente fama de santidade de que gozava João Paulo II em vida, na morte e depois da morte”.

* 2/04/2007: Dois anos após a morte, na Basílica de São João do Latrão, em Roma, o Cardeal Camillo Ruini declarou concluída a primeira fase diocesana do processo de beatificação de João Paulo II, confiando os resultados à Congregação para as Causas dos Santos. Isso acontece mediante uma cerimônia jurídico-processual durante a qual são lidas, em latim, as palavras para a passagem dos documentos, compostos por 130 testemunhos a favor e contra a beatificação, além da conclusão de teólogos e historiadores a respeito.

* 1º/04/2009: Os relatos de possíveis milagres pela intercessão do Papa polonês sob avaliação da Congregação para as Causas dos Santos somam mais de 250.

* 19/12/2009: Com um decreto assinado pelo Papa Bento XVI, são reconhecidas as virtudes heroicas e Karol Wojtyla é proclamado Venerável.

* 21/10/2010: Uma comissão médica da Congregação para as Causas dos Santos recebe os atos da investigação canônica, bem como os detalhes das perícias médico-legais, para exame científico. Os peritos, após estudar com o habitual cuidado os testemunhos processuais e toda a documentação, expressam-se favoravelmente quanto à inexplicabilidade científica da cura.

* 14/12/2010: Os Consultores teólogos, após terem acesso às conclusões médicas, procedem à avaliação teológica do caso e, unanimemente, reconhecem a unicidade, antecedência e caráter coral da invocação destinada ao Servo de Deus João Paulo II, cuja intercessão foi eficaz para a cura prodigiosa.

* 11/01/2011: A sessão ordinária dos Cardeais e dos Bispos da Congregação para as Causas dos Santos emite unanimemente uma sentença afirmativa sobre a cura milagrosa da Irmã Marie Simon Pierre, como realizada por Deus de modo cientificamente inexplicável, após intercessão do Sumo Pontífice João Paulo II, confiadamente invocado tanto pela curada quanto por muitos outros fiéis.

* 1º/05/2011: O Sumo Pontífice Bento XVI na Praça de São Pedro, em Roma, declara Bem-aventurado o Papa João Paulo II, definindo sua Memória litúrgica para o dia 22 de outubro, dia em que inaugurou seu pontificado, em 1978.

Processo de canonização

Em abril de 2013, uma comissão de médicos consultada pela Congregação para as Causas dos Santos aprovou o segundo milagre atribuído ao Bem-aventurado João Paulo II, necessário no processo de canonização: a cura de uma mulher na noite de sua beatificação, em maio de 2011. Não são conhecidos mais detalhes desta cura e do processo. Dois meses depois, este segundo milagre atribuído à intercessão de João Paulo II foi aprovado pela comissão teológica da Congregação, em mais um passo para a sua canonização. Em 2 de julho de 2013, a comissão de cardeais e bispos da Congregação aprovou a atribuição do segundo milagre ao Bem-aventurado João Paulo II. Três dias depois, o Papa Francisco aprovou o decreto reconhecendo este segundo milagre, autorizando assim sua canonização. A cerimônia de canonização deu-se no dia 27 de abril de 2014, dia em que foi comemorada a Festa da Divina Misericórdia, estabelecida por João Paulo II. Neste mesmo dia, também foi canonizado o Papa João XXIII, numa cerimônia conjunta.

FONTE: PAULUS