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Santo do dia

São Pio V, papa

Lembrado principalmente como papa da vitória de Lepanto, não porque fosse homem belicoso, mas porque com a sua autoridade e com o seu prestígio pessoal conseguiu impor trégua nas rixas caseiras dos Estados europeus e levá-los a formar a “santa aliança” para enfrentar o ameaçador avanço dos turcos. A sete de outubro de 1571, a frota cristã impôs nas águas de Lepanto uma derrota definitiva à esquadra turca. Naquele mesmo dia Pio V, que não dispunha dos meios de comunicações atuais, ordenou que se tocassem os sinos de Roma convidando todos os fiéis a agradecer a Deus a vitória obtida.

Miguel Ghisleri, eleito papa em 1566 com o nome de Pio V, nasceu em Bosco Marengo, na província de Alexandria em 1504. Aos 14 anos ingressara nos dominicanos. Após a ordenação sacerdotal, subiu rapidamente todos os degraus de excepcional carreira: professor, prior de convento, superior provincial, inquisidor em Como e em Bérgamo, bispo de Sutri e Nepi, cardeal, grande inquisidor, bispo de Mondovi, papa. O título de inquisidor pode torná-lo antipático ao homem de hoje, que da inquisição tem conceito frequentemente deformado pelas narrações superficiais. Na verdade Pio V foi papa um tanto sacrificado, como sacrificados são todos os reformadores dos costumes. Mas é título de merecimento para ele o ter debelado a simonia da Cúria romana e o nepotismo. Aos numerosos parentes que foram a Roma com a esperança de algum privilégio, Pio V disse que um parente do papa pode considerar-se bastante rico se não estiver na miséria.

Entre as reformas no campo pastoral, por ele promovidas sob influxo do concílio de Trento, relembramos a obrigação de residência para os bispos, a clausura dos religiosos, o celibato e a santidade de vida dos sacerdotes, as visitas pastorais dos bispos, o incremento das missões, a correção dos livros litúrgicos e a censura sobre as publicações. A rígida disciplina que o santo impôs à Igreja fora norma constante de sua própria vida. Primeiro como bispo e cardeal, depois como papa, atuava conforme ideal ascético do frade mendicante.

Condescendente com os humildes, paternal com a gente simples, mas inflexível e severo com todos os que comprometiam a unidade da Igreja, não titubeou em excomungar e decretar a destituição da rainha da Inglaterra, Elisabete I, embora consciente das trágicas consequências que poderiam resultar deste gesto para os católicos ingleses. Pio V morreu a 1º de maio de 1572 aos sessenta e oito anos. Foi canonizado em 1712. O novo calendário fixou a sua memória a 30 de abril. Até agora era celebrada a 5 de maio.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

4º Domingo da Páscoa

(branco, glória, creio – 4ª semana do saltério)

A terra está repleta do amor de Deus; por sua palavra foram feitos os céus, aleluia! (Sl 32,5s)

Estamos reunidos em torno de Jesus, o Pastor que nos conduz nos caminhos da felicidade e da vida plena e a Porta que nos possibilita a passagem para a verdadeira liberdade. Ele nos conhece pelo nome, manifesta sua ternura para conosco e caminha à nossa frente. Curados e guiados por seu amor, rezemos, nesta liturgia eucarística, pelas vocações religiosas e presbiterais e por todas as que se põem a serviço do Reino de Deus.

Primeira Leitura: Atos 2,14.36-41

Leitura dos Atos dos Apóstolos – No dia de Pentecostes, 14Pedro, de pé, no meio dos onze apóstolos, levantou a voz e falou à multidão. 36“Que todo o povo de Israel reconheça com plena certeza: Deus constituiu Senhor e Cristo a este Jesus que vós crucificastes”. 37Quando ouviram isso, eles ficaram com o coração aflito e perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: “Irmãos, o que devemos fazer?” 38Pedro respondeu: “Convertei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos vossos pecados. E vós recebereis o dom do Espírito Santo. 39Pois a promessa é para vós e vossos filhos, e para todos aqueles que estão longe, todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar para si”. 40Com muitas outras palavras, Pedro lhes dava testemunho e os exortava, dizendo: “Salvai-vos dessa gente corrompida!” 41Os que aceitaram as palavras de Pedro receberam o batismo. Naquele dia, mais ou menos três mil pessoas se uniram a eles. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 22(23)

O Senhor é o pastor que me conduz; / para as águas repousantes me encaminha.

1. O Senhor é o pastor que me conduz; / não me falta coisa alguma. / Pelos prados e campinas verdejantes / ele me leva a descansar. / Para as águas repousantes me encaminha / e restaura as minhas forças. – R.

2. Ele me guia no caminho mais seguro, / pela honra do seu nome. / Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, / nenhum mal eu temerei; / estais comigo com bastão e com cajado: / eles me dão a segurança! – R.

3. Preparais à minha frente uma mesa, / bem à vista do inimigo, / e com óleo vós ungis minha cabeça; / o meu cálice transborda. – R.

4. Felicidade e todo bem hão de seguir-me / por toda a minha vida; / e na casa do Senhor habitarei / pelos tempos infinitos. – R.

Segunda Leitura: 1 Pedro 2,20-25

Leitura da primeira carta de São Pedro – Caríssimos, 20se suportais com paciência aquilo que sofreis por ter feito o bem, isso vos torna agradáveis diante de Deus. 21De fato, para isso fostes chamados. Também Cristo sofreu por vós, deixando-vos um exemplo, a fim de que sigais os seus passos. 22Ele não cometeu pecado algum, mentira nenhuma foi encontrada em sua boca. 23Quando injuriado, não retribuía as injúrias; atormentado, não ameaçava; antes, colocava a sua causa nas mãos daquele que julga com justiça. 24Sobre a cruz, carregou nossos pecados em seu próprio corpo, a fim de que, mortos para os pecados, vivamos para a justiça. Por suas feridas fostes curados. 25Andáveis como ovelhas desgarradas, mas agora voltastes ao pastor e guarda de vossas vidas. – Palavra do Senhor.

Evangelho: João 10,1-10

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu sou o bom pastor, diz o Senhor; / eu conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem a mim (Jo 10,14). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus: 1“Em verdade, em verdade vos digo, quem não entra no redil das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. 2Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. 3A esse o porteiro abre, e as ovelhas escutam a sua voz; ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz para fora. 4E, depois de fazer sair todas as que são suas, caminha à sua frente, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. 5Mas não seguem um estranho, antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos”. 6Jesus contou-lhes essa parábola, mas eles não entenderam o que ele queria dizer. 7Então Jesus continuou: “Em verdade, em verdade vos digo, eu sou a porta das ovelhas. 8Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. 9Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem. 10O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Os dirigentes de Israel exploravam o povo e o deixavam na miséria. Em vez de dar a vida, eles a destruíam. Seguindo seus interesses egoístas, destruíram o “rebanho” de Deus. Por isso Jesus os chama de ladrões e assaltantes. Em contrapartida, Jesus se apresenta como o pastor segundo o coração de Deus, aquele que foi anunciado pelos profetas. Ele é a “porta”, o mediador. Conduz o povo com a autoridade de quem ama e doa vida. Aqueles que se tornam seus discípulos escutam sua voz e o seguem. Jesus convida as lideranças político-religiosas a passarem por ele, “a porta das ovelhas”, assumindo a sua prática libertadora, empenhando-se eficazmente para que todos “tenham vida, e a tenham em abundância”. À semelhança do bom Pastor, a Igreja é continuamente solicitada a assumir a causa dos mais fracos.(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS

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Santo do dia

Santa Catarina de Sena, virgem e doutora da Igreja

O que mais se admira na vida de santa Catarina de Sena não é tanto o papel incomum que ela teve na história de seu tempo quanto a maneira singularmente feminina com a qual desenvolveu este papel. Ao papa, que ela chamava com o nome de “doce Cristo na terra”, reprovava pela escassa coragem e convidava-o a abandonar Avignon para voltar a Roma, com palavras delicadíssimas como estas: “Eia, virilmente, pai! Eu lhe digo que não precisa temer”. A um jovem condenado à morte, que ela acompanhou até ao patíbulo, disse no último instante: “Giuso! às núpcias, meu doce irmão; logo estará na vida eterna”.

Quando se sentava à mesa com seus discípulos, prestava atenção para não suscitar os ciúmes de alguém e não raramente, como faz a mãe com a criança melindrosa, dava um bocado com a sua própria colher a quem se sentia por ela esquecido. Depois a voz submissa da mulher mudava de tom e se traduzia frequentemente naquele: “eu quero”, que não admitia hesitações quando se tratava do bem da Igreja ou da concórdia dos cidadãos.

Nasceu em Sena a 25 de março de 1347, vigésima quarta filha de Tiago e Lapa Benincasa. Aos sete anos celebrou o matrimônio místico com Cristo. Que isto não foi fruto de fantasias infantis, mas o início de extraordinária experiência mística, logo se pôde averiguar. Aos quinze anos Catarina começava a fazer parte da Ordem Terceira de são Domingos iniciando vida de penitência e extremado rigor. Para vencer a repugnância para com um leproso que cheirava mal, inclinou-se e beijou-lhe as chagas.

Analfabeta, começou a ditar a vários amanuenses as suas cartas, profundas e sábias, endereçadas a papas, reis e líderes como também ao povinho humilde. O seu corajoso empenho social e político suscitou não poucas perplexidades entre seus próprios superiores e foi obrigada a comparecer ao capítulo geral dos dominicanos, reunido em Florença em maio de 1377, para prestar esclarecimentos de sua conduta.

Em Sena, no recolhimento de sua cela, ditou o Diálogo sobre a Divina Providência para render a Deus o seu último canto de amor. Respondeu ao apelo de Urbano VI com quem estava aliada desde o início do grande cisma, porque o papa a quis em Roma naquele momento de grave confusão. Aí ficou doente e, cercada de seus numerosos discípulos, aos quais recomendou somente que se amassem uns aos outros, entregou sua alma a Deus. Era o dia 29 de abril de 1380. Fazia um mês que cumprira 33 anos. Foi canonizada a 29 de abril de 1461. Em 1939 foi declarada padroeira principal da Itália juntamente com são Francisco de Assis. No dia 4 de outubro de 1970 Paulo VI proclamou-a doutora da Igreja.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Sábado da 3ª Semana da Páscoa

SANTA CATARINA DE SENA VIRGEM E DOUTORA DA IGREJA

(branco, pref. pascal, ou das virgens – ofício da memória)

Esta é uma virgem sábia, uma das jovens prudentes, que foi ao encontro de Cristo com sua lâmpada acesa, aleluia!

Catarina, doutora da Igreja, nasceu na Itália em 1347 e lá faleceu em 1380. Pertenceu à Ordem Terceira Dominicana, tendo conciliado vida contemplativa com intensa atividade junto aos doentes e encarcerados. Exerceu importante papel diplomático a favor da unidade da Igreja. Ditou inúmeras cartas, repletas de sabedoria espiritual. Seu exemplo nos impulsione a estarmos atentos aos sinais dos tempos e realizar a vontade de Deus.

Primeira Leitura: Atos 9,31-42

Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, 31a Igreja vivia em paz em toda a Judeia, Galileia e Samaria. Ela consolidava-se e progredia no temor do Senhor e crescia em número com a ajuda do Espírito Santo. 32Pedro percorria todos os lugares; e visitou também os fiéis que moravam em Lida. 33Encontrou aí um homem chamado Eneias, que estava paralítico e há oito anos jazia numa cama. 34Pedro disse-lhe: “Eneias, Jesus Cristo te cura! Levanta-te e arruma a tua cama!” Imediatamente Eneias se levantou. 35Todos os habitantes de Lida e da região do Saron viram isso e se converteram ao Senhor. 36Em Jope havia uma discípula chamada Tabita, nome que quer dizer Gazela. Eram muitas as boas obras que fazia e as esmolas que dava. 37Naqueles dias ela ficou doente e morreu. Então lavaram seu corpo e o colocaram no andar superior da casa. 38Como Lida ficava perto de Jope, e ouvindo dizer que Pedro estava lá, os discípulos mandaram dois homens com um recado: “Vem depressa até nós!” 39Pedro partiu imediatamente com eles. Assim que chegou, levaram-no ao andar superior, onde todas as viúvas foram ao seu encontro. Chorando, elas mostravam a Pedro as túnicas e mantos que Tabita havia feito quando vivia com elas. 40Pedro mandou que todos saíssem. Em seguida, pôs-se de joelhos e rezou. Depois, voltou-se para o corpo e disse: “Tabita, levanta-te!” Ela então abriu os olhos, viu Pedro e sentou-se. 41Pedro deu-lhe a mão e ajudou-a a levantar-se. Depois chamou os fiéis e as viúvas e apresentou-lhes Tabita viva. 42O fato ficou conhecido em toda a cidade de Jope, e muitos acreditaram no Senhor. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 115(116B)

Que poderei retribuir ao Senhor Deus / por tudo aquilo que ele fez em meu favor?

1. Que poderei retribuir ao Senhor Deus / por tudo aquilo que ele fez em meu favor? / Elevo o cálice da minha salvação, / invocando o nome santo do Senhor. – R.

2. Vou cumprir minhas promessas ao Senhor / na presença de seu povo reunido. / É sentida por demais pelo Senhor / a morte de seus santos, seus amigos. – R.

3. Eis que sou o vosso servo, ó Senhor, † vosso servo que nasceu de vossa serva; / mas me quebrastes os grilhões da escravidão! / Por isso oferto um sacrifício de louvor, / invocando o nome santo do Senhor. – R.

Evangelho: João 6,60-69

Aleluia, aleluia, aleluia.                               

Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; / só tu tens palavras de vida eterna! (Jo 6,63.68) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 60muitos dos discípulos de Jesus que o escutaram, disseram: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” 61Sabendo que seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, Jesus perguntou: “Isso vos escandaliza? 62E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes? 63O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada. As palavras que vos falei são espírito e vida. 64Mas entre vós há alguns que não creem”. Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo. 65E acrescentou: “É por isso que vos disse: ninguém pode vir a mim, a não ser que lhe seja concedido pelo Pai”. 66A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele. 67Então, Jesus disse aos doze: “Vós também quereis ir embora?” 68Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. 69Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o santo de Deus”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

O discurso sobre o pão da vida chega ao ponto em que até os discípulos de Jesus entram em crise. Incapazes de dar um passo na fé, afastam-se. Jesus não retira nenhuma palavra do seu discurso, nem procura adocicar o assunto para torná-lo mais digerível. Apesar das resistências, Jesus expõe abertamente sua verdade libertadora. Acrescenta que eles ficarão ainda mais escandalizados quando virem o Filho do Homem voltar para onde estava antes, fazendo alusão à sua glorificação através da morte. Aos Doze, que permanecem firmes e solidários, Jesus lhes questiona a fé e adesão. De que lado estão eles? Por meio de Pedro, os apóstolos reiteram sua fé na pessoa de Jesus: “Só tu tens palavras de vida eterna”. Esta solene profissão de fé suaviza a incômoda sombra da incredulidade dos outros discípulos e da já projetada traição de Judas.(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS

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Santo do dia

São Pedro Chanel, presbítero e mártir

Futuna é pequena “expressão geográfica”, minúscula ilha, indicada nos atlas com um pontinho entre o Equador e o Trópico de Capricórnio no imenso oceano Pacífico, fragmento das ilhas Figi. Hoje, possessão francesa, meta de turistas amantes do exótico, a população inteiramente católica tem vida pacífica. Mas há cento e quarenta anos, precisamente a 12 de novembro de 1827, quando aí desembarcou providencialmente o missionário marista Pedro Chanel, em companhia de um confrade leigo, a pequena ilha, dividida em duas por uma montanha central e por duas tribos perenemente em guerra, não era decerto refúgio turístico.

Só a coragem e a caridade de homem de Deus podiam escolher aquela meta com todos os riscos que comportava. Aqui de fato Pedro Chanel teria concluído a sua aventura de evangelizador, morto a pancadas de bastão a 28 de abril de 1841, pelo genro do cacique, Musumusu, irado porque entre os convertidos ao cristianismo estavam já alguns membros de sua família.

Pedro Chanel nasceu na França, em Cuet, a 12 de julho de 1803. Aos doze anos, seguindo os conselhos de zeloso pároco, Trompier, iniciou os estudos no seminário. Foi-lhe concedido entrar, em 1824, no seminário maior de Bourg, onde recebeu, três anos depois, a ordenação sacerdotal. Gostaria de ter partido logo para as terras de missão, mas o seu bispo estava com muita carência de padres. Foi vigário de Amberieu e de Gex, unindo-se a um grupo de sacerdotes diocesanos, os maristas, que traduziam no próprio âmbito paro– quial o ideal missionário, sob a guia de P. Colin.

A Sociedade de Maria, aprovada pelo papa em 1836, teve entre os primeiros membros Pedro Chanel, que no mesmo ano embarcou de Le Havre, perto de Valparaíso, com destino à Oceania. Quando o navio tocou Futuna, Pedro Chanel foi convidado a descer em terra e ficar, em companhia do irmão leigo, Nicézio, de 20 anos.

Foi uma lenta e paciente penetração no pequeno mundo daquela gente tão diferente em costume e mentalidade. O anúncio do Evangelho começou, porém, a repercutir na geração jovem. Mas este sucesso fez com que se aguçassem as hostilidades dos mais velhos. O tributo de sangue de são Pedro Chanel foi o preço para abrir, enfim, as portas de toda a ilha à evangelização. O novo mártir cristão, beatificado a 17 de novembro de 1889, foi inscrito no álbum dos santos a 16 de junho de 1954 e declarado padroeiro da Oceania.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Evangelho do dia

Sexta-feira da 3ª Semana da Páscoa

(branco – ofício do dia)

O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria, a força e a honra, aleluia! (Ap 5,12)

A vida da Igreja é dinâmica. Surge novo evangelizador, apresentado pelo próprio Jesus: “Esse homem é um instrumento que escolhi para anunciar meu nome aos pagãos, aos reis e ao povo de Israel”. Paulo viverá por Cristo, e nós somos convidados a nos deixarmos impulsionar pelo seu ardor apostólico.

Primeira Leitura: Atos 9,1-20

Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, 1Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Ele apresentou-se ao sumo sacerdote 2e pediu-lhe cartas de recomendação para as sinagogas de Damasco, a fim de levar presos para Jerusalém os homens e mulheres que encontrasse seguindo o Caminho. 3Durante a viagem, quando já estava perto de Damasco, Saulo, de repente, viu-se cercado por uma luz que vinha do céu. 4Caindo por terra, ele ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” 5Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A voz respondeu: “Eu sou Jesus, a quem tu estás perseguindo. 6Agora, levanta-te, entra na cidade, e ali te será dito o que deves fazer”. 7Os homens que acompanhavam Saulo ficaram mudos de espanto, porque ouviam a voz, mas não viam ninguém. 8Saulo levantou-se do chão e abriu os olhos, mas não conseguia ver nada. Então pegaram nele pela mão e levaram-no para Damasco. 9Saulo ficou três dias sem poder ver. E não comeu nem bebeu. 10Em Damasco havia um discípulo chamado Ananias. O Senhor o chamou numa visão: “Ananias!” E Ananias respondeu: “Aqui estou, Senhor!” 11O Senhor lhe disse: “Levanta-te, vai à rua que se chama Direita e procura, na casa de Judas, por um homem de Tarso chamado Saulo. Ele está rezando”. 12E, numa visão, Saulo contemplou um homem chamado Ananias entrando e impondo-lhe as mãos para que recuperasse a vista. 13Ananias respondeu: “Senhor, já ouvi muitos falarem desse homem e do mal que fez aos teus fiéis que estão em Jerusalém. 14E aqui em Damasco ele tem plenos poderes, recebidos dos sumos sacerdotes, para prender todos os que invocam o teu nome”. 15Mas o Senhor disse a Ananias: “Vai, porque esse homem é um instrumento que escolhi para anunciar o meu nome aos pagãos, aos reis e ao povo de Israel. 16Eu vou mostrar-lhe quanto ele deve sofrer por minha causa”. 17Então Ananias saiu, entrou na casa e impôs as mãos sobre Saulo, dizendo: “Saulo, meu irmão, o Senhor Jesus, que te apareceu quando vinhas no caminho, ele me mandou aqui para que tu recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo”. 18Imediatamente caíram dos olhos de Saulo como que escamas e ele recuperou a vista. Em seguida, Saulo levantou-se e foi batizado. 19Tendo tomado alimento, sentiu-se reconfortado. Saulo passou alguns dias com os discípulos de Damasco 20e logo começou a pregar nas sinagogas, afirmando que Jesus é o Filho de Deus. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 116(117)

Ide por todo o mundo, / a todos pregai o Evangelho.

1. Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, / povos todos, festejai-o! – R.

2. Pois comprovado é seu amor para conosco, / para sempre ele é fiel! – R.

Evangelho: João 6,52-59

Aleluia, aleluia, aleluia.

Quem come a minha carne e bebe o meu sangue / em mim permanece e eu vou ficar nele (Jo 6,56). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 52os judeus discutiam entre si, dizendo: “Como é que ele pode dar a sua carne a comer?” 53Então Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida. 56Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. 57Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim o que me come viverá por causa de mim. 58Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram. Eles morreram. Aquele que come este pão viverá para sempre”. 59Assim falou Jesus, ensinando na sinagoga em Cafarnaum. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Os judeus consideram estranha a linguagem de Jesus e reagem: “Como pode ele dar-nos a sua carne para comer?”. Faltava-lhes, naturalmente, uma compreensão melhor sobre as palavras de Jesus. Carne entregue e sangue derramado referem-se à própria vida de Jesus doada mediante sua morte na cruz. Comer a carne de Jesus e beber seu sangue significa estabelecer com ele uma comunhão íntima, chegar ao ponto de se identificar com ele. O apóstolo Paulo alcançou tão profundo grau de comunhão com Jesus, que escrevia aos Gálatas: “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20). Para favorecer nossa íntima comunhão com Jesus, ele nos deixou o sacramento da Eucaristia, através da qual tudo fazemos por Cristo, com Cristo e em Cristo, com a certeza de nossa ressurreição e vida eterna.(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS

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Santa Zita, virgem

Lucca, onde Zita exerceu durante quase trinta anos o humilde ofício de doméstica, elegeu-a sua padroeira. Desde os tempos de Dante, que a cita em sua Comédia, trinta anos após a sua morte, o seu nome e o da cidade toscana são uma só coisa: falando de magistrado de Lucca, Dante, ou melhor, um diabo preto, limita-se a identificá-lo como um “ancião de santa Zita”. Zita nasceu em 1218 em Monsagrati, povoado nas proximidades de Lucca. Vinha de família humilde de camponeses, cujas meninas, para adquirirem dote e, o mais das vezes, para não ser um peso para a família, eram colocadas a serviço em uma família da cidade.

Antes das atuais conquistas sociais, a profissão de doméstica equivalia a “servidão”. Zita, com apenas doze anos de idade, foi posta a serviço da família luquense dos Fatinelli e aceitou com serenidade a sua condição social. Por amor a ele tolerava qualquer indelicadeza, seja da parte dos patrões, que no começo trataram-na com injustificada severidade, seja da parte de suas colegas de trabalho, enciumadas por seu zelo e por seu desinteresse total.

Era generosa nas esmolas aos pobres que batiam à porta da rica morada dos Fatinelli, mas dava da sua parte, pois vivia com muita parcimônia e as economias que punha à parte eram como tantos riachos que irrigavam as áridas plagas do abandono e da injustiça. Conta-se que uma companheira de trabalho, invejosa da estima que Zita tinha sabido conquistar (após as primeiras humilhantes provações, foi-lhe confiada a direção da casa), acusara ao patrão de dar muitas coisas aos pobres. De fato um dia Zita foi surpreendida enquanto saía de casa com o avental cheio para visitar uma família necessitada. À pergunta do patrão respondeu que levava flores e folhagens. E deixando livres as pontas do avental, uma chuva de flores caiu aos seus pés.

Sua vida foi toda um símbolo florido de virtudes cristãs provando que em qualquer condição social existe lugar para a atuação dos conselhos evangélicos. Suas virtudes impunham a admiração de todos os que dela se aproximavam e, após a morte, 27 de abril de 1278, imprimiram uma força irresistível à devoção popular. O seu túmulo na basílica de são Frediano, que ainda guarda o seu corpo, conservado incorrupto até a última exumação efetuada em 1652, sempre foi meta de peregrinações. O seu culto foi solenemente aprovado a 5 de setembro de 1696, por Inocêncio XII. Pio XII proclamou-a patrona das domésticas.

Extraído do livro:
Um santo para cada dia, de Mario Sgarbossa e Luigi Giovannini.

FONTE: PAULUS

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Quinta-feira da 3ª Semana da Páscoa

(branco – ofício do dia)

Cantemos ao Senhor, ele se cobriu de glória. O Senhor é a minha força e o meu cântico: foi para mim a salvação, aleluia! (Ex 15,1s)

A iniciação à vida cristã passa por três etapas: a escuta da Palavra de Deus anunciada pela Igreja, o batismo e a alegria da vida renovada. Batizados em Cristo, somos impelidos a anunciá-lo por toda parte.

Primeira Leitura: Atos 8,26-40

Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, 26um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: “Prepara-te e vai para o sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza. O caminho é deserto”. Filipe levantou-se e foi. 27Nisso apareceu um eunuco etíope, ministro de Candace, rainha da Etiópia, e administrador-geral do seu tesouro, que tinha ido em peregrinação a Jerusalém. 28Ele estava voltando para casa e vinha sentado no seu carro, lendo o profeta Isaías. 29Então o Espírito disse a Filipe: “Aproxima-te desse carro e acompanha-o”. 30Filipe correu, ouviu o eunuco ler o profeta Isaías e perguntou: “Tu compreendes o que estás lendo?” 31O eunuco respondeu: “Como posso, se ninguém mo explica?” Então convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele. 32A passagem da Escritura que o eunuco estava lendo era esta: “Ele foi levado como ovelha ao matadouro; e qual um cordeiro diante do seu tosquiador, ele emudeceu e não abriu a boca. 33Eles o humilharam e lhe negaram justiça; e seus descendentes, quem os poderá enumerar? Pois sua vida foi arrancada da terra”. 34E o eunuco disse a Filipe: “Peço que me expliques de quem o profeta está dizendo isso. Ele fala de si mesmo ou se refere a algum outro?” 35Então Filipe começou a falar e, partindo dessa passagem da Escritura, anunciou Jesus ao eunuco. 36Eles prosseguiram o caminho e chegaram a um lugar onde havia água. Então o eunuco disse a Filipe: “Aqui temos água. O que impede que eu seja batizado?”(37) 38O eunuco mandou parar o carro. Os dois desceram para a água, e Filipe batizou o eunuco. 39Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe. O eunuco não o viu mais e prosseguiu sua viagem, cheio de alegria. 40Filipe foi parar em Azoto. E, passando adiante, evangelizava todas as cidades até chegar a Cesareia. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 65(66)

Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.

1. Nações, glorificai ao nosso Deus, / anunciai em alta voz o seu louvor! / É ele quem dá vida à nossa vida / e não permite que vacilem nossos pés. – R.

2. Todos vós que a Deus temeis, vinde escutar: / vou contar-vos todo bem que ele me fez! / Quando a ele o meu grito se elevou, / já havia gratidão em minha boca! – R.

3. Bendito seja o Senhor Deus, que me escutou, † não rejeitou minha oração e meu clamor / nem afastou longe de mim o seu amor! – R.

Evangelho: João 6,44-51

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu sou o pão vivo descido do céu, / quem deste pão come, sempre há de viver (Jo 6,51). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44“Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. 45Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído vem a mim. 46Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. 47Em verdade, em verdade vos digo, quem crê possui a vida eterna. 48Eu sou o pão da vida. 49Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 50Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer nunca morrerá. 51Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Pai e Filho trabalham em perfeita sintonia, com o mesmo objetivo: levar as pessoas a crer em Jesus para que tenham vida plena. Não é possível ao ser humano alcançar diretamente a Deus; o que dele temos é uma vaga noção. Quem tem condições de nos revelar o Pai é seu Filho Jesus Cristo, que dele procede. Assim como o Pai apresenta ao mundo o Filho amado, do mesmo modo Jesus nos fala do Pai: “Só aquele que vem de Deus é que viu o Pai”. Prossegue o discurso sobre o pão descido do céu. Jesus dá um passo a mais, dizendo que o pão que ele dará é sua carne. Na cultura bíblica, carne é o mesmo que a pessoa humana: “O Verbo se fez carne”. Ele é o Cordeiro de Deus que vai se sacrificar por amor, morrendo na cruz. Há aqui forte alusão à Eucaristia, alimento espiritual do cristão.(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS

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Quarta-feira da 3ª Semana da Páscoa

(branco – ofício do dia)

Que o vosso louvor transborde de minha boca; meus lábios exultarão, cantando de alegria, aleluia! (Sl 70,8.23)

A perseguição aos cristãos força-os a partir para evangelizar outros povos; dá-se, então, o universalismo desejado por Jesus. O Espírito Santo orienta e acompanha os discípulos do Senhor. Deixemo-nos imbuir de autêntico espírito missionário.

Primeira Leitura: Atos 8,1-8

Leitura dos Atos dos Apóstolos – 1Naquele dia começou uma grande perseguição contra a Igreja de Jerusalém. E todos, com exceção dos apóstolos, se dispersaram pelas regiões da Judeia e da Samaria. 2Algumas pessoas piedosas sepultaram Estêvão e observaram grande luto por causa dele. 3Saulo, porém, devastava a Igreja: entrava nas casas e arrastava para fora homens e mulheres, para atirá-los na prisão. 4Entretanto, aqueles que se tinham dispersado iam por toda parte, pregando a Palavra. 5Filipe desceu a uma cidade da Samaria e anunciou-lhes o Cristo. 6As multidões seguiam com atenção as coisas que Filipe dizia. E todos unânimes o escutavam, pois viam os milagres que ele fazia. 7De muitos possessos saíam os espíritos maus, dando grandes gritos. Numerosos paralíticos e aleijados também foram curados. 8Era grande a alegria naquela cidade. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 65(66)

Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.

1. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, / cantai salmos a seu nome glorioso, / dai a Deus a mais sublime louvação! / Dizei a Deus: “Como são grandes vossas obras! – R.

2. Toda a terra vos adore com respeito / e proclame o louvor de vosso nome!” / Vinde ver todas as obras do Senhor: / seus prodígios estupendos entre os homens! – R.

3. O mar ele mudou em terra firme, / e passaram pelo rio a pé enxuto. / Exultemos de alegria no Senhor! / Ele domina para sempre com poder! – R.

Evangelho: João 6,35-40

Aleluia, aleluia, aleluia.

Quem vê o Filho e nele crê, este tem a vida eterna, / e eu o farei ressuscitar no último dia, diz Jesus (Jo 6,40). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 35“Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. 36Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas não acreditais. 37Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. 38Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. 39E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. 40Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Jesus é o grande canal de ligação entre Deus e o povo. Existe um projeto de amor e salvação para todos, e Jesus é o encarregado de levar a termo esse projeto: “Desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”. Acreditar em Jesus é aderir à sua pessoa, é considerá-lo como o mensageiro do Pai e como fonte inesgotável de vida: “Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem acredita em mim nunca mais terá sede”. Quem acredita em Jesus não se perderá; ao contrário, terá garantida sua ressurreição no último dia. Então viverá na glória de Deus para sempre. Cumpre-se desse modo a vontade do Pai, isto é, que não se perca nenhum de seus filhos e filhas espalhados pelo mundo inteiro.(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS

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Terça-feira da 3ª Semana da Páscoa

SÃO MARCOS, EVANGELISTA

(vermelho, glória, pref. dos apóstolos II – ofício da festa)

Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho a todas as criaturas, aleluia! (Mc 16,15)

Autor do segundo Evangelho, Marcos, como os outros evangelistas, ouviu e transmitiu por escrito a pregação apostólica, para encorajar-nos no seguimento de Cristo, que ele descreve como um Messias humilhado, sofredor, crucificado e reconhecido pelo centurião como Filho de Deus. Celebremos sua festa com fé e entusiasmo, para que, na escola do Evangelho, aprendamos a seguir fielmente o Senhor Jesus.

Primeira Leitura: 1 Pedro 5,5-14

Leitura da primeira carta de São Pedro – Caríssimos, 5revesti-vos todos de humildade no relacionamento mútuo, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes. 6Rebaixai-vos, pois, humildemente, sob a poderosa mão de Deus, para que, na hora oportuna, ele vos exalte. 7Lançai sobre ele toda a vossa preocupação, pois é ele quem cuida de vós. 8Sede sóbrios e vigilantes. O vosso adversário, o diabo, rodeia como um leão a rugir, procurando a quem devorar. 9Resisti-lhe, firmes na fé, certos de que iguais sofrimentos atingem também os vossos irmãos pelo mundo afora. 10Depois de terdes sofrido um pouco, o Deus de toda a graça, que vos chamou para a sua glória eterna em Cristo, vos restabelecerá e vos tornará firmes, fortes e seguros. 11A ele pertence o poder, pelos séculos dos séculos. Amém. 12Por meio de Silvano, que considero um irmão fiel junto de vós, envio-vos esta breve carta, para vos exortar e para atestar que esta é a verdadeira graça de Deus, na qual estais firmes. 13A Igreja que está em Babilônia, eleita como vós, vos saúda, como também Marcos, o meu filho. 14Saudai-vos uns aos outros com o abraço do amor fraterno. A paz esteja com todos vós que estais em Cristo. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 88(89)

Ó Senhor, eu cantarei, eternamente, o vosso amor.

1. Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, / de geração em geração eu cantarei vossa verdade! / Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre!” / E a vossa lealdade é tão firme como os céus. – R.

2. Anuncia o firmamento vossas grandes maravilhas, / e o vosso amor fiel, a assembleia dos eleitos, / pois quem pode, lá nas nuvens, ao Senhor se comparar / e quem pode, entre seus anjos, ser a ele semelhante? – R.

3. Quão feliz é aquele povo que conhece a alegria; / seguirá pelo caminho, sempre à luz de vossa face! / Exultará de alegria em vosso nome dia a dia / e, com grande entusiasmo, exaltará vossa justiça. – R.

Evangelho: Marcos 16,15-20

Aleluia, aleluia, aleluia.

É Cristo que anunciamos, / Jesus Cristo, o Crucificado, / poder e sabedoria de Deus (1Cor 1,23s). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos 15e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”. 19Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu e sentou-se à direita de Deus. 20Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam. – Palavra da salvação.

Reflexão:

O evangelista Marcos não pertenceu ao grupo dos doze apóstolos, porém deve ter sido discípulo de Jesus. Pertencia a uma família de Jerusalém, que pôs sua casa à disposição dos primeiros cristãos (cf. At 12,12-16). Participou da primeira viagem apostólica de Paulo (At 12,25; 13,5). Marcos acompanhou Pedro a Roma e prestou-lhe serviços durante a prisão do chefe dos apóstolos (cf. Cl 4,10). Se essas informações se confirmam, ficamos sabendo que Marcos extraiu de fontes genuínas o Evangelho que ele põe por escrito, “o Evangelho de Marcos”. As últimas palavras do seu Evangelho testemunham que muitos sinais e prodígios haveriam de acompanhar e confirmar a obra dos seguidores de Jesus. Isso de fato aconteceu; a Igreja primitiva o comprova (ler Atos dos Apóstolos).(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

FONTE: PAULUS