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Santo do dia

São José Cafasso, presbítero

Os turinenses chamavam-no “o padre da forca”, com uma mistura de admiração e de compaixão, porque em toda execução capital ao lado do condenado estava sempre o padre José Cafasso, padreco magro, encurvado não pelos anos (morreu aos 49 anos em 1860), mas pelo desvio da espinha dorsal que o obrigava a estar inclinado também nas poucas horas do dia em que passava fora do confessionário. Padre José de fato dedicava grande parte do seu ministério sacerdotal ouvindo confissões e confidências de todos os que frequentavam a sua igreja, atraídos pelas grandes qualidades humanas de inteligência e de bondade daquele pequeno padre que compreendia os problemas de todos e sabia falar tanto aos doutos como aos simples, às almas devotas como às dissipadas. Declarado santo em 1947, foi declarado o patrono dos encarcerados e dos condenados à pena capital, pois durante a vida fizera do cárcere o lugar preferido para o seu apostolado sacerdotal.

Nascido em Castelnuovo d’Asti, quatro anos antes do con-terrâneo João Bosco: em 1811, José Cafasso era por temperamento o oposto do apóstolo dos jovens: reflexivo, manso, estudioso, gostava de dedicar várias horas à meditação diante do Santíssimo Sacramento nos breves períodos de férias que passava na sua cidade, durante os anos de seminário. João Bosco, com amáveis gozações, chamava-o de “senhor abade”, e convidava-o a assistir aos inocentes espetáculos da festa do padroeiro. “Os espetáculos do padre — respondia-lhe o clérigo Cafasso — são as funções religiosas”. Mas os dois estavam destinados a encontrar-se e compreender-se profundamente.

José Cafasso, ordenado padre aos 22 anos, frequentou o curso de teologia em Turim, na escola do teólogo Guala, de quem herdou a cátedra pouco depois e teve como aluno João Bosco. O jovem conterrâneo pôs a duras provas a enorme paciência do mestre quando encheu a casa onde ele era o reitor de barulhentos meninos, recolhidos de todas as partes da periferia da cidade. Quando Dom Bosco retirou a garotada, certamente não por causa de alguma indireta do santo reitor, ele a levou para morar em Valdocco. O padre José Cafasso esteve constantemente ao seu lado, também com alguma ajuda financeira, e antes de morrer deu todo aquele pouco que possuía a João Bosco e ao Cottolengo.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Sexta-feira da 11ª semana do Tempo Comum

(verde – ofício do dia)

Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo, tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor, não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador! (Sl 26,7.9)

O Evangelho não é um conto de fadas, e quem o anuncia muitas vezes se torna um incômodo, é rejeitado e mal interpretado. Do evangelizador exige-se um “olhar sadio”, coerente e firme para propor aos outros autêntica mudança de vida. Rezemos pelos que, na Igreja, têm a missão de evangelizar.

Primeira Leitura: 2 Coríntios 11,18.21-30

Leitura da segunda carta de São Paulo aos Coríntios – Irmãos, 18já que muitos se gloriam segundo a carne, eu também me gloriarei. 21O que outros ousam dizer em vantagem própria, eu também o digo a meu respeito, embora fale como insensato. 22São hebreus? Eu também. São israelitas? Eu também. São da descendência de Abraão? Eu também. 23São servos de Cristo? Como menos sensato, digo: eu ainda mais. De fato, muito mais do que eles: pelos trabalhos, pelas prisões, pelos açoites sem conta. Muitas vezes, vi-me em perigo de morte. 24Cinco vezes, recebi dos judeus quarenta açoites menos um. 25Três vezes, fui batido com varas. Uma vez, fui apedrejado. Três vezes, naufraguei. Passei uma noite e um dia no alto-mar. 26Fiz inúmeras viagens, com inúmeros perigos: perigos de rios, perigos de ladrões, perigos da parte de meus compatriotas, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos em lugares desertos, perigos no mar, perigos por parte de falsos irmãos. 27Trabalhos e fadigas, inúmeras vigílias, fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez! 28E sem falar de outras coisas, a minha preocupação de cada dia, a solicitude por todas as Igrejas! 29Quem é fraco, que eu também não seja fraco com ele? Quem é escandalizado, que eu não fique ardendo de indignação? 30Se é preciso gloriar-se, é de minhas fraquezas que me gloriarei! – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 33(34)

O Senhor liberta os justos de todas as angústias!

1. Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, / seu louvor estará sempre em minha boca. / Minha alma se gloria no Senhor; / que ouçam os humildes e se alegrem! – R.

2. Comigo engrandecei ao Senhor Deus, / exaltemos todos juntos o seu nome! / Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu / e de todos os temores me livrou. – R.

3. Contemplai a sua face e alegrai-vos, / e vosso rosto não se cubra de vergonha! / Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido, / e o Senhor o libertou de toda angústia. – R.

Evangelho: Mateus 6,19-23

Aleluia, aleluia, aleluia.

Felizes os humildes de espírito, / porque deles é o Reino dos Céus (Mt 5,3). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 19“Não junteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões assaltam e roubam. 20Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem nem os ladrões assaltam e roubam. 21Porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. 22O olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é sadio, todo o teu corpo ficará iluminado. 23Se o teu olho está doente, todo o teu corpo ficará na escuridão. Ora, se a luz que existe em ti é escuridão, como será grande a escuridão”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Na atual sociedade de consumo, somos continuamente estimulados a comprar, vender, negociar. Se não tivermos critérios para selecionar o que é realmente importante, seremos arrebatados por um turbilhão incontrolável de ofertas e promessas de lucro. Possuir, armazenar, ficar rico, ter sucesso são assuntos frequentes de ricos e pobres! Os discípulos do Reino, Jesus previne contra a cobiça. Acumular riquezas na terra é frustrar-se: elas têm curta duração. Prudente e sábio é quem ajunta “tesouros no céu” (boas obras). O olho bom indica a pessoa generosa; o olho mau indica a pessoa mesquinha, egoísta. O egoísmo e a avareza empurram a pessoa para a escuridão total. Se todos tivermos um olhar generoso, haverá partilha e ninguém morrerá de fome.(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS

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Santo do dia

São Paulino de Nola, bispo

“Os corações devotados a Cristo rejeitam as Musas e estão fechados para Apolo”, assim escrevia Paulino ao mestre Décimo Magno Ausônio, que o tinha iniciado na arte da retórica e da poética. Paulino era jovem de temperamento artístico. Descendia de rica família patrícia romana (nasceu em 355 em Bordeaux, onde o pai era funcionário imperial) e, favorecido na carreira política por grandes amizades locais, tornou-se cônsul substituto e governador da Campânia. Teve também a felicidade de encontrar o bispo Ambrósio de Milão e o jovem Agostinho de Hipona, pelos quais foi encaminhado para a conversão a Cristo. Recebeu o batismo aos vinte e cinco anos. Durante uma viagem à Espanha conheceu e desposou Teresa.

Após a morte prematura do único filhinho, Celso, decidiram de comum acordo dedicar-se inteiramente à ascese cristã, conforme o modelo de vida monacal em moda no Oriente. Assim, de comum acordo desvencilharam-se das grandes riquezas que pos-suíam, distribuindo-as em vários lugares aos pobres, e se retiraram para a Catalunha a fim de dar início a uma experiência ascética original. Paulino já era quarentão batido. Muito conhecido e admirado na alta sociedade, era querido também pelo povo, que com grande alarido pediu ao bispo de Barcelona que o ordenasse sacerdote.

Paulino aceitou com a condição de não ficar inscrito entre o clero daquela região. Não aceitou também o convite de Ambrósio que o queria em Milão. Paulino acariciava sempre o ideal monástico de vida devota e solitária. De fato foi logo para a Campânia, em Nola, onde a família possuía o túmulo de um mártir, são Félix. Deu início à construção de um santuário, mas se preocupou antes de tudo em erigir uma hospedaria para os pobres, adaptando-lhe o primeiro andar para mosteiro, onde se retirou com Teresa e alguns amigos em comunidade monástica.

Os contatos com o mundo eram através de correspondência epistolar (chegaram a nós 51 cartas). Eram endereçadas a amigos e personalidades de maior projeção no mundo cristão, entre os quais estava precisamente Agostinho. Para os amigos fazia poemas nupciais e poesias de consolações. Mas para pôr fim àquela mística quietude, em 409 foi escolhido para bispo de Nola. Estavam para chegar à Itália anos de grandes tempestades. Genserico havia passado o mar à frente dos vândalos e se apressava a sa-quear Roma e todas as cidades da Campânia. Paulino se revelou verdadeiro pai, preocupado com o bem espiritual e material de todos. Morreu aos 76 anos, em 431, um ano depois do amigo santo Agostinho.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Quinta-Feira da 11° Semana do Tempo Comum

(verde – ofício do dia)

Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo, tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor, não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador! (Sl 26,7.9)

É possível haver cristãos que se deixem seduzir por falsos líderes, empenhados em pregar “outro Jesus” e prometer “outro Espírito”. Consolidemos nossa fé sobre os valores do Evangelho e professemos nossa fidelidade ao Senhor Jesus, que nos revela a face de um Deus que é Pai.

Primeira Leitura: 2 Coríntios 11,1-11

Leitura da segunda carta de São Paulo aos Coríntios – Irmãos, 1oxalá pudésseis suportar um pouco de insensatez da minha parte. Na verdade, vós me suportais. 2Sinto por vós um amor ciumento, semelhante ao amor que Deus vos tem. Fui eu que vos desposei a um único esposo, apresentando-vos a Cristo como virgem pura. 3Porém, receio que, como Eva foi enganada pela esperteza da serpente, também vossos pensamentos se corrompam, afastando-se da simplicidade e pureza devidas a Cristo. 4De fato, se aparece alguém pregando outro Jesus, que nós não pregamos, ou prometendo um outro Espírito, que não recebestes, ou anunciando um outro Evangelho, que não acolhestes, vós o suportais de bom grado. 5No entanto, entendo que em nada sou inferior a esses “super-apóstolos”! 6Mesmo que eu seja inábil na arte de falar, não o sou quanto à ciência: eu vo-lo tenho demonstrado em tudo e de todas as maneiras. 7Acaso cometi algum pecado pelo fato de vos ter anunciado o Evangelho de Deus gratuitamente, humilhando-me a mim mesmo para vos exaltar? 8Para vos servir, despojei outras Igrejas, delas recebendo o meu sustento. 9E, quando, estando entre vós, tive alguma necessidade, não fui pesado a ninguém, pois os irmãos vindos da Macedônia supriram as minhas necessidades. Em todas as circunstâncias, cuidei – e cuidarei ainda – de não ser pesado a vós. 10Tão certo como a verdade de Cristo está em mim, essa minha glória não me será arrebatada nas regiões da Acaia. 11E por quê? Será porque eu não vos amo? Deus o sabe! – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 110(111)

Vossas obras, ó Senhor, são verdade e são justiça.

1. Eu agradeço a Deus de todo o coração, / junto com todos os seus justos reunidos! / Que grandiosas são as obras do Senhor, / elas merecem todo o amor e admiração! – R.

2. Que beleza e esplendor são os seus feitos! / Sua justiça permanece eternamente! / O Senhor bom e clemente nos deixou / a lembrança de suas grandes maravilhas. – R.

3. Suas obras são verdade e são justiça, / seus preceitos, todos eles, são estáveis, / confirmados para sempre e pelos séculos, / realizados na verdade e retidão. – R.

Evangelho: Mateus 6,7-15

Aleluia, aleluia, aleluia.

Recebestes um espírito de adoção, / no qual clamamos Aba! Pai! (Rm 8,15) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 7“Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. 8Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. 11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. 13E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. 14De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Não são as rezas recheadas de palavras que comovem o coração de Deus. Isso, aliás, o aborrece, pois ele conhece em profundidade a nossa vida e as nossas necessidades. Ao nos ensinar o pai-nosso, Jesus nos convida a entrar no universo da gratuidade e do perdão. Começa-se adorando ao Pai e pedindo-lhe o principal, que é a vinda do seu Reino e o cumprimento de sua vontade. Depois lhe pedimos por nossas necessidades humanas: o pão, o perdão e a salvação. Jesus insiste sobre a necessidade de perdoarmos. Deus nos dá o seu perdão desde que nós perdoemos. A palavra “pai” ilumina toda a oração do Senhor: é a palavra que brotava da profundidade infinita do coração do Filho e aflora nos lábios dos novos filhos de Deus, que precisam esquecer-se de si mesmos e buscar unicamente o Pai e seu Reino.(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Quarta-Feira da 11° Semana do Tempo Comum

SÃO LUÍS GONZAGA, RELIGIOSO

(branco, pref. comum, ou dos religiosos – ofício da memória)

O homem de coração puro e mãos inocentes é digno de subir à montanha do Senhor e de permanecer em seu santuário (Sl 23,4.3).

Luís nasceu na Itália em 1568 e lá faleceu em 1591. Renunciando a todos os títulos de nobreza e heranças, ingressou na Companhia de Jesus, os Jesuítas. Dedicou-se com afinco ao estudo e à oração e prestou serviço generoso aos pobres e doentes afetados pela peste. Religioso exemplar, tornou-se modelo e protetor dos jovens. Inspirados por ele, peçamos por todos os religiosos, para que perseverem na escuta e na prática do Evangelho.

Primeira Leitura: 2 Coríntios 9,6-11

Leitura da segunda carta de São Paulo aos Coríntios – Irmãos, 6“quem semeia pouco colherá também pouco, e quem semeia com largueza colherá também com largueza”. 7Dê cada um conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento, pois Deus “ama quem dá com alegria”. 8Deus é poderoso para vos cumular de toda sorte de graças, para que, em tudo, tenhais sempre o necessário e ainda tenhais de sobra para toda obra boa, 9como está escrito: “Distribuiu generosamente, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre”. 10Aquele que dá a semente ao semeador e lhe dará o pão como alimento, ele mesmo multiplicará as vossas sementes e aumentará os frutos da vossa justiça. 11Assim, ficareis enriquecidos em tudo e podereis praticar toda espécie de liberalidade, que, através de nós, resultará em ação de graças a Deus. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 111(112)

Feliz aquele que respeita o Senhor!

1. Feliz o homem que respeita o Senhor / e que ama com carinho a sua lei! / Sua descendência será forte sobre a terra, / abençoada a geração dos homens retos! – R.

2. Haverá glória e riqueza em sua casa, / e permanece para sempre o bem que fez. / Ele é correto, generoso e compassivo, / como luz brilha nas trevas para os justos. – R.

3. Ele reparte com os pobres os seus bens, † permanece para sempre o bem que fez, / e crescerão a sua glória e seu poder. – R.

Evangelho: Mateus 6,1-6.16-18

Aleluia, aleluia, aleluia.

Quem me ama realmente guardará minha palavra / e meu Pai o amará, e a ele nós viremos (Jo 14,23). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus. 2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo, eles já receberam a sua recompensa. 3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. 5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo, eles já receberam a sua recompensa. 6Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa. 16Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo, eles já receberam a sua recompensa. 17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que tu estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Chamar a atenção para as próprias boas obras é tendência bastante comum entre as pessoas. É orgulho e vaidade. Por isso, Jesus nos adverte sobre um perigo real: por trás de muito barulho, pode esconder-se atitude falsa. Como exemplo, ele cita três ações: dar esmola, orar e jejuar. São coisas valiosas, desde que realizadas com reta intenção. Perdem sua eficácia quando alguém as pratica só para receber aplausos. Readquirem valor quando feitas para agradar a Deus, que conhece a intimidade de cada um e pode dar-lhe a devida recompensa. Portanto, pratiquemos as boas obras com discrição e humildade; desse modo, ficamos com a certeza do olhar benévolo de Deus e de sua recompensa. Do contrário, só nos restará acolher dos outros um reconhecimento passageiro e quase sempre mesquinho.(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS

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Santo do dia

Santos João Fischer e Tomás More, bispos e mártires

Em 1935 Pio XI, canonizando no mesmo dia estes dois santos, que sofreram a decapitação pela coragem com que defenderam sua fé, os propôs como “dois exemplos de fidelidade aos cristãos da nossa época”. O machado do carrasco, que decepou as suas vidas em 1535, atingiu muitos outros católicos, réus por não haverem aderido ao assim chamado: “Atos de supremacia”, mediante o qual Henrique VIII tinha se proclamado chefe da Igreja nacional inglesa, porque o papa se negara a dar-lhe o divórcio de sua primeira mulher, Catarina, para ele poder desposar Ana Bolena. Os dois santos de hoje são as duas vítimas mais ilustres das pretensões do rei.

João Fisher nasceu em Beverley em 1469, e ordenado padre aos vinte e dois anos, foi, como o amigo Tomás More, homem de grande cultura. Mas à vasta erudição, que fez dele verdadeiro filho de sua época, uniu grande zelo e total abnegação no exercício de seus deveres de bispo da pequena diocese de Rochester, para cuja sede fora eleito em 1504, juntamente com o cargo de Chanceler da universidade de Cambridge. Aceitou serenamente a condenação à morte, que foi executada a 22 de junho de 1535, um mês após sua elevação à dignidade cardinalícia, com a qual Paulo III quis honrá-lo pela sua fidelidade e coragem.

Quinze dias após foi condenado Tomás More, também ele como réu de não ter reconhecido ao rei a pretensa supremacia espiritual. Nascido em Londres em 1477, quando jovem, Tomás queria consagrar-se totalmente a Deus, em mosteiro cartuxo; empreendeu, porém, a carreira legal, subindo ao ápice da notoriedade com a nomeação de chanceler da Inglaterra em 1529. Pai de quatro filhos teve sempre comportamento exemplar. Levantava-se às duas da madrugada para rezar e estudar até às sete, hora em que ia à missa. Nem mesmo uma intimação do rei podia interromper seus exercícios de piedade. Fechado na Torre de Londres, aguardando o processo que ocorreu a 1º de julho de 1535, escreveu O diálogo do conforto contra as tribulacões, uma obra-prima da língua inglesa. Corajoso e tranquilo, sobre o patíbulo, ainda encontrou força de brincar com seu carrasco: “Ajude-me a subir; para descer, deixe por minha conta”. Recitou o Salmo Miserere, pôs uma venda nos olhos e inclinou a cabeça sobre o cepo. Sua cabeça foi exposta sobre um poste, na ponte de Londres, durante um mês; depois a filha predileta, Margarida, evitou que fosse jogada no rio, pagando uma grande soma de resgate. Celebérrima é a sua Utopia. Célebre é também sua Oração para o bom humor.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Terça-Feira da 11° Semana do Tempo Comum

(verde – ofício do dia)

Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo, tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor, não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador! (Sl 26,7.9)

Modelo e estímulo para nossa generosidade é Jesus Cristo, o qual, “de rico que era, tornou-se pobre”. Jesus não nos deu coisas, mas deu-se a si mesmo por nós. Como filhos e filhas que imitam o seu Pai, a liturgia nos convida a partilhar nossos bens espirituais e materiais.

Primeira Leitura: 2 Coríntios 8,1-9

Leitura da segunda carta de São Paulo aos Coríntios – 1Irmãos, queremos levar ao vosso conhecimento a graça de Deus que foi concedida às Igrejas da Macedônia. 2Com efeito, em meio a grandes tribulações que as provaram, a sua extraordinária alegria e extrema pobreza transbordaram em tesouros de liberalidade. 3Eu sou testemunha de que esses irmãos, segundo os seus recursos e mesmo além dos seus recursos, por sua própria iniciativa 4e com muita insistência, nos pediram a graça de participar da coleta em favor dos santos de Jerusalém. 5E, indo além de nossas expectativas, colocaram-se logo à disposição do Senhor e também à nossa, pela vontade de Deus. 6Por isso solicitamos a Tito que, assim como a iniciou, ele leve a bom termo entre vós essa obra de generosidade. 7E, como tendes tudo em abundância – fé, eloquência, ciência, zelo para tudo e a caridade de que vos demos o exemplo -, assim também procurai ser abundantes nesta obra de generosidade. 8Não é uma ordem que estou dando; mas é para testar a sinceridade da vossa caridade que eu lembro a boa vontade de outros. 9Na verdade, conheceis a generosidade de nosso Senhor Jesus Cristo: de rico que era, tornou-se pobre por causa de vós, para que vos torneis ricos por sua pobreza. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 145(146)

Bendize, ó minha alma, ao Senhor!

1. Bendirei ao Senhor toda a vida, / cantarei ao meu Deus sem cessar! – R.

2. É feliz todo homem que busca † seu auxílio no Deus de Jacó / e que põe no Senhor a esperança. / O Senhor fez o céu e a terra, † fez o mar e o que neles existe. / O Senhor é fiel para sempre. – R.

3. Faz justiça aos que são oprimidos; † ele dá alimento aos famintos, / é o Senhor quem liberta os cativos. – R.

4. O Senhor abre os olhos aos cegos, / o Senhor faz erguer-se o caído, / o Senhor ama aquele que é justo. / É o Senhor quem protege o estrangeiro. – R.

Evangelho: Mateus 5,43-48

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu vos dou novo preceito: / que uns aos outros vos ameis, / como eu vos tenho amado (Jo 13,34). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43“Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ 44Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! 45Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos. 46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? 47E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? 48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

O amor de quem crê em Jesus não pode ficar limitado a pessoas da mesma família ou círculo de amizade: “Se vocês cumprimentam apenas seus irmãos, o que fazem de mais?”. Seria incompleto e estaria muito distante do modelo de amor que é o próprio Deus. Seu amor é universal; ele não faz distinção de pessoas, cultura ou credo. Para todos, sem exceção, Deus oferece os benefícios do sol, da chuva e de toda a natureza. O cristão, à semelhança de Cristo, não pode deixar ninguém fora do alcance do seu amor, nem mesmo os que se tornam inimigos. Aos que nos perseguem ou que dificultam o nosso caminhar (também nas comunidades cristãs), Jesus recomenda a oração: “Rezem por aqueles que perseguem vocês”. Nosso amor deve ser absoluto e universal, semelhante ao amor do próprio Deus.(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS

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Santo do dia

São Romualdo, abade

O abade Romualdo, pai dos monges camaldulenses, desde muito jovem mostrou forte inclinação à vida solitária e à oração, embora vivendo no meio de várias tentações e exemplos de mundanismos, uma vez que era filho do duque de Ravena. Após haver professado a regra cisterciense por três anos no mosteiro de santo Apolinário, não satisfeito com aquela vida, aos vinte e três anos obteve a licença de viver a vida eremítica, nas colinas do Vêneto, em companhia do eremita Marino. Aqui teve notícia do cenóbio dos Pireneus de São Miguel de Cuixá e quis embarcar para mais esta nova aventura espiritual, em companhia do veneziano Pedro Orseolo, que se tornou santo. Aí passou dez anos, dando ao cenóbio espanhol clara orientação eremítica.

Por onde andava o monge de Ravena difundia o benéfico contágio da vida solitária. Quando voltou a Ravena convenceu também seu pai a fazer-se monge, são Severo. Suas peregrinações tinham escopo bem definido: a reforma dos mosteiros e dos eremitérios, conforme o modelo dos antigos cenóbios orientais. Nasceu assim entre as densas matas alpinas, às costas do alto Casentino, o ermo de Camaldoli, que toma o nome de terreno de certo Máldolo, que doou este lugar ao homem de Deus em busca de solidão.

Mas este homem, tão desejoso de separar-se dos homens, para seguir as próprias inclinações à vida contemplativa, parecia destinado à irrequieta peregrinação pelas estradas da Itália. O imperador Oto III, que tinha pelo santo monge profunda admiração, escolheu-o abade de santo Apolinário. A dignidade de abade não se harmonizava com o seu ideal de vida religiosa e passou um ano naquele cargo e por fim depôs aos pés do imperador o pastoral, arrependido de haver cedido àquilo que ele chamou de tentação de prestígio. Foi morar o mais longe possível, na abadia de Monte-cassino. Também aqui imprimiu o seu vigor ascético, dando à espiritualidade beneditina um tom mais contemplativo e eremítico.

De Montecassino partiu para novas aventuras espirituais, reformando mosteiros e fundando outros novos em Verghereto, em Lemmo, Roma, Fontebuana, Vallombrosa, e em Val de Castra, perto de Fabiano, onde foi colhido pela morte a 19 de junho de 1027. Até depois da morte Romualdo não teve morada fixa. A 7 de fevereiro de 1481 os seus despojos foram transportados para Fabiano. Aquele dia marcou também a data de sua festa litúrgica, até a recente reforma do calendário que fixou a memória do santo no dia de sua morte.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Segunda-feira da 10ª Semana do tempo comum

(verde – ofício do dia)

Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo, tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor, não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador! (Sl 26,7.9)

Ouvindo e seguindo os ensinamentos de Jesus, os missionários entregam-se, de corpo e alma, ao anúncio da Boa-nova e exortam a todos a não receber em vão a graça de Deus, já que “é agora o momento favorável, é agora o dia da salvação”.

Primeira Leitura: 2 Coríntios 6,1-10

Leitura da segunda carta de São Paulo aos Coríntios – Irmãos, 1como colaboradores de Cristo, nós vos exortamos a não receberdes em vão a graça de Deus, 2pois ele diz: “No momento favorável, eu te ouvi e, no dia da salvação, eu te socorri”. É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação. 3Não damos a ninguém nenhum motivo de escândalo, para que o nosso ministério não seja desacreditado. 4Mas em tudo nos recomendamos como ministros de Deus, com muita paciência, em tribulações, em necessidades, em angústias, 5em açoites, em prisões, em tumultos, em fadigas, em insônias, em jejuns, 6em castidade, em compreensão, em longanimidade, em bondade, no Espírito Santo, em amor sincero, 7em palavras verdadeiras, no poder de Deus, em armas de justiça, ofensivas e defensivas, 8em honra e desonra, em má ou boa fama; considerados sedutores, sendo, porém, verazes; 9como desconhecidos, sendo, porém, bem conhecidos; como moribundos, embora vivamos; como castigados, mas não mortos; 10como aflitos, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo muitos; como quem nada possui, mas tendo tudo. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 97(98)

O Senhor fez conhecer a salvação.

1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, / porque ele fez prodígios! / Sua mão e o seu braço forte e santo / alcançaram-lhe a vitória. – R.

2. O Senhor fez conhecer a salvação / e, às nações, sua justiça; / recordou o seu amor sempre fiel / pela casa de Israel. – R.

3. Os confins do universo contemplaram / a salvação do nosso Deus. / Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, / alegrai-vos e exultai! – R.

Evangelho: Mateus 5,38-42

Aleluia, aleluia, aleluia.

Vossa Palavra é uma luz para os meus passos / e uma lâmpada luzente em meu caminho (Sl 118,105). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 38“Ouvistes o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ 39Eu, porém, vos digo: não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! 40Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! 41Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele! 42Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

“Olho por olho, dente por dente.” Essa regra, na sua origem, era uma tentativa de pôr freio à onda de violência. Era a lei da vingança que estava presente não só no Antigo Testamento, mas predomina até hoje nas relações pessoais, sociais e políticas, onde o Evangelho ainda não penetrou profundamente. Mas o cristão segue uma lógica diferente: é chamado a quebrar a espiral do ódio, respondendo ao mal com o bem. O direito à vingança (lei antiga) cedeu lugar à lei da misericórdia. Para não responder com a mesma moeda, o discípulo de Cristo deve se dispor a fazer gestos radicais de tolerância e compreensão. Uma das bem-aventuranças reforça nosso anseio de criar um mundo novo, em que as relações humanas estejam de fato assentadas sobre o amor: “Felizes os mansos, porque herdarão a terra!”.(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS

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Santo do dia

Santa Juliana de Falconieri, virgem

Nasceu Juliana em 1270, filha de Caríssimo e Ricordata. Caríssimo era irmão de santo Alexis Falconieri, um dos fundadores dos Servitas. Caríssimo tornou-se muito rico, por sua habilidade comercial; temendo não ter ganho honestamente as suas posses, pediu ao papa Urbano IV a absolvição geral e empregou os seus haveres em boas obras. Era bem idoso já, quando lhe nasceu Juliana. As primeiras palavras que a menina pronunciou foram Jesus e Maria. Caríssimo morreu pouco tempo depois.

Desde 1284, recebeu o hábito de terceira na Congregação dos Servitas, dado por são Filipe Benício. Durante um ano foi objeto de admiração para sua família e para sua mãe. Na presença de são Filipe fez ainda a sua profissão; pouco tempo depois ele faleceu, não sem recomendar-lhe a Congregação toda, mas particularmente as Irmãs.

Há muito tempo Juliana conhecia os instrumentos de penitência; jejuava às quartas e sextas-feiras, não recebendo senão a santa comunhão; aos sábados comia apenas um pouco de pão e tomava água, e passava o dia a contemplar as sete dores de Maria; a sexta-feira era consagrada aos mistérios da paixão do Senhor, em honra dos quais se flagelava até o sangue.
Após a morte de sua mãe, ocupou-se em reunir aquelas que, querendo se consagrar a Deus como ela, até então tinham vivido nas casas de suas famílias. Uma vez todas instaladas na casa, ela própria quis pedir a admissão, de pés nus e com uma corda ao pescoço, batendo à porta.

O papa Bento XI, em 1304, declarou essa Congregação verdadeira Ordem religiosa. Dois anos mais tarde, Juliana aceitou ser superiora. Tendo viva consciência de que aquele que está mais altamente colocado deve ser o servo dos outros, procurava sempre os trabalhos mais humildes. Dormia pouco, estendida sobre chão nu; suas orações, que duravam até um dia inteiro, obtiveram-lhe a graça e a força de resistir às mais abomináveis tentações. Pacificou discórdias civis, interessou-se pelos pobres e pelos doentes, que ela curava ao contato de suas mãos.

No fim de sua vida, por causa de doença do estômago, não suportou mais alimento algum, nem mesmo a comunhão. Na hora da morte, não podendo receber o viático, suplicou ao P. Tiago de Campo Regio que lhe trouxesse ao menos o cibório em sua cela; ela se estendeu então por terra, e com os braços em cruz, quis que um corporal fosse estendido sobre o seu peito e que a santa hóstia fosse aí depositada; esta, assim que foi depositada, desapareceu misteriosamente, e Juliana morreu dizendo: “Meu doce Jesus” (19/6/1341). Por ocasião da toalete fúnebre, encontrou-se sobre o coração da santa, a marca da hóstia como um selo, com a imagem de Jesus crucificado. O Senhor, que ela tanto desejara receber, tinha-a escutado para além de toda esperança. Em memória desse milagre, as “Mantellate” trazem sobre o lado esquerdo do escapulário a imagem de uma hóstia.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS